Mundial de Snooker 21, capítulo 2: Os oitavos-de-final

    A CRÓNICA: O CAMPEÃO FOI AO CHÃO. QUEM LHE SUCEDE?

    O Campeonato do Mundo de Snooker 2021 prossegue e os oitavos de final já são memória. O grande e inevitável destaque da segunda ronda deste Mundial é o destronar do campeão em título, Ronnie O´Sullivan, pelo escocês Anthony McGill. O 16.º colocado do ranking mundial bateu o hexacampeão mundial no 25.º e decisivo frame (13-12) e impediu que o inglês alcançasse o compatriota de McGill, Stephen Hendry, na lista de mais titulados do Campeonato do Mundo na Era Crucible.

    Em agosto passado, McGill esteve muito perto de marcar encontro com O’Sullivan na final do Mundial 2020, mas Kyren Wilson levou a sua avante na “negra” da meia-final (Wilson viria a perder ante o “Rocket” por 18-8). Então, McGill viu o adversário arrecadar a vitória com uma bola um tanto fortuita e a mágoa da derrota adquiriu o peso cumulativo da forma como surgiu. Nessa negra, Anthony fez 82 pontos, que não foram suficientes.

    Na partida frente a O´Sullivan, o escocês esteve perto de reviver as mágoas. Felizmente para McGill, O´Sullivan desperdiçou uma vantagem de 42 pontos na “negra” e o “Glaswegian Gladiator” limpou o frame com… 85 pontos, apenas mais três dos que haviam sido curtos para bater Kyren Wilson no Mundial transato.

    Os restantes frames em si – regra geral – não foram equilibrados. No entanto, ambos os jogadores conseguiram desequilibrar para o seu lado praticamente na mesma medida, provocando o equilíbrio. O´Sullivan conseguiu duas centenárias e outras seis entradas acima de 50 pontos; McGill alcançou três centenárias e outros oito breaks de 50 pontos para cima. A partida de maior equilíbrio foi mesmo a “negra”.

    Já as sessões tiveram momentos de dilatação e contração do marcador que geraram dúvida e emoção. Na primeira, O´Sullivan esteve a vencer por 4-1, mas foi apanhado por McGill. Na segunda sessão, McGill transformou o 4-4 num 10-6. Ronnie entrou na terceira e última sessão com cinco triunfos em sequência, fazendo o 11-10. O escocês empatou, o inglês fez 12-11, McGill voltou a empatar e, por fim, venceu a “negra”.

    A partida que poderia ter sido a final de 2020 pendeu para o escocês e O’Sullivan termina a defesa do título na segunda ronda. Quem será o seu sucessor? Teremos campeão inédito? Os quartos-de-final vão ajudar a tornar as necessárias respostas mais claras, mas, antes disso, passamos em revista os oitavos (houve tentativas de 147, duelo de `92, favoritos a provarem sê-lo e Marks com fartura).

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.