Portugal começa a ter tradição em grandes prestações olímpicas no triplo salto. Depois do ouro de Nelson Évora em Pequim 2008 e de Pedro Pablo Pichardo em Tóquio 2020, em 2024, o atleta luso-cubano era um dos candidatos a ganhar à competição olímpica.
Pichardo tinha bem estudado a lição para a final. No primeiro salto, chamada que poderia ter sido mais próxima da linha, fez logo o salto com maior comprimento que iria atingir, 17 metros e 84 centímetros. Contudo, também o espanhol Diaz Fortún atingiu a marca que lhe iria levar ao ouro olímpico, 17 metros e 86 centímetros.
Hernández conseguiu ainda em dois saltos atingir a melhor marca de Pichardo.
De referir que Pedro Pablo Pichardo fez 17,98 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o que lhe permitiu chegar ao título olímpico. Aos 31 anos, será que o atleta estará já em declínio competitivo?
O que parece certo é que as várias polémicas em que se envolve, desde as questões contratuais com o clube, a polémica com o campeão olímpico nacional em triplo salto em 2008, Nelson Évora, ou a falta de apoio que sente do país, influenciam negativamente os desempenhos do atleta.
Falta alguma moderação a Pichardo, mas se conseguir ultrapassar algumas destas divergências, pode definitivamente marcar presença em Los Angeles 2028. Por último, tem de se destacar o facto de os medalhados masculinos no triplo salto serem todos cubanos naturalizados por países europeus. Algo que deve fazer pensar Cuba para a dificuldade em manter o talento nacional.