A ronda foi-se desenvolvendo e mantendo a toada esperada, mas, à medida que o tempo ia passando, uma questão começava a surgir: Estaríamos prestes a ver os New England Patriots selecionarem o substituto de Tom Brady, seis vezes vencedor do Super Bowl? Com o fim da segunda ronda, a resposta parecia ser um não, tendo Bill Belichick selecionado Kyle Duger, safety, e Josh Uche, linebacker de Michigan.
Entrando na terceira ronda, começou a assistir-se a uma mudança nas escolhas das equipas. Com grande parte dos skill players já escolhidos, começavam a ser selecionados mais atletas de cariz defensivo.
🏈 Resumo da terceira ronda do Draft da NFL
O grande destaque nesta ronda vai para o facto dos @Patriots não terem usado nenhuma das suas escolhas num quarterback, e também no ênfase que houve em relação a jogadores defensivos – 23 dos 42#NFLEleven #NFLDraft2020 #NFLDraft pic.twitter.com/yjeWwoZGPs
— Leonardo Costa Bordonhos (@Leo_bordonhos) April 25, 2020
Foi nesta altura que o Draft aumentou o ritmo. Já perto da meia-noite na hora local, Roger Goodell, Comissário da NFL, sentou-se numa poltrona, enquanto anunciava as escolhas e, a espaços, parecia pronto para “descansar os olhos” durante alguns momentos. Tal não aconteceu, e a emissão continuou como esperado.
Este era o momento em que se esperava que os New England Patriots arriscassem e escolhessem um quarterback. Com três escolhas ao longo da terceira ronda, parecia ser uma questão de tempo. Em típica maneira de agir dos Patriots, Belichick optou por escolher dois tight ends e um linebacker, três escolhas sólidas, mas muito longe de serem aquilo que os adeptos de New England queriam ver.
Analisando, então, o produto final destas duas rondas, os Baltimore Ravens reforçaram muito bem as posições importantes – wide receiver, linebacker e defensive tackle –, bem como os Vikings e os Las Vegas Raiders, que, para além de Henry Ruggs III, têm também Lynn Bowder Jr, um jogador que atuou como running back na universidade, o wideout Bryan Edwards e ainda o safety Tanner Muse.
Esteve longe de ser o dia mais interessente do Draft, mas é, sem dúvida, dos mais importantes para qualquer equipa, uma vez que são nestas rondas intermédias que se podem selecionar atletas competentes, com qualidade e que, podendo não ser “foras-de-série”, estão dispostos a fazer o trabalho sujo para levar a equipa à vitória.
Foto de Capa: Oklahoma Sooners
Artigo revisto por Mariana Plácido