França 24-17 Inglaterra: A festa do Rugby Champagne

    A CRÓNICA: PRIMEIRA HORA DE GRANDE QUALIDADE GARANTE VITÓRIA INESPERADA FRANCESA

    No grande jogo da jornada, aquele entre dois históricos rivais, a França levou a melhor sobre os ingleses. No seu primeiro quinze enquanto selecionador principal, Fabien Galtier, surpreendeu ao apostar em jogadores tão jovens e com tão pouca experiência internacional, principalmente quando do outro lado está uma equipa vice-campeã mundial como a Inglaterra.

    Apesar de tanta juventude e inexperiência, os gauleses souberam controlar o jogo e dominar os pontos fortes de Inglaterra, pelo menos até aos sessenta minutos de jogo. A primeira parte ficou marcada pelos dois ensaios da França que deram vantagem aos homens da casa por 17-0 ao intervalo. O primeiro ensaio foi da autoria de Vincent Rattez, que, após um excelente passe interior de Romain Ntamack, bateu Ben Youngs e fez os primeiros pontos do jogo.

    O outro foi do capitão Charles Ollivon, que soube aproveitar uma falha numa bola alta de Courtney Lawes e em que Jonny May, último defensor inglês, deixou passar o terceira linha gaulês graças ao lance dúbio numa disputa de bola no ar, dúvidas essas que o TMO veio tirar. Não houve adiantado do jogador francês, o toque no ar foi do segunda linha inglês, sendo, assim, legal.

    Nos primeiros vinte minutos dos segundos quarenta minutos, o domínio da França continuou. Mais um ensaio de Ollivon após uma excelente jogada de Dupont que, ao quebrar a linha da vantagem, só teve de fazer o passe para o seu capitão. A Inglaterra mostrou muitas dificuldades em aparecer no jogo. Os dois ensaios ingleses surgiram de duas jogadas individuais de Jonny May. De resto, nos últimos vinte minutos, a França diminuiu o ritmo de jogo e começou a mostrar algumas deficiências nas fases estáticas da partida.

    Os franceses apresentaram uma defesa muito forte. Charles Ollivon e Grégory Alldritt foram as peças mais importantes da defesa gaulesa. Aliada a todo este processo defensivo, estava a imprevisibilidade e a capacidade de Antoine Dupont. Uma vitória inesperada em que os comandados de Eddie Jones conseguiram garantir o ponto bónus defensivo.

    A FIGURA

    Fonte: France Rugby

    Grégory Alldritt – O terceira linha centro francês esteve em destaque na tarde de Paris. Fez onze transportes de bola, dezoito placagens, não falhando nenhuma, um turnover e percorreu 24 metros com a bola nas mãos. Uma exibição de grande nível do jogador do La Rochelle.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: England Rugby

    George Furbank – Não esquecerá a sua estreia internacional, seja pela derrota sofrida, seja pela sua atuação. Apareceu poucas vezes em jogo, mas nas vezes em que apareceu concedeu duas penalidades à França e cometeu três erros de handling. A exibição do defesa dos Northampton Saints ficou muito aquém das expectativas.

    ANÁLISE TÁTICA – FRANÇA

    A defesa da França foi essencial para garantir o triunfo. A terceira linha teve um papel primordial na defesa. Placagens efetivas e disciplina na disputa de bola no breakdown. Já as linhas atrasadas mostraram muita imprevisibilidade, com boas linhas de corrida, como aconteceu no ensaio de Vincent Rattez.

    15 INICIAL E PONTUAÇÕES

    1 – Cyril Baille (6)

    2 – Julien Marchand (5)

    3 – Mohamed Haouas (6)

    4 – Bernard Le Roux (7)

    5 – Paul Willemse (6)

    6 – François Cros (6)

    7 – Chales Ollivon (7)

    8 – Grégory Alldritt (8)

    9 – Antoine Dupont (8)

    10 – Romain Ntamack (7)

    11 – Vincent Rattez (7)

    12 – Gael Fickou (7)

    13 – Virimi Vakatawa (6)

    14 – Teddy Thomas (6)

    15 – Anthony Bouthier (6)

    SUBS UTILIZADOS

    16 – Peato Mauvaka (-)

    17 – Jefferson Piorot (6)

    18 – Demba Bamba (5)

    19 – Boris Palu (5)

    20 – Cameron Woki (-)

    21 – Matthieu Jalibert (-)

    22 – Arthur Vincent (-)

    ANÁLISE TÁTICA – INGLATERRA

    A terceira linha inglesa foi completamente anulada no jogo no chão, tal como alguns jogadores da linha de três quartos. O jogo ao pé foi excessivo e não se revelou, de maneira nenhuma, profícuo. Os ingleses tiveram superioridade nas fases estáticas, mas nem isso foi suficiente para equilibrar o jogo. Nos primeiros sessenta minutos houve alguma dificuldade em alargar o jogo aos canais exteriores. Jonny May apenas teve bola por duas vezes. Das duas vezes que teve a oval nas mãos fez dois ensaios.

    15 INICIAL E PONTUAÇÕES

    1 – Joe Marler (5)

    2 – Jamie George (5)

    3 – Kyle Sinclair (5)

    4 – Maro Itoje (6)

    5 – Charlie Ewels (5)

    6 – Courtney Lawes (6)

    7 – Sam Underhill (6)

    8 – Tom Curry (6)

    9 – Bem Youngs (6)

    10 – George Ford (5)

    11 – Eliott Daly (5)

    12 – Owen Farrell (5)

    13 – Manu Tuilagi (-)

    14 – Jonny May (7)

    15 – George Furbank (5)

    SUBS UTILIZADOS

    16 – Luke Cowan-Dickie (5)

    17 – Ellis Genge (5)

    18 – Will Stuart (-)

    19 – George Kruis (5)

    20 – Lewis Ludlam (5)

    21 – Willi Heinz (5)

    22 – Ollie Devoto (-)

    23 – Jonathan Joseph (5)

    Foto de Capa: Six Nations Rugby

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Marco Minelli
    Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.