Andy Murray, Ivan Lendl e outras considerações

    cab ténis

    Ivan Lendl e Andy Murray encerraram a ligação de dois anos que levou o tenista britânico a uma medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres e à vitória do seu primeiro Grand Slam, o US Open e posteriormente Wimbledon.

    Foi uma decisão que caiu que nem uma bomba no mundo do ténis profissional. A parceria entre Murray e Lendl foi uma das de maior sucesso nos últimos tempos no circuito profissional masculino e nada fazia prever uma decisão destas.

    Andy Murray disse em comunicado no seu site oficial que vai estudar o futuro em conjunto com a restante equipa técnica de forma a não tomar decisões precipitadas. É uma atitude sensata e humilde de Murray, que entende certamente a importância que Ivan Lendl teve no seu jogo e sobretudo no seu desbloqueio psicológico.

    A parte mental era a mais complicada do quotidiano de Andy Murray, e aquela cuja experiência ao mais alto nível de Ivan Lendl ajudou a “descomplicar”, permitindo-lhe assim alcançar os sonhados títulos do Grand Slam, calar os críticos e colocar o seu nome na história do ténis mundial, confirmando-se como um dos tenistas de topo desta geração.

    Andy Murray e o titulo de Wimbledon Fonte: Huffingtonpost.com/
    Andy Murray e o titulo de Wimbledon
    Fonte: Huffingtonpost.com/

    Entretanto, Roger Federer continua a somar sucessos nesta primeira fase de 2014, surpreendendo o mundo por estar a conseguir jogar de igual para igual com Djokovic, Nadal, entre outros. O tenista suíço admitiu que a idade é apenas um número e a verdade é que Roger Federer continua a estar ao mais alto nível, e embora não tendo ganho nenhum título em especial este ano, está a jogar a um nível que há muito não se via.

    Em 2012 Federer venceu seis títulos e em 2013 apenas um, o que levou novamente os arautos da desgraça a vir a público dizer que o suíço estava acabado. Eu não posso dizer muito mais; já me mostrei um defensor indefectível de Roger Federer, apesar dos seus maus resultados.

    Mais uma vez, teremos um Portugal Open com um excelente cartaz. Stanislas Wawrinka vem defender o título e é a melhor contratação que João Lagos podia fazer este ano. É um jogador em excelente forma, simpático e disponível. Raonic estará de regresso, e Tursonov é uma surpresa a observar. O talentoso e excêntrico Benoit Paire também vai desfilar pelo Jamor, embora as grandes esperanças recaiam sobre João Sousa, que aliás se deu a conhecer ao mundo no Estoril Open de 2008.

    Em femininos, Roberta Vinci, Samantha Stosur e Suarez Navarro garantem a festa, numa lista que inclui ainda outras tenistas de qualidade, como Sorana Cirstea, Maria Kirilenko, Svetlana Kuznetsova, Shuai Peng e Francesca Schiavone, com um número considerável de atletas que venceram já torneios do Grand Slam.

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    Miguel Dias
    Miguel Dias
    O Miguel jogou ténis durante mais de dez anos, sendo actual vice-presidente do clube ténis da sua terra natal, Almeirim. Para além disso, acompanha a modalidade desde 2008, tendo feito já a cobertura do Portugal Open, entre outros, e tendo sido já comentador convidado da Eurosport para a modalidade.                                                                                                                                                 O Miguel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.