UD Oliveirense 6-2 OC Barcelos: Oliveirense vence e convence

    Na partida cabeça de cartaz da 22.ª jornada do campeonato nacional de hóquei em patins, Oliveirense e Barcelos proporcionaram um bom jogo, mas a União, com outros argumentos e objetivos, foi superior e acabou por vencer o Óquei por 6-2.

    O encontro teve um início equilibrado, tendo sido o Barcelos a dispor da primeira grande chance de golo. No entanto, Gonçalo Nunes não conseguiu concretizar. Pouco depois, o jovem emprestado pelo Sporting voltou a tentar a sua sorte, desta feita de meia distância, mas Puigbí, atento, defendeu. Instantes depois, quase com quatro minutos jogados, à terceira sempre foi de vez. Movimentação coletiva do Óquei que libertou Gonçalo Nunes que, com espaço e uma stickada fortíssima, fez o 1-0. 

    A vantagem, conseguida muito cedo na partida, confirmou a boa entrada em pista do Barcelos. No entanto, sem puder escorregar a União foi à procura do empate e por pouco que através do stick de Jorge Silva não restabeleceu a igualdade. 

    O golo sofrido não fez a abanar a Oliveirense que continuava a carregar em busca do golo, com Torra, Bargalló e Jorge Silva a serem os elementos a conseguirem criar mais lances de perigo. Porém, o Barcelos também não se retraída e com uma bela circulação do esférico mantinha a defesa da casa em sentido. 

    Em cima da marca dos dez minutos, na sequência de um passe de Xavi Barroso, Jorge Silva entrou a seu belo prazer na defesa do Óquei e com uma grande stickada restabeleceu a igualdade. Passados alguns segundos Jorge Silva bisou e colocou a União na dianteira.

    Bela recuperação da Oliveirense que, após ter sofrido um golo cedo, entrou em modo ataque e num curto espaço de tempo, através de Jorge Silva, o suspeito do costume, virou o marcador.

    Apesar da desvantagem, o Barcelos procurou regressar aos níveis de qualidade apresentados nos minutos iniciais e mesmo com interpretes diferentes continuava a criar perigo. Exemplo disso foi uma boa defesa de Puigbí a uma emenda ao segundo poste de João Almeida, atleta ligado à União até 2021 que está emprestado ao Óquei, após um belo passe de Alvarinho. Momentos depois, com Alvarinho a fazer novamente a assistencia, João Guimarães ficou muito perto de restabelecer o empate. 

    A cerca de quatro minutos do intervalo, belo lance atrás da baliza do Barcelos protagonizado por Emanuel Garcia que, depois de confundir as marcações do conjunto barcelense, serviu Pedro Moreira que, totalmente à vontade, assinou o 3-1. Instantes depois, Alvarinho viu um cartão azul. Emanuel Garcia foi o escolhido para a conversão do livre-direto, mas Ricardo Silva, com um ligeiro toque no stick, disse não às intenções do experiente argentino. 

    Em situação de superioridade numérica, a Oliveirense tentou apertar o Barcelos e após algumas tentativas goradas, Pedro Moreira aproveitou uma distração de Zé Pedro e com uma forte stickada aumentou a vantagem da equipa da casa para 4-1. 

    Concluída a primeira metade, a Oliveirense vencia o Barcelos por 4-1. O Óquei até entrou melhor, tendo conseguido adiantar-se no marcador, mas a partir só deu, exceto num ou noutro momento, União que com um hóquei dinâmico e sempre jogado a bom ritmo deu a volta ao resultado. Aguentando as investidas dos visitantes, que partiram quase sempre dos sticks dos jovens Gonçalo Nunes e Alvarinho.

    Alvarinho foi o jogador do Barcelos que mais procurou o golo, mas nunca conseguiu superar Puigbí
    Fonte: FC Porto

    A União foi quem entrou melhor na segunda parte, tendo o controlo da posse de bola e ficado perto de aumentar o marcador em algumas ocasiões. Exemplo disso foi um grande passe de Jorge Silva que Pedro Moreira não conseguiu aproveitar. 

    Disputados trinta e cindo minutos de jogo, Jorge Silva voltou a ser protagonista e com um lance de passe e corte, recebeu de e serviu Torra que, isolado perante Ricardo Silva, não teve dificuldades em fazer o 5-1. Pouco depois, numa situação de contra-ataque, João Guimarães acabou por ser derrubado em falta por Pedro Moreira que viu um cartão azul. No respetivo livre-direto, Rúben Sousa stickou direto, mas não conseguiu reduzir a desvantagem. 

    Em situação de superioridade numérica, o Barcelos quase sofreu um golo de Xavi Barroso, mas Ricardo Silva fechou as portas da sua baliza. No seguimento da jogada foi a fez do Barcelos ter ficado perto do golo, pois, servido por Gonçalo Meira, Alvarinho não conseguiu finalizar. O período de porwerplay não foi aproveitado. 

    O encontro continuava animado e por volta dos quarenta e um minutos, Puigbí e Ricardo Silva voltaram a brilhar. Primeiro foi o capitão do Barcelos a negar o sexto golo da União a Ricardo Barreiros e no seguimento do jogo, foi o guardião espanhol da União a impedir o golo de Alvarinho. 

    Sempre a bom ritmo, Oliveirense e Barcelos criavam oportunidades para fazer mexer o marcador, mas o resultado teimava em não se alterar. Alvarinho era o mais inconformado do Óquei, tendo sido quem mais procurou surpreender Puigbí, que nunca se deixou levar pelos truques do número setenta e quatro dos visitantes.

    Após muita insistência e várias tentativas, o Barcelos conseguiu reduzir. Com cerca de sete minutos para se jogar, Alvarinho serviu, ainda de longe, Zé Pedro que ao segundo poste reduziu a diferença para 5-2. Momentos depois, grande penalidade a favor da União devido a uma infração de Zé Pedro. Ricardo Barreiros, especialista neste tipo de situações, foi o escolhido para a marcação do penalti, mas não conseguiu marcar. Pouco depois, Jorge Silva viu um cartão azul devido a ter cometido uma falta dentro da sua área. Puigbí conseguiu defender a stickada de Gonçalo Nunes, mas no seguimento da jogada foi assinalada uma grande penalidade a favor do conjunto barcelense. Gonçalo Nunes voltou a ser o escolhido para a marcação do lance de bola parada e Puigbí, também, voltou a levar a melhor. 

    Com menos de cinco minutos para se jogar, o Barcelos cometeu a sua 10.ª falta. Marc Torra assumiu a marcação do livre-direto, mas não conseguiu bater Ricardo Silva.

    Já dentro do último minuto, contra-ataque da Oliveirense e depois de duas defesas de Ricardo Silva a tentativas de Torra e Ricardo Barreiros, Jordi Bargalló, com a baliza deserta apontou o 6-2. Na sequência deste lance, Rúben Sousa viu um cartão azul. A segundos do toque da buzina, Torra, totalmente sozinho, ainda teve uma grande chance para fazer o sétimo, mas o guardião do Óquei negou o bis ao espanhol. 

    Terminada a partida a Oliveirense venceu o Barcelos por 6-2, tendo feito uma exibição bastante convincente. O Óquei começou melhor, mas o golo de Gonçalo Nunes terá espicaçado a União, que reagir muito bem e assumiu o controlo do jogo, que nunca mais perdeu. A partir daí a equipa da casa foi sempre melhor, com Jorge Silva e Torra a serem os elementos em destaque. Apesar da diferença no marcador, o Barcelos nunca baixou os braços e lutou sempre pelo melhor resultado possível. Contudo, teve pela frente um Puigbí inspirado que, praticamente, fechou a sua baliza a sete chaves para a infelicidade de Alvarinho ou colegas servidos por ele. 

    Assim, a Oliveirense cumpre a sua missão e encosta-se a Porto na liderança do campeonato com cinquenta e dois pontos. Ficando a aguardar por domingo, para ver o fazem dragões e leões. 


    ONZES INICIAIS:

    UD Oliveirense: 88-Xavi Puigbí (GR), 6-Xavi Barroso, 8-Marc Torra, 9-Jordi Bargalló e 15-Jorge Silva; Jogaram ainda: 7-Pedro Moreira, 74-Pablo Cancela, 77-Ricardo Barreiros (CAP.) e 84-Emanuel Garcia

    OC Barcelos: 1-Ricardo Silva (GR e CAP.), 9-Hugo Costa, 16-Gonçalo Pereira, 33-Gonçalo Nunes e 66-Rúben Sousa; Jogaram ainda: 4-Zé Pedro, 6-João Almeida, 7-João Guimarães e 74-Alvarinho

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.