Super Rugby Aotearoa: Rugby ao rubro na Nova Zelândia

    Está tudo em aberto no Super Rugby Aotearoa. Com as vitórias de Highlanders e Chiefs, a incerteza cresce no que toca aos participantes na final do torneio. Das cinco franquias que compõem a competição, os Hurricanes são a única que está praticamente afastada do derradeiro jogo que decidirá o Super Rugby Aotearoa.

    O primeiro embate da jornada opôs Highlanders e Blues, sendo que estes últimos, após um bom começo de época, têm vindo a demonstrar uma tremenda queda de rendimento, ao somar três derrotas nos últimos quatro jogos. Por outro lado, os Highlanders conseguiram a sua segunda vitória em três partidas, colocando, deste modo, a franquia de Dunedin na disputa pela segunda posição na tabela, lugar que dá acesso à final.

    Os Highlanders foram superiores à franquia de Auckland em muitos aspetos do jogo, nomeadamente na leitura do breakdown, na tomada de decisão (quer ao pé, quer à mão) e na capacidade de cobrir espaço.

    Os comandados de Leon McDonald mostraram-se muito lentos na defesa e muito faltosos ao longo do jogo. Além do mais, foram múltiplas as falhas de cobertura do eixo mais profundo do terreno, algo que Mitch Hunt e Josh Ioane conseguiram aproveitar para colocar o adversário sob pressão e ganhar metros.

    Já os Highlanders mostraram-se muitos compactos em termos defensivos. Além de uma line speed veloz, a franquia de Dunedin teve em Billy Harmon e Kazuki Himeno duas peças fulcrais no jogo no chão (só estes dois jogadores conseguiram seis turnovers). No que toca ao aspeto ofensivo, os Landers foram capazes de concretizar as oportunidades de que dispuseram.

    Já do outro lado do país, mais precisamente em Hamilton, os Chiefs selaram um triunfo importante diante dos Crusaders, podendo mesmo ambicionar chegar ao primeiro lugar, o que garantiria uma final disputada no seu próprio estádio.

    Apesar da vitória e do domínio exercido sobre os Crusaders em termos de território e de posse, os Chiefs desperdiçaram muitas ocasiões de ensaio, quer por alguma precipitação na hora de decidir, quer por alguma lentidão no cleanout. Tal não se passou com os Crusaders: a franquia de Christchurch pontuou nas poucas vezes em que chegou aos 22 metros adversários.

    Se com bola os Chiefs não foram eficazes, sem a oval em seu poder, a equipa de Clayton McMillan mostrou-se disciplinada e conseguiu conter muitas das ameaças da linha de três quartos adversária, sendo que os Crusaders apenas conseguiram quebrar a linha da vantagem em duas ocasiões, aspeto do jogo no qual Will Jordan se destacou.

    Na reta final do jogo, um fora de jogo da defesa dos Crusaders permitiu a Damian McKenzie somar os três pontos da vitória. Ainda com um minuto por jogar, Naitoa Ah Kuoi conquistou o turnover da vitória.

    Por último, Billy Harmon e Anton Lienert-Brown foram, na minha opinião, os jogadores da jornada. O flanquador dos Highlanders dominou por completo o breakdown, ao recuperar a oval em quatro ocasiões. Já o centro dos Chiefs, mostrou-se, mais uma vez, explosivo no ataque à linha da vantagem, tendo percorrido 78 metros com a bola em seu poder. Como se tal não bastasse, realizou ainda dois offloads, um deles digno de nota.

    Foto de Capa: Super Rugby NZ

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    Marco Minelli
    Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.