Bledisloe Cup: Nova Zelândia coloca-se em vantagem

    Uma semana depois do empate em Wellington, Nova Zelândia e Austrália voltaram a encontrar-se, desta feita no Eden Park, terreno onde os australianos não vencem desde 1986. Este ano não foi diferente, sendo que os Wallabies saíram de Auckland derrotados por 27-7.

    Sob o olhar dos 47 mil espetadores que esgotaram o Eden Park, foram os australianos a entrar melhor no encontro, ao colocar a defesa neozelandesa sob forte pressão. Mesmo assim, a Nova Zelândia não tardou em assumir o controlo do jogo, acabando mesmo por marcar o primeiro ensaio da partida aos 22’, por meio de Aaron Smith.

    Os australianos não tardaram em responder, tendo Marika Koirobete fixado o resultado ao intervalo em 10-7 (a favor da Nova Zelândia). Perspetivava-se um jogo muito equilibrado, mas a verdade é que tal não aconteceu, uma vez que os Wallabies não foram capazes de cimentar o que tinham mostrado na semana anterior, isto é, agressividade na line speed, boa cobertura do espaço e da profundidade e qualidade na placagem. No que ao aspeto ofensivo diz respeito, o conjunto de Dave Rennie mostrou-se muito previsível, ao desperdiçar diversas oportunidades de ensaio e ao cometer inúmeros erros de manuseamento de bola.

    Já os All Blacks, por seu turno, foram eficientes ao explorar os erros defensivos do adversário. Por um lado, apresentaram uma linha de três quartos explosiva no ataque à linha da vantagem, tendo em Beauden Barrett e Caleb Clarke os maiores conquistadores de território. Por outro lado, os avançados apresentaram uma leitura sublime do breakdown, proporcionando diversas turnover balls à linha atrasada.

    Um dos aspetos que mais se fez sentir em relação ao jogo da semana passada foi o jogo ao pé. Desta vez, ambas as equipas apostaram num jogo mais à mão, sendo que os australianos tiveram mais dificuldades em encontrar espaço para penetrar e ganhar metros. Ainda assim, raros foram os pontapés para território, visto que os dois conjuntos conseguiram cobrir o espaço eficientemente.

    Os três ensaios da Nova Zelândia nos quinze minutos iniciais da segunda metade puseram termo à esperança dos australianos. Desde então, os homens de Ian Foster foram capazes de gerir o jogo com naturalidade.

    Na minha opinião, não há sombra de dúvidas. Caleb Clarke foi o melhor em campo, na medida em que provou ser um autêntico perigo no ataque à linha da vantagem. Percorreu 73 metros com a bola em seu poder, quebrou a linha em três ocasiões e bateu nove defensores. Ainda para mais, a imprensa local comparou o ponta a Jonah Lomu.

    Assim sendo, a Nova Zelândia coloca-se em vantagem na disputa pela Bledisloe Cup, sendo que o próximo embate terá lugar em Brisbane.

    Foto de Capa: All Blacks

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Marco Minelli
    Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.