AFC Este: Comprar, manter ou vender stock? | NFL

    MIAMI DOLPHINS

    A época dos Dolphins foi bastante diferente do que era expectável. A equipa passou por um processo de reconstrução do plantel, tendo por isso épocas com bastantes derrotas. Depois de uma nova época com um saldo negativo, os Dolphins utilizaram a pick número 5 do Draft para escolher o promissor quarterback Tua Tagovailoa.

    Mesmo com as elevadas expectativas em redor de Tagovailoa, Ryan Fitzpatrick foi o quarterback titular nos primeiros seis jogos da época, alcançando um saldo de 3-3. A performance de Fitzpatrick foi boa o suficiente para que muitos achassem polémica a decisão do treinador Bryan Flores em dar a titularidade a Tagovailoa, após a folga da equipa na sétima semana.

    Embora Tua se tenha estreado com uma vitória frente aos Rams na oitava semana, as exibições do rookie não convenceram. Ao longo das semanas seguintes, o jovem quarterback continuou a demonstrar uma grande irregularidade, fazendo com que o treinador Bryan Flores o substituísse por Fitzpatrick em vários jogos – algo que prejudicou a imagem de Tagovailoa na sua primeira temporada na NFL.

    Apesar das constantes mudanças na posição de quarterback, os Dolphins terminaram o ano com um saldo de 10-6, ficando a apenas uma vitória de chegarem aos playoffs. As grandes exibições da defesa foram o fator principal para o sucesso da equipa, com destaque para o cornerback Xavien Howard, que fez uma época com números impressionantes, conseguindo 10 interceções.

    DECISÃO: MANTER STOCK

    Tenho bastantes expectativas para a época dos Dolphins. No entanto, o facto de ser bastante incerto o nível a que Tagovailoa se apresentará faz com que tenha muitas dúvidas. Outro fator que me retira alguma confiança é o facto de os Dolphins estarem inseridos numa divisão muito competitiva, que poderá ter defesas de alto nível.

    Ao contrário de muitos críticos que já consideram que Miami devia avançar para outro quarterback e desistir de Tua, eu considero que este merece uma nova oportunidade. No ano passado, embora tenha demonstrado várias fragilidades, Tagovailoa jogou regressado de uma lesão gravíssima que o deixou parado imenso tempo. Além disso, as condições não eram as ideais, com poucas armas e uma offensive line muito débil.

    Este ano, Tua é um dos jogadores sob maior pressão, uma vez que os Dolphins contrataram vários reforços para o ataque, realçando as aquisições dos wide receivers Will Fuller, na free agency, e Jaylen Waddle, no Draft. Estes poderão ser fundamentais para a evolução do jogo de passe longo do havaiano, uma das suas maiores debilidades no ano anterior, onde arriscou muito pouco, adotando uma postura bastante conservadora.

    Estes juntam-se ao wide receiver Devonta Parker e ao tight end Mike Gesicki, que têm sido as figuras do ataque nos últimos anos. Já a defesa, muito provavelmente, voltará a ser das mais dominantes, devido à manutenção das figuras principais do ano passado, como Xavien Howard, que voltará a fazer dupla com o cornerback Byron Jones, e o defensive end Emmanuel Ogbah, na pass rush.

    Por fim, para além da qualidade de Tua Tagovailoa, será determinante que haja um salto qualitativo na offensive line e no jogo de corrida, pois foram algumas das maiores fraquezas na temporada passada.

    É expectável, por isso, que os Miami Dolphins voltem a lutar por um lugar nos playoffs, mas será uma tarefa bastante difícil, uma vez que a conferência está recheada de equipas com grande qualidade.

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    Jorge Baptista Laires
    Jorge Baptista Laireshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto do Sport Lisboa e Benfica, do clube da sua terra, e, principalmente, da verdade desportiva. Despreza fanatismos clubísticos, tendo sempre uma opinião formada no que vê do próprio jogo jogado.                                                                                                                                                 O Jorge escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.