A CRÓNICA: ACORDAR CEDO DARIA TRÊS PONTOS, MAS FIQUEI SEM NENHUM
Jogo de candidatos ao título onde ambos tinham os olhos nos três pontos pelas mais diversas razões. O jogo começou morno e sem grande história… só aos dez minutos da primeira parte é que tivemos a possibilidade de ver um golo. O golo de Toni Peréz de muita sorte, pois a bola que acabou por ficar presa entre a caneleira e a luva acabou por cair para dentro da baliza… infelicidade para Nelson Filipe e estava feito o 0-1.
Demasiado faltosa a equipa da UD Oliveirense acabou por ficar com dez faltas demasiado cedo na partida. Quando esta foi marcada, ainda que muito contestada e com alguma razão, o Sporting CP não desperdiçou. Gonzalo Romero serpentou à frente de Nelson Filipe e marcou novo golo leonino (2-0). A primeira parte ainda teria ainda mais um golo do argentino. Pedro Gil recuperou a bola e encontrou o 99, que na cara de Nelson Filipe outra vez… marcou o 0-3.
A entrada horrível da UD Oliveirense foi atenuada por um golo perto do final da primeira parte. Contra-ataque de 2×1, Xavier Barroso encontrou Marc Torra no lado contrário que conseguiu encontrar o buraco por onde a bola teria de entrar para reduzir a vantagem para 1-3 – o resultado ao intervalo.
Os grandes jogadores aparecem sempre do nada, certo? Certo! Pois Jordi Bargalló quando a UD Oliveirense precisou mais de si apareceu. Uma autêntica bomba do meio campo veio em direção a Girão que pouco tinha a fazer para travar o que viria a ser o segundo golo da equipa da casa (2-3).
Numa altura em que era mesmo a UD Oliveirense a estar em superioridade no jogo foram as suas próprias redes que abanaram, novamente. «Quem não marca sofre»… Outra bomba no jogo e desta vez de Platero. O número 17 leonino estava em um para um com Henrique Magalhães e rematou a bola ao ângulo para o 2-4.
Acordaram muito tarde para inverter o resultado… Marc Torra, de penalti, ainda reduziu o resultado para 3-4 e faltavam três minutos para o final da partida. Houve ainda a aposta de cinco jogadores de campo e sem guarda-redes, mas um azul do mesmo Marc Torra levou a estragar os planos de Renato Garrido. O Sporting CP soma mais três pontos e é líder juntamente com o SL Benfica com os mesmos pontos. Os leões foram mais competentes a nível defensivo e muito eficaz com as poucas oportunidades que tiveram durante toda a partida. Já a UD Oliveirense marcou passo na corrida ao título e é quinto lugar no campeonato.
A FIGURA
Gonzalo Romero – Podia ser pelo bis que fez na partida, mas não foi apenas por isso. É um jogador que mostra raça e querer vencer todos os lances que disputa. Ficou bem nítido após o final do encontro e a maneira como festejou efusivamente. Jogador fundamental tanto a defender como a atacar e os dois golos foram importantes para alcançar os três pontos. De destacar ainda a exibição de Marc Torra que também fez um bis e foi o mais inconformado da equipa da UD Oliveirense.
O FORA DE JOGO
Entrada da UD Oliveirense – A maneira como se jogou nos finais da segunda parte e estaríamos aqui a falar de um resultado bem diferente do que se verificou hoje. Notava-se uma equipa desconcentrada e onde as individualidades não estavam a engrenar com o jogo coletivo da equipa de Oliveira de Azeméis. Uma derrota que pode ser fatal para aquilo que é o grande objetivo: vencer o campeonato.
ANÁLISE TÁTICA – UD OLIVEIRENSE
Houve muitas dificuldades para conseguir entrar com perigo através de ataques organizados e não apostavam noutro tipo de soluções. Os remates não saiam e quando acabam por acontecer eram sempre à figura de Ângelo Girão. Defensivamente muito agressivos, ainda que o número de faltas no fim da primeira parte (dez) seja exagerado e muitas não deviam ter sido assinaladas.
As individualidades da equipa de Oliveira de Azeméis não estavam a surgir e só de contra-ataque víamos perigo evidente para a equipa de Renato Garrido. A aposta na meia distância começou a ser aposta na segunda parte, mas a surgir algo tarde na partida. A resposta estava a começar a surgir com mais vontade da equipa, mas o quarto golo leonino matou completamente o jogo.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Nelson Filipe (7)
Marc Torra (7)
Jorge Silva (4)
Jordi Bargalló (6)
Xavier Barroso (7)
SUBS UTILIZADOS
Vítor Hugo (3)
Henrique Magalhães (3)
João Almeida (4)
Ricardo Barreiros (-)
ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP
Já tem sido imagem de marca a forma como a defesa está sempre coesa e quando os jogadores de pista estão em sintonia com Girão dificilmente os leões acabam por sofrer algum golo. E era esta a situação que tivemos ao longo da primeira parte. A nível ofensivo pouco se criava, mas aquilo que se criou foi o suficiente para ser extremamente eficaz. A aposta durante muito tempo na pista de Gonzalo Romero foi importante tanto a nível ofensivo como defensivo.
A segunda parte não mudou muito daquilo que tinha sido a primeira, mas o Sporting ia gerindo o jogo à sua bela maneira. A equipa leonina estavam com uma defesa muito baixa com a maioria dos seus jogadores na zona da grande área e isso estava a impossibilitar que as individualidades do Sporting – muito bem apostado por Paulo Freitas.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Ângelo Girão (8)
Pedro Gil (7)
Matías Platero (7)
Toni Pérez (6)
Gonzalo Romero (9)
SUBS UTILIZADOS
Zé Diogo (-)
Raul Marín (-)
João Souto (4)
Ferran Font (4)
Telmo Pinto (6)
Foto de Capa: Carlos Silva/Bola na Rede
artigo revisto por: Ana Ferreira