Os destaques de 2023 nas Modalidades

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    2023 está a terminar, e tivemos um ano onde as mais diversas modalidades desportivas nos mostraram novos e intensos desafios. Neste sentido, na hora de nos despedirmos de 2023, assinalamos os atletas e as equipas – destaques que mais se afirmaram em 15 modalidades distintas.

    E assim, também aproveitamos para desejar, a todos(as), um Feliz Natal e umas boas festas!

    De toda a Secção das Modalidades do Bola na Rede,

    Angelina Barreiro; Ana Catarina Ventura, André Antunes, Bernardo Figueiredo, Cindy Tomé, Diogo Rodrigues, Diogo Vieira, Filipe Torres, Filipe Pereira, João Magalhães, Leandro Gonçalves, Mafalda Ferreira Costa, Mariana Gomes, Miguel Monteiro, Tiago Rosário e Pedro Filipe Silva

    ANDEBOL

    Martim Costa – O internacional português teve a sua época de afirmação no Sporting e assumiu-se como o melhor marcador da equipa, em 2022/2023, com 300 golos. Martim Costa foi um dos elementos com mais minutos nas pernas por parte dos leões e ganhou espaço nas escolhas de Paulo Jorge Pereira, na seleção nacional. Martim Costa contribuiu para a conquista da Taça de Portugal em 2022/2023 e na Supertaça 2023.

    Águas Santas – A equipa da Maia tem-se assumido como a quarta força no andebol nacional perante os problemas financeiros do ABC. Apesar de não ter assegurado o quarto lugar final por troca com o histórico emblema minhoto, a formação treinada por Ricardo Moreira repetiu a qualificação europeia para 2023/2024 e conseguiu um feito ainda mais importante no início da época transata.

    A equipa jogou a fase de grupos da Liga Europeia ao ter batido os Belenenses ainda em 2022 e conseguiu dar mais um salto qualitativo para chegar à elite do andebol português.

    BASQUETEBOL

    Aaron Broussard – O jogador do SL Benfica foi uma das bases para a equipa. A construção ofensiva dos encarnados passou por si. 

    A média de 15,1 pontos alcançada e a média de quatro assistências e recuperações de bola por jogo mostram a importância que teve na conquista da Liga em 2022/2023. Os números no inicio de 2023/24 mantém-no como uma das figuras das águias.

    SL Benfica – O Benfica superou novamente o Porto e o Sporting na Primeira Divisão e sagrou-se bicampeão nacional em 2022/2023. Apesar de algumas reviravoltas e de uma proximidade normal nas fases antes do playoff final foram as águias a acabarem na liderança.

    Os comandados de Norberto Alves juntaram ainda a Taça de Portugal e têm agora o desafio de alcançarem o segundo tricampeonato no século XXI.

    CICLISMO

    Mathieu Van der Poel – A época de Mathieu Van der Poel foi simplesmente fenomenal. O ciclista da Alpecin-Deceuninck começou em grande e nem foi na estrada, com a quinta vitória no Campeonato do Mundo de ciclocrosse. Começou por responder a um ataque de Tadej Pogacar após muito trabalho da UAE Team Emirates no Pogio. Van der Poel não deixou o esloveno sem resposta e atacou na fase final da mesma subida, seguindo a solo nos 5 km que se seguiram até à meta, alcançando o segundo monumento da carreira.

    Não seria o único monumento da época. Uma semana depois de falhar por pouco a vitória no Tour de Flandres para um super Pogacar, o neerlandês foi capaz de superar Wout Van Aert num dia em que um furo de Christophe Laporte deixou a porta aberta para a supremacia da Alpecin-Deceuninck sobre a Jumbo-Visma. Como tal, o trabalho de Jasper Philipsen e Gianni Vermeersch permitiu ao campeão do Mundo de ciclocrosse lançar-se ao ataque num dos últimos setores de pavê da corrida. Apenas Wout Van Aert conseguiu acompanhar o neerlandês até sofrer um furo que o deixava fora da luta pela vitória. Van der Poel conquistava o segundo monumento do ano.

    O neerlandês esteve sem chama no Tour mas não passou despercebido, servindo de lançador para Jasper Philipsen que, por sua vez dominou as chegadas ao sprint e conquistou a camisola verde.

    Van der Poel encontrar-se ia novamente nos Campeonatos do Mundo. Uma corrida de loucos em Glasgow, com ataques a bem mais de 100 quilómetros da meta e em que o caos foi a ordem do dia. Evenepoel, Pogacar tentavam a sorte, sem abrir distâncias. Alberto Bettiol conseguiu ganhar uma boa vantagem dentro dos quilómetros finais e parecia a caminho de roubar a vitória aos favoritos, mas acabou por ser alcançado a 22 km do fim, quando Mathieu van der Poel atacou como um míssil, sem resposta de Van Aert, Pogacar ou de Mads Pedersen. A vitória estava no bolso até 16 km do fim… Quando van der Poel caiu numa curva! O mundo do ciclismo conteve o fôlego coletivamente quando parecia que a camisola arco-íris voltava a fugir ao neerlandês. Mas van der Poel não desistiu e, talvez por falta de rádios, o grupo perseguidor não se entendia, pelo que Mathieu Van der Poel se sagrava campeão do Mundo de ciclismo de estrada, juntando o título ao de ciclocrosse! Van der Poel ainda tentou a sorte no Campeonato do Mundo de BTT, mas acabou por abandonar devido a uma queda. É talvez o único ponto negativo de um ano praticamente perfeito de van der Poel que fez história, demonstrando ser melhor nas clássicas do que o rival Wout Van Aert e ofuscando um super Tadej Pogacar que ganhou dois monumentos e fez segundo no Tour de France.

    Jumbo Visma – E qual mais poderia ser? A formação neerlandesa conseguiu o pleno das três principais voltas no ciclismo profissional. O Giro d’Italia  conquistado por Primoz Roglic, a segunda vitória consecutiva na geral de Jonas Vingegaard no Tour de France e, por fim, a conquista da Vuelta por parte de Sepp Kuss tornaram a temporada da Jumbo Visma, em 2024 passa a chamar-se Team Visma Lease a Bike, quase perfeita.

    DESPORTOS DE INVERNO

    BIATLO

    Johannes Thingnes Boe- A época masculina da Taça do Mundo de Biatlo de 2022/2023 incluía a passagem por nove palcos distintos; e houve alguém que alcançou o feito notável de vencer provas individuais disputadas em oito desses nove locais e esse “alguém” foi Johannes Thingnes Boe. O norueguês triunfou: duas vezes em Kontiolahti, na Finlândia; duas vezes em Hochfilzen, na Áustria; uma vez em Annecy, na França; duas vezes em Pokljuka, na Eslovénia; duas vezes em Ruhpolding, na Alemanha; duas vezes em Antholz, na Itália; duas vezes em Nové Mesto, na Chéquia; e três vezes em Oslo, na Noruega. Para além disso, contribui ainda o irmão mais novo dos Boe para as vitórias coletivas da equipa norueguesa de Biatlo em Kontiolahti, Hochfilzen, Ruhpolding e Antholz.

    Johannes, que já havia conquistado o troféu da classificação geral da Taça do Mundo de Biatlo nas épocas de 2018/2019, 2019/2020 e 2020/2021, voltou a repetir esse feito, garantia já assegurada bastante cedo na época, tendo em conta o domínio que demonstrou na maioria das provas em que competiu. O norueguês, um dos melhores da história da modalidade, aliou a sua velocidade supersónica sobre os esquis a carreiras de tiro cada vez mais certeiras durante a temporada e acabou por finalizar também como o líder de duas das disciplinas da modalidade, sendo elas: o Sprint e a Perseguição. No final de uma época de grande sucesso, Johannes Thingnes Boe acabou na liderança da classificação geral da Taça do Mundo, superando os seus compatriotas Sturla Laegreid e Vetle Christiansen, segundo e terceiro classificados (respetivamente), por uma diferença abismal de cerca de meio milhar de pontos.

    Para além do sucesso alcançado na Taça do Mundo, Johannes Thingnes Boe também alcançou a glória nos Campeonatos do Mundo de 2023, tendo conquistado a medalha de ouro nas provas de Sprint, Perseguição, Individual e nas duas Estafetas Mistas; a medalha de bronze na Partida em Massa e a medalha de prata na Estafeta Masculina. Tendo tudo isto em consideração, pela superioridade e pela consistência, Johannes Thingnes Boe tem de ser considerado o biatleta do ano.

    ESQUI ALPINO

    Mikaela Shiffrin – A norte-americana Mikaela Shiffrin, por muitos considerada a melhor de sempre no Esqui Alpino, teve mais uma época soberba. Desde a irrepetível época de 2018/2019, na qual venceu 17 provas na Taça do Mundo, há muito que Shiffrin não contabilizava mais de uma dezena de triunfos numa só época, mas acabou por voltar a alcançar este feito em 2022/2023. Ao todo, foram 14 vitórias: 6 em Slalom, 7 em Slalom Gigante e uma em Super-G. De novembro, em Levi (na Finlândia), a março, em Soldeu (Andorra), Shiffrin pôde levantar os braços no lugar mais alto do pódio por 14 vezes.

    Estas 14 vitórias e muitos outros pódios levaram-na ao topo da classificação geral do Slalom e do Slalom Gigante, no final da época, e contribuíram para a exibição da regularidade já conhecida de Shiffrin, que conquistou o seu quinto grande Globo de Cristal, como líder da classificação geral da globalidade das disciplinas. Acima de tudo, as suas 14 vitórias na Taça do Mundo de Esqui Alpino de 2022/2023 fizeram dela a atleta mais vitoriosa do ano, entre homens e mulheres; e valeram-lhe o reconhecimento como a desportista com mais vitórias de sempre em etapas da Taça do Mundo de Esqui Alpino, ultrapassando o recorde de 86 vitórias estabelecido por um exímio esquiador, especialista em disciplinas técnicas, o sueco Ingemar Stenmark.

    De forma a cimentar o seu título de atleta do ano no Esqui Alpino, ao seu sucesso na Taça do Mundo, Shiffrin juntou ainda a conquista da medalha de ouro no Slalom Gigante, da medalha da prata no Slalom e da medalha de prata no Super-G dos Campeonatos do Mundo de Courchevel-Méribel de 2023.

    Distinção mais do que merecida para Shiffrin!

    SALTOS DE ESQUI

    Halvor Egner Granerud – Foi uma temporada de 22/23 que decorreu em crescendo para o incrível atleta de Oslo, que merece sem dúvida este título. Capaz de exercer um avassalador domínio na maior competição do ano, os Quatro Trampolins, acabaria  por “limpar” também o torneio Raw Air onde conquistou todas as etapas. A  sua performance ao longo deste ano competitivo fica ainda marcada pelo facto de se ter tornado no saltador norueguês com mais triunfos conseguidos a contar para a Taça do Mundo, mais de25, e também por ter entrado para a história como o terceiro que mais vitórias somou ao longo de uma só temporada, 15. Apesar de Kubacki  ter começado a temporada como líder da geral na corrida ao globo de cristal, foi sempre patenteando grande: serenidade, ambição e insaciedade que o viking se foi aproximando e mais tarde distanciando do polaco e dos demais rivais que desde meados da temporada foram entendendo que nada havia a fazer, dado o estado de forma vivido por alguém que apenas por uma ocasião ao longo de todo o campeonato falhou a presença entre o Top 15, com esse a ter sido o seu pior resultado. Apenas um nadinha menos exuberante em contexto de Campeonatos do Mundo, sendo que apesar disso saiu de Planica na Eslovénia com duas medalhas em carteira, a verdade é que se pode falar que 2023 foi mesmo um ano praticamente perfeito para o atleta que nos seus festejos tem por hábito imitar o futebolista e seu compatriota e ídolo, Erlling Haaland. Difícil de igualar, poderá Granerud ter vivido em 2023 o melhor ano de uma carreira que ainda se espera repleta de êxitos, alegrias e muitas vitórias!

    FÓRMULA 1

    Max Verstappen – Perante um ano como este, não há muito a dizer. Por muito que tenha havido pilotos que também merecem destaque (como Fernando Alonso, Oscar Piastri ou Alex Albon), um piloto que vence 19 Grandes Prémios em 22 possíveis (sendo segundo classificado em dois dos outros três e quinto no outro) tem de ser o principal destaque do ano. A Red Bull construiu o carro mais dominante da sua história (e um dos melhores da história da F1), mas Verstappen aproveitou-o bem melhor do que o colega de equipa.

    Red Bull – Muito do que foi dito sobre Max Verstappen pode ser dito sobre a Red Bull também. Dos 22 Grandes Prémios existentes, a Red Bull só perdeu um. No ano passado, no início dos novos regulamentos, a Ferrari até parecia ter surgido com o melhor carro, mas a Red Bull deu uma volta completa à situação e este ano só deu hipóteses à concorrência em Singapura, sendo que Sergio Pérez conseguiu, apesar de vários problemas, assegurar o segundo lugar no campeonato de pilotos. Já a pontuação de Max Verstappen no campeonato de pilotos seria suficiente para ganhar o Mundial de construtores, o que diz tudo.

    FÓRMULA E

    Jake Dennis – O piloto britânico, campeão da temporada nove da Fórmula E, conquistou os fãs ao conseguir chegar ao título. Com duas vitórias, sete segundos lugares e dois terceiros, conseguiu obter 229 pontos e bater Nick Cassidy.

    Envision Racing – Venceram o campeonato de construtores, mas viram Cassidy a perder o título na penúltima corrida. Com a ajuda de Sebastien Buemi, conquistaram nove pódios e 304 pontos, mais 12 pontos que a Jaguar TCS Racing.

    FUTSAL

    Zicky Té – Neste ano que está muito perto de acabar, é muito difícil apontar os nomes que mais destaque tiveram no universo do futsal. Contudo, há sempre um que salta à vista, como é o caso de Zicky Té, o que o leva a ser considerado o Atleta do Ano para o Bola na Rede.

    Com apenas 22 anos, o atleta do Sporting CP já passou por Campeonatos da Europa, pela Seleção Nacional, tendo-se evidenciado como um dos atletas da competição. E, mais recentemente, não se deve esquecer a exibição ao serviço do Clube de Alvalade que ‘empurrou’ os leões diretamente para a fase final da Liga dos Campeões. São detalhes que valem o destaque merecido ao jogador português. 

    Sporting CP – A equipa liderada por Nuno Dias conquistou o Campeonato Nacional em 2023, o único troféu dos Leões no ano civil. O SL Benfica venceu as três taças nacionais –  a Taça de Portugal, a Taça da Liga e a Supertaça de Portugal -, no mesmo espaço temporal. No entanto, o Sporting CP chegou à final da UEFA Futsal Liga dos Campeões, perdendo para os carrascos do SL Benfica, o Palma Futsal.

    A época não foi a melhor para o conjunto de Alvalade, perdendo alguns jogadores importantes no verão, como Guitta, Erick Mendonça e Diego Cavinato. Apesar dos altos e baixos, a conquista do campeonato, a principal competição disputada em solo nacional, e a presença na final da prova de clubes da modalidade, foi suficiente para o Sporting CP ter sido a nossa escolha como a equipa do ano.

    HÓQUEI EM PATINS

    Pablo Alvarez – O internacional argentino foi um dos esteios do Benfica para a conquista do campeonato nacional. O jogador fez 47 golos e foi o melhor marcador da equipa na competição, o segundo melhor da Primeira Divisão nacional, só atrás de Gonçalo Alves. O melhor exemplo de como foi decisivo foi na vitória encarnada no Dragão Arena por 3-2, encontro em que fez dois golos.

    Não houve nenhuma equipa dominante na cena nacional do hóquei em patins, mas o FC Porto conseguiu uma proeza que escapava há 33 anos: o terceiro título Europeu.

    O Porto conquistou a WSE Champions League pela primeira vez, frente ao Novara, em 1986. Repetiu o feito em 1990, frente ao Noia, com ambas as finais a serem disputadas em duas mãos.

    Foi apenas 33 anos depois, na cidade de Viana do Castelo que o FC Porto colocou fim a uma série de 11 derrotas em finais da Champions, sendo o recordista de presenças sem sucesso na final. E fê-lo frente ao vice-campeão de 2022, o Valongo.

    O jogo não teve muita história. Rafa abriu o marcador para os azuis e brancos, com uma jogada individual de Rafa. O Valongo ainda empatou, por intermédio de Miguel Moura, mas Carlo Di Benedetto e Gonçalo Alves levaram o Porto para o intervalo a ganhar por 3-1. Di Benedetto sentenciou a partida no início da segunda parte com uma jogada individual, com Xavier Barroso a fechar as contas com o 5-1.

    MOTOGP

    Francesco “Pecco” Bagnaia – Não foi uma temporada fácil para o italiano da Ducati, no entanto, a defesa do título levou-o a subir mais um patamar e a mostrar a todos que merece ser o Campeão do Mundo de MotoGP. Quando a competição apertou, Bagnaia foi o mais calmo e o mais competente, Bicampeão do Mundo e Atleta do Ano para o Bola na Rede.

    Prima Pramac Racing – Época histórica ao conquistarem o Campeonato do Mundo de Equipas, sendo a primeira equipa independente a realizar-se tal feito. Com uma dupla de pilotos sólida, coube a Jorge Martín ser o principal “challenger” de “Pecco”, no entanto, Johann Zarco também foi essencial na conquista deste inigualável título.

    NBA

    Nikola Jokic – O basquetebolista do ano. Nikola Jokic é a nossa escolha para atleta do ano da Liga Americana de Basquetebol (NBA). O poste sérvio dos Denver Nuggets não foi o jogador mais valioso da época 2022-23 – ficou em segundo lugar, atrás do vencedor do prémio, Joel Embiid, dos Philadelphia 76ers. No entanto, conquistou o prémio de jogador mais valioso das finais, depois de ter sido crucial na conquista do primeiro campeonato da história da equipa de Denver.

    Nos ‘playoffs’ de 2023, Nikola Jokic teve uma das melhores médias na história da competição: 30 pontos por jogo; 13.5 ressaltos de bola por jogo; 9.5 assistencias por jogo; 1.1 roubo de bola por jogo; 1.0 bloqueio de bola por jogo; e uma eficácia de lançamento (eFG%) de 59.1%. Na presente época, o poste sérvio continua a ser a principal figura dos atuais detentores do título.

    Denver Nuggets – Para a equipa do ano a nossa escolha é os Denver Nuggets. A equipa de Nikola Jokic, Jamal Murray e companhia são os atuais campeões da NBA, dispensando, então, qualquer tipo de apresentação. Na época passada, a equipa orientada por Michael Malone terminou na 1.ª posição da Conferência Oeste, registando um recorde de 53 vitórias e 29 derrotas. Na sua “run” até ao título, os Nuggets perderam apenas quatro jogos: um contra os Timberwolves na 1.º ronda, duas contra os Suns nas meias-finais e uma contra os Heat na final da NBA.  Ainda pelo caminho, tiveram direito a “limpar” os Lakers de Lebron James em quatro jogos a contar para as finais de conferência.

    Isto culimou no primeiro título na história da franquia. Nikola Jokic foi o MVP das finais, tirando dos seus ombros a responsabilidade de trazer um campeonato para a cidade de Denver. Com o terminar da temporada, perderam uma peça importante: Bruce Brown, que assinou com os Indiana Pacers na free agency. De resto, o plantel manteve-se praticamente o mesmo. Com as poucas entradas e saídas, o cinco inicial mantém-se o mesmo do ano passado. Neste momento, os Nuggets estão na 3.ª posição da Conferencia Oeste, com 19 vitórias e 10 derrotas. São fortes candidatos ao título. Com todos saudáveis, Denver são sem dúvida alguma das equipas mais bem trabalhadas e que mais prazer dá ver jogar.

    TÉNIS

    Novak Djokovic – Teve um ano memorável em 2023! Não fez muitos torneios, tendo apenas participado em 12 competições em todo o ano. A questão é que Djokovic ganhou três dos quatro majors, ficando muito perto de um calendar slam! Primeiro, no Open da Austrália com Djokovic a fazer uma caminhada quase perfeita, cedendo apenas um set Na final, “Nole” superou Stefanos Tsitsipas em três sets, pelos parciais de 6-3, 7-6(4) e 7-6(5).  Voltaria à glória no Roland Garros, onde encontrava Carlos Alcaraz nas meias finais. Os dois tiveram o primeiro de quatro confrontos na época, com “nole” a sair por cima com uma exibição de luxo nos últimos dois sets. Venceu pelos parciais de 6-3, 5-7, 6-1, 6-1 e rumou à final onde superou Casper Ruud em três sets, num jogo em que os dois não tiveram exibições assim tão díspares mas em que o serviço de Djokovic se mostrou decisivo.

    Em Wimbledon, a caminhada de Djokovic para igualar o recorde de 24 slams de Margaret Court parecia escrita nas estrelas, mas Djokovic esbarrou contra Carlos Alcaraz, num jogo em que o espanhol recuperou de um primeiro set desastroso para levar o troféu de Wimbledon para casa, colocando fim a um período de 6 anos sem derrotas para Djokovic no slam de relva. O jogo durou 4 horas e 46 minutos. Mas não foi o único duelo extenso do ano entre os dois. Esse decorreu no Masters de Cincinatti, onde Djokovic e Alcaraz repetiram a final de Wimbledon, desta vez com o recordista masculino de Grand Slam a sair por cima, recuperando de um set de desvantagem.

    A caminhada de Djokovic no US Open foi histórica, com o sérvio a perder apenas um set em todo o torneio. Ganhou o Grand Slam número 24 da carreira, igualando o recorde absoluto de Margaret Court e subiu a número 1 do Mundo, um lugar que é seu até ao fim do ano, a oitava ocasião em que acaba o ano no topo do ranking ATP. Ainda chegou aos 40 triunfos em Masters 1000 aho ganhar em Paris e conquistou o ATP Finals pela sétima vez na carreira frente a um Jannik Sinner impressionante a jogar em casa, tendo derrotado o número 1 do Mundo na fase de grupos. Djokovic é uma máquina de recordes e mesmo com poucos torneios disputados, deixou poucas dúvidas de que é o melhor tenista de sempre e os números refletem isso mesmo. Dos objetivos principais, só falhou a Taça Davis, mas Djokovic pode já bater o recorde de Grand Slams de Margaret Court, caso conquiste o seu slam número 25 no Open da Austrália, em janeiro, e está a 11 troféus de igualar o recorde de 109 títulos em singulares, detido por Jimmy Connor.

    Itália – A seleção que surpreendeu o mundo. Itália conquistou a mais recente edição da Davis Cup, vencendo a competição pela primeira vez desde 1976. Os conquistadores do feito foram Jannik Sinner, Lorenzo Musetti, Lorenzo Sonego, Matteo Arnaldi e Simone Boletti, com a liderança de Filippo Volandri.

    Nas finais, a seleção italiana eliminou os Países Baixos, nos quartos de final, a Sérvia, nas meias-finais, e a Austrália, na final do torneio. Com o título, Itália mostra que não é preciso ter vários tenistas de top 20 para ganhar a principal prova de seleções na modalidade.

    WWE

    Gunther Enquanto que Bryan Danielson e MJF reforçaram o seu estatuto previligiado na All Elite Wrestling, outro lutador conquistou um destaque especial na programação da WWE desde que Triple H assumiu controlo total do departamento criativo da organização norte-americana. Fãs e críticos apontarão para Seth Rollins, Roman Reigns e Becky Lynch como nomes de maior estatuto, mas nenhum aproximou-se da consistência demonstrada por Gunther, que começou o ano ao registar 73 minutos de alto nível no combate Royal Rumble, superando assim o recorde estabelecido por Rey Mysterio em 2006.

    O atleta austríaco elevou ainda mais a fasquia ao tornar-se no Campeão Intercontinental com o reinado mais longo na história da WWE, uma marca que durante 35 anos pertenceu oficialmente ao icónico Honky Tonk Man. Atualmente uma das grandes estrelas do Monday Night Raw, o “Ring General” arrecadou vitórias contra Braun Strowman, Madcap Moss, Drew McIntyre, Sheamus, Xavier Woods, Mustafa Ali, Matt Riddle, Chad Gable, Tommaso Ciampa e, mais recentemente, The Miz, todos em combates de elevada qualidade. Dado o seu domínio, não será de todo surpreendente se a estrela de 36 anos acrescentar mais alguns meses ao seu recorde recém-estabelecido.

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