“Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti”

    Em 2004, os Green Bay Packers eram liderados pelo quarterback Brett Favre, o seu capitão, três vezes MVP do campeonato e que levara a equipa a dois Super Bowls – em 1996 e 1997, tendo vencido o primeiro frente aos New England Patriots.

    Brett Favre era o líder do franchise, um jogador que várias vezes colocara a equipa às costas levando-a à vitória – e outras vezes sendo a razão da derrota – e havia sido a chave para a sua recuperação quando esta passou por momentos complicados na década de 80, tendo falhado os playoffs durante onze anos consecutivos.

    O seu forte braço e competitividade extrema sempre foram o seu cartão de visita. Era respeitado e não havia dúvidas que iria continuar a ser o líder da equipa durante longos anos.

    Nesse ano de 2004, Favre vinha de uma excelente época a nível individual – 16 jogos enquanto titular, 64% de eficácia de passe, 4088 jardas, 30 touchdowns e 17 intercetações – e a equipa ganhara a sua divisão com dez vitórias e seis derrotas, tendo, no entanto, sido eliminada nos playoffs por Minnesota. Apesar de um passado com algumas lesões, o mítico número “4” não mostrava sinais de abrandar.

    Foi por isso com muita admiração que os adeptos dos Packers viram Roger Goodell anunciar Aaron Rodgers com a 24.ª escolha do Draft de 2005. Rodgers era um jovem em ascensão e com carimbo de craque.

    Apesar de um início complicado na sua carreira universitária – recebeu muito pouco interesse por parte de Universidades de DI, a primeira divisão universitária – decidiu alinhar por Butte Community College de forma a mostrar o seu potencial e atingir a tão desejada DI. Assim o fez e passado um ano transferir-se-ia para a University of California, Berkeley.

    Em Berkeley, teve dois anos de muita qualidade e em 2005 declarou-se como elegível para o Draft com muitas expetativas. Dadas as suas características e o que tinha atingido no panorama universitário, eram vários os analistas – e o próprio Rodgers – que o projetavam como a escolha número um, que pertencia aos San Francisco 49ers, a equipa que apoiara durante a sua infância. Contudo, tudo correu de forma diferente e o seu destino acabou por ser o Wisconsin e os Packers.

    Nesse momento começou a relação complicada entre os dois quarterbacks. Rodgers era visto como o futuro de Green Bay e precisava de tempo de jogo para amadurecer, mas Favre não tinha quaisquer intenções de abdicar da sua posição enquanto titular.

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    Leonardo Costa Bordonhos
    Leonardo Costa Bordonhoshttp://www.bolanarede.pt
    É jornalista desportivo e o andebol e o futebol foram o seu primeiro amor. Com o passar do tempo apaixonou-se também pelo basquetebol e futebol americano, e neste momento já não consegue escolher apenas um                                                                                                                                                 O Leonardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.