Portugal 23-17 Bélgica: Lobos vencem no primeiro jogo do Championship

    A CRÓNICA: PORTUGUESES SOFREM PARA VENCER NO REGRESSO AO CHAMPIONSHIP

    Passados três anos, Portugal voltou a disputar a competição mais importante da Rugby Europe. Neste primeiro jogo, frente à Bélgica, os “Lobos” mostraram algumas dificuldades no pack avançado e no alinhamento. Por outro lado, os belgas mostraram diversas debilidades defensivas. Após catorze minutos de jogo, Manuel Cardoso Pinto selou o primeiro ensaio da partida, fortuito de uma bela combinação entre Tomás Appleton e António Vidinha. O defesa português, já sem oposição, fez o grounding que valeu os primeiros pontos do jogo. Pouco antes do fim dos primeiros quarenta minutos, José Maria Vareta fez o segundo ensaio português, que resultou de um dos poucos alinhamentos que a avançada lusa conquistou. Ao intervalo, Portugal vencia por 14-0.

    Já na segunda parte, os belgas reduziram o perímetro de jogo e apostaram fortemente no maul. Foi através de dois mauls de touche que os belgas igualaram o marcador a catorze minutos do fim. Nos últimos dez minutos do encontro, a seleção nacional conseguiu impor algum domínio territorial, aproveitando-se de alguma indisciplina da equipa forasteira, conseguindo, assim, beneficiar de duas penalidades que o pontapeador Dany Antunes não desperdiçou. Vitória portuguesa por 23-17 no jogo teoricamente mais acessível da competição.

    A FIGURA

    Dany Antunes – O três quartos ponta do RC Massy Essonne esteve irrepreensível no que à transformação de pontapés aos postes diz respeito. Aqueles dois pontapés ao cair do pano permitiram segurar a vitória. De resto, bateu diversos defesas adversários numa bela arrancada na segunda parte.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Portugal Rugby

    Fase estática portuguesa – Os portugueses mostraram muitas dificuldades nos alinhamentos. Foi das poucas fases do jogo em que os belgas foram superiores à equipa lusa. Uma fase de conquista de bola tão importante que terá de ser corrigida na preparação dos próximos jogos. Erros sucessivos nesta fase estática podem ser decisivos frente a equipas mais competitivas, como a Roménia e a Geórgia.

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

    Os ‘Lobos’ mostraram algumas dificuldades no controlo do jogo no pack avançado, sentindo-se estas mesmas principalmente na segunda parte, em que a indisciplina foi maior. No que diz respeito à linha de três quartos, esta mostrou uma boa capacidade de circulação de bola e alguma imprevisibilidade, da qual resultou o primeiro ensaio do jogo. A meu ver, João Freudenthal foi essencial para o progresso territorial português, uma vez que este jogador é dotado de uma inteligência tática fora do comum, no que ao jogo ao pé diz respeito. A sua visão e capacidade de execução tiveram um papel primordial para o domínio territorial exercido pela seleção da casa no final do jogo.

    15 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ivo Morais (5)

    Lionel Campergue (5)

    Diogo Ferreira (5)

    José Madeira (5)

    José Andrade (5)

    João Granate (6)

    David Carvalho (4)

    Thibault Freitas (7)

    João Belo (7)

    João Lima (5)

    Danny Antunes (7)

    Tomás Appleton (7)

    António Vidinha (6)

    José Vareta (6)

    Manuel Cardoso Pinto (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Bruno (5)

    Duarte Torgal (5)

    Manuel Picão (-)

    Duarte Azevedo (-)

    João Freudenthal (6)

    ANÁLISE TÁTICA – BÉLGICA

    Os belgas mostraram-se inferiores tecnicamente em relação a Portugal. O jogo ao pé do seu médio de abertura na primeira parte não se revelou nada vantajoso a nível tático e territorial para a Bélgica. Na segunda parte, diminuíram o perímetro de jogo, apostando mais num jogo de avançados, que resultou em dois ensaios e na discussão do resultado até ao fim do jogo. As linhas atrasadas belgas revelaram-se muito frágeis, com uma capacidade de circulação fraca, previsível e lenta. A maior ameaça da Bélgica foram os seus avançados.

    15 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Bastien Gallaire (6)

    Thomas Dienst (6)

    Maxime Jadot (6)

    Guillaume Mortier (6)

    Mathieu Verschelden (5)

    Lucas de Coninck (5)

    Jeam-Maurice Deccubber (5)

    Gillian Benoy (5)

    Julien Berger (5)

    Ryan Godsmark (4)

    Gaspard Lalli (4)

    Guillaume Piron (4)

    Nathan Bontems (5)

    Craig Dowsett (5)

    Alan Williams (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Vincent Tauzia (5)

    Julien Massimi (5)

    Bertrand Billi (4)

    Thomas de Molder (4)

    William Van Bost (-)

    Tom Cocqu (4)

    Louis de Moffarts (4)

    Bruno Vliegen (-)

    Foto de Capa: Portugal Rugby

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Marco Minelli
    Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.