Mundial de Snooker 21, capítulo 2: Os oitavos-de-final

RESULTADOS DOS OITAVOS-DE-FINAL

Primeira metade do quadro
Ronnie O´Sullivan (12-13) Anthony McGill: Foi por uma unha negra

O campeão em título esteve perto de ingressar nos quartos, mas enganou-se no número da porta. McGill aproveitou e venceu um embate que foi equilibrado pelos vários desequilíbrios de parte a parte. A verdade é que houve de tudo nesta partida, incluindo uma tentativa de tacada máxima (147 pontos) de Anthony McGill, travada aos 97 por uma bola preta (seria a 13.ª) que não entrou. Foi um verdadeiro jogaço!

Pela sexta vez na era moderna, o campeão em título cai numa “negra”^1, enquanto McGill, pela segunda vez nas suas sete presenças no Crucible, vence o campeão em defesa^2.

  

Stuart Bingham (13-6) Jamie Jones: No duelo de outsiders, foi Bingham quem esteve mais in

Os únicos jogadores vindos das qualificações encontraram-se nos oitavos-de-final, com vitória para o campeão do Mundo de 2015. Jamie Jones, pior classificado do ranking mundial de entre os 32 participantes à entrada para o torneio, havia surpreendido Stephen Maguire, mas não apanhou desprevenido o experiente inglês. Ainda assim, Jones conseguiu levar para a segunda sessão um bom resultado (4-4). Bingham, contudo, entrou “a matar” na sessão dois e arrecadou três frames em sequência.

Jones venceu um 12.º frame equilibrado, fazendo o 7-5 e voltando a sonhar. No entanto, a reação do outro lado foi forte e Bingham chegou à vitória com seis frames conquistados em sete. O 17.º classificado do ranking mundial (antes do Mundial) marca encontro com o 16.º, num jogo sem favorito.

 

John Higgins (7-13) Mark Williams: Galês teve mais classe no confronto da classe de 92

À entrada para os oitavos, este encontro seria o centro indisputado das atenções. Era, de resto, o único entre dois campeões do Mundo. Porém e não obstante alguns bons momentos, que incluíram uma tentativa de 147 de Higgins, travada pela 15.ª bola preta (de novo uma bola preta a impedir a tacada máxima de um escocês, neste Mundial), o emblemático embate não correspondeu às expetativas – que, naturalmente, são sempre altíssimas para este duelo.

O tricampeão do Mundo acabou (mas não começou) por superiorizar-se ao tetracampeão. O escocês, de facto, começou melhor e fez o 3-1. Seguiram-se… nove frames consecutivos para Williams. 10-3 e perspetivas de não se jogar sequer a terceira sessão. Higgins respondeu como um campeão, com o 147 gorado (ainda assim, 113 pontos) e entradas de 107 e 82 pontos para o 10-6.

Não se mostrou assustado Mark Williams, que respondeu com o 11-6. O galês ainda permitiu o 11-7, mas selou a vitória com entradas de 85 (num total de 122 pontos) e de 77. Até ao momento, neste Mundial, apenas perdeu onze frames: só Selby fez melhor.

Williams segue em busca do tetra, tendo já prometido sortear uma viagem para quatro ao Dubai aos seus seguidores nas redes sociais, caso o consiga. É tentar.

 

Mark Allen (7-13) Mark Selby: Ganhou o melhor Mark

Mark Selby é e foi melhor do que Mark Allen. O “Jester from Leicester” continua numa forma incrível e, ao apenas conceder sete frames ao norte-irlandês, chega aos quartos-de-final como o jogador que menos frames perdeu nas duas primeiras rondas: foram apenas oito (um para Kurt Maflin e sete para Allen) – não seriam suficientes para vencer qualquer ronda do Mundial.

Frente ao homónimo da Irlanda do Norte, o campeão do Mundo de 2014, 2016 e 2017 fez doze entradas acima de 50 pontos (duas no mesmo frame), incluindo três centenárias de alto valor e alto nível – 134, 135 e 132 (uma em cada sessão). Venceu a primeira sessão por 6-2, manteve os quatro frames de vantagem na segunda (10-6) e selou a vitória na terceira sessão, evitando que esta sequer tivesse segunda parte.

Tem mostrado a sua melhor e mais reconhecida faceta: um jogador que defende bem, constrói breaks como poucos, é consistente, calmo, metódico, calculista e frio o suficiente para fazer do Teatro dos Sonhos um Teatro dos Pesadelos para os seus adversários.

Nos quartos, tem encontro marcado com o também tricampeão mundial e também Mark Williams. Um extraordinário jogo em perspetiva: o único dos quartos entre multicampeões mundiais e um embate que opõe os jogadores que menos frames concederam nas duas primeiras rondas (oito contra onze).

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Márcio Francisco Paiva
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