Nova Zelândia 40-17 País de Gales: All Blacks garantem terceiro lugar em noite de despedidas

    País de Gales e Nova Zelândia voltaram a defrontar-se dois anos depois, desta vez, no jogo que decidiu o terceiro e quarto classificados do mundial do Japão.

    Steve Hansen promoveu diversas alterações na equipa titular. Destaque para o regresso de Sonny Bill Williams e Ben Smith ao 15 inicial. Estes últimos, em conjunto com o capitão Kieran Read e Ryan Crotty, realizaram o seu último jogo pelos All Blacks.

    Já o 15 de Warren Gatland também sofreu algumas mudanças em relação àquele que perdeu na meia final contra a África do Sul. O par de médios foi totalmente renovado, com Tomos Williams e Rhys Patchell a aparecerem nos lugares de Gareth Davies e Dan Biggar, respetivamente. Outra alteração a destacar foi a entrada do ponta Owen Lane, a render o lesionado George North. O três quartos ponta de 21 anos dos Cardiff Blues, estreou-se pela seleção em agosto, frente à Irlanda, tendo hoje realizado apenas a sua segunda internacionalização.

    O primeiro ensaio foi da autoria de Joe Moody, pilar esquerdo neozelandês. O segunda linha Brodie Retallick, ao quebrar a linha da vantagem, ficou numa situação de dois para um, onde fez um belíssimo offload para o pilar dos Crusaders que só teve de correr em direção à área de validação adversária.

    Joe Moody marcou o primeiro ensaio do jogo
    Fonte: Rugby World Cup

    Sete minutos depois, uma combinação entre Aaron Smith e Beauden Barrett resultou no segundo ensaio da Nova Zelândia. O médio de formação conseguiu fixar dois opositores, percebendo, ao inverter o sentido de jogo, a excelente linha de corrida do defesa All Black.

    Até ao segundo ensaio neozelandês, os galeses apresentaram um jogo muito curto. Ao minuto 20, ao alargar o perímetro de jogo, Hallam Amos surgiu no canal dos 15 metros, após um excelente passe, fazendo assim o primeiro ensaio galês.

    Hallam Amos foi o autor do primeiro ensaio galês
    Fonte: Rugby World Cup

    Os dois últimos ensaios dos primeiros 40 minutos foram marcados por Ben Smith. No primeiro, este recebeu a bola dentro dos 22 metros galeses, após um turnover da avançada neozelandesa, batendo quatro defensores adversários antes de fazer o ensaio. Muita passividade da defesa galesa, ao deixar passar Ben Smith, que estava sozinho no meio de vários defesas galeses. Já no segundo ensaio da sua conta pessoal, este mostrou grande velocidade e aceleração, apesar dos seus 33 anos, ao aparecer no corredor de 5 metros e fazer um belo handoff a Tomos Williams antes de fazer o toque de meta.

    Ao intervalo, o marcador mostrava uma vantagem para os neozelandeses por 28-10.

    A segunda parte começou da mesma forma como acabou a primeira, isto é, com um ensaio All Black. Um offload de Sonny Bill Williams permitiu a Ryan Crotty isolar-se e fazer o ensaio na sua despedida da seleção da Nova Zelândia.

    O jogo galês estava muito lento e previsível. Poucas foram as quebras de linha e as vezes em que os galeses chegaram à área de 22 metros adversária. Na primeira vez que o fizeram na segunda parte, Josh Adams fez o segundo ensaio do seu país. Após várias fases à mão, o ponta fez o toque de meta num pick and go e o seu sétimo ensaio na competição.

    O último ensaio do jogo surgiu a três minutos do fim. Richie Mo’unga, após uma formação ordenada a cinco metros bateu o seu adversário direto, Dan Biggar, fazendo assim o seu primeiro ensaio na competição. O resultado final foi de 40-17 para a Nova Zelândia, que fica assim no lugar mais baixo do pódio deste Mundial de Rugby 2019.

    Foi um jogo jogado à mão, com pouco recurso ao jogo ao pé, algo que não se tem visto muito neste mundial. A Nova Zelândia mostrou um Rugby veloz, com muita dinâmica e muito espetáculo (várias quebras de linha e muitos offloads). Já os Galeses apresentaram-se uma equipa muito estática. A sua aposta num jogo curto não se revelou frutífera. O pack avançado do País de Gales mostrou, mais uma vez, muitas dificuldades na formação ordenada.

    Este jogo marca a despedida de ambos os selecionadores. De um lado, o neozelandês Steve Hansen despede-se com a conquista de um mundial. Do outro lado, o galês Warren Gatland despede-se com a conquista de três Grand Slams no torneio das seis nações. O seu substituto será Wayne Pivac, ex-treinador dos Scarlets.

    Despedem-se do rugby internacional, jogadores que ficarão na história da modalidade como Sonny Bill Williams, Ben Smith e Kieran Read.

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    Marco Minelli
    Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.