Acendem-se as luzes do Crucible Theatre para mais uma edição do Mundial de Snooker

    Não vem no entanto da sua melhor época, apesar da conquista do Northern Ireland Open e do Coral World Grand Prix. Com alguma irregularidade ao longo do ano, acabou por cair do quinto para o sétimo lugar do ranking.

    No terceiro lugar da lista de favoritos, muito próximo de Judd Trump, aparece Neil Robertson. O australiano, campeão do mundo em 2010, depois de um período menos fulgurante da sua carreira, voltou esta época a um grande nível. Com vitórias no Riga Masters, no Welsh Open e no China Open e sendo finalista vencido do Coral Players Championship e do Coral Tour Championship, Robertson galgou lugares no ranking e chega a esta competição no quarto lugar (começou a época no 10º lugar). Depois das desilusões nas últimas três edições, onde o australiano nunca ultrapassou a segunda ronda, Neil Robertson chega à edição deste ano com expetativas de chegar muito mais longe e, talvez, recuperar o trono que em tempos já foi seu.

    Neil Robertson (esq.) chega à competição na sua melhor forma dos últimos anos
    Fonte: World Snooker

    Em sentido inverso a Neil Robertson, surge Mark Selby. Depois de épocas em que dominou o circuito mundial, tendo conquistado três campeonatos do mundo entre 2014 e 2017 e conseguindo estabelecer-se durante muito tempo na liderança do ranking mundial, Selby chega a esta competição numa espiral negativa. Depois de um época em que apenas conseguiu passar dos Quartos-de-Final de uma competição por duas vezes (vitória no China Championship e Meias-de-Final do Northern Ireland Open), o inglês viu Ronnie O’Sullivan roubar-lhe a liderança do ranking e tentará usar esta competição para demonstrar que está apenas a passar por uma fase menos fulgurante.

    A fechar o Top-5 de favoritos para as casas de apostas, surge Kyren Wilson, sendo também ele uma semi-surpresa neste lote de favoritos. O inglês, que ocupa no nono lugar do ranking, aparece, na ótica das casas de apostas, melhor colocado para esta competição do que diversos nomes mais sonantes do circuito. Não sendo um jogador com um palmarés muito vasto, tem demonstrado nas últimas edições do campeonato do mundo que é um jogador talhado para os grandes palcos, tendo alcançado por duas vezes os Quartos-de-Final e atingido na época passada as Meias-de-Final. Numa época em que venceu o Paul Hunter Classic e o German Masters, sendo ainda finalista vencido do Champion of Champions, o jogador de 27 anos, quer voltar a dar cartas no Crucible.

    A esta lista de principais favoritos, será sempre sensato juntar nomes como o do campeão em título, Mark Williams, do seu veterano colega, John Higgins, de Shaun Murphy (campeão do mundo em 2005), Stuart Bingham (vencedor da competição em 2015), Barry Hawkins ou Ding Junhui.

    Qualquer um deles (e de todos os 32 jogadores em prova) poderá ter uma palavra a dizer nesta competição. 

    Quadro Final do Campeonato Mundial de Snooker
    Fonte: Diogo Reganha/Bola na Rede

    Mark Williams e Martin Gould serão os primeiros a entrar em competição, este Sábado às 10h00, dando assim início a mais uma edição da prova mais importante do circuito. Estão assim reunidas todas as condições para que as próximas três semanas presenteiem os adeptos da modalidade com muitos jogos de qualidade, onde estarão presentes os melhores jogadores do mundo. 

    A 1ª Ronda da competição será jogada à melhor de 19 frames (de 10-0 a possíveis 10-9). Os oitavos e os quartos são disputados à melhor de 25 frames (de 13-0 a possíveis 13-12), enquanto as meias-finais serão jogadas à melhor de 33 (de 17-0 a possíveis 17-16) e a final do Mundial será à melhor de 35 frames (de 18-0 a possíveis 18-17).

    Foto de Capa: World Snooker

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    Diogo Reganha
    Diogo Reganhahttp://www.bolanarede.pt
    Presença assídua nos jogos de futebol do clube da sua terra (Lourinhanense) e do clube do seu coração (Benfica), o Diogo é um fã de desporto em geral. Defensor de discussões construtivas em que o resultado final seja todos os envolvidos aumentarem os seus conhecimentos sobre o tema abordado, sem que existam ofensas ou discriminações por qualquer tipo de opinião.                                                                                                                                                 O Diogo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.