Super Rugby Aotearoa: Dose dupla de golden points

    Na jornada anterior do Super Rugby Aotearoa, a grande figura acabou por ser a equipa dos Highlanders, pela magnífica vitória sobre os Crusaders. Desta feita, esta última ronda ficou marcada pelo recurso ao golden point nos dois jogos realizados.

    No embate inaugural, os Chiefs somaram a terceira vitória consecutiva, ao vencer os Highlanders em Dunedin. Num jogo muito equilibrado, ambas as equipas acabaram por desperdiçar múltiplas oportunidades, mostrando também algumas dificuldades em certos capítulos do jogo. Por um lado, os Chiefs perderam muitos alinhamentos, mas, do lado oposto, os Highlanders tiveram muitos problemas no pós placagem, acabando, deste modo, por perder diversas bolas no breakdown, domínio do jogo em que Luke Jacobson e Anton Lienert-Brown se destacaram.

    A entrada de Josh Ioane foi fundamental para o jogo da equipa visitada, na medida em que trouxe mais explosão no ataque à linha da vantagem e uma maior capacidade de circulação e de retenção de bola. Além do mais, foi o próprio a marcar o ensaio que empatou o encontro e, consequentemente, levou à disputa do primeiro golden point da história da competição.

    Contudo, as dificuldades em reter a bola no breakdown perduraram e os Chiefs conseguiram capitalizar o turnover de Lienert-Brown em três pontos, por meio de um pontapé de Damian McKenzie.

    Assim sendo, os Chiefs seguem o seu percurso vitorioso, continuando a poder lutar por um lugar na final do torneio, algo que já se afigura complicado para os Highlanders.

    Já na ilha norte, mais precisamente em Wellington, os Crusaders voltaram às vitórias, desta feita ao vencer a equipa local, os Hurricanes, num jogo que também foi decidido com recurso ao golden point.

    À semelhança do sucedido com os Chiefs, os Hurricanes também mostraram muitas dificuldades no alinhamento, acabando por perder a oval em zonas privilegiadas do terreno e, por consequência, desperdiçar oportunidades para pontuar.

    Ainda assim, os Canes conseguiram colocar o adversário sob forte pressão, tarefa que Jordie Barrett realizou com distinção, ao assumir o lugar de first receiver. Ainda para mais, Ngani Laumape e Peter Umaga-Jensen tiveram um papel primordial no jogo dos Hurricanes, quer defensiva, quer ofensivamente.

    Do outro lado, os Crusaders conseguiram aproveitar as oportunidades de que dispuseram, acabando por vencer o encontro graças a um drop de David Havili já para lá do tempo regulamentar. Apesar da vitória, a equipa de Scott Robertson mostrou-se algo indisciplinada no breakdown (muito graças a Ardie Savea) e na formação ordenada, o que não é muito habitual nos atuais campeões.

    Por último, Ardie Savea e Anton Lienert-Brown foram, a meu ver, as figuras da jornada. O primeiro realizou uma exibição absolutamente estrondosa em todos os aspetos. Agressivo com a bola em seu poder e sublime na leitura do breakdown. Já o centro dos Chiefs conquistou a bola em três ocasiões, mas o turnover mais sonante foi o que originou a penalidade que valeu mais uma vitória à franquia de Hamilton.

    Foto de Capa: Crusaders 

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Cristiano Ronaldo e mais sete jogadores falham jogo de Portugal contra a Suécia

    A Federação Portuguesa de Futebol revelou esta segunda-feira que...

    Há novidades sobre o futuro de Arthur Melo, que foi associado ao Benfica

    Arthur Melo vai regressar à Juventus, pois a Fiorentina...

    Colômbia anuncia convocados para enfrentar Espanha e Roménia

    A Colômbia apresentou os convocados para os próximos compromissos...

    Seferovic: «O Rafa Silva, como homem e como jogador, é muito bom»

    Haris Seferovic comentou sobre alguns jogadores do plantel atual...
    Marco Minelli
    Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.