SURPRESAS REGISTADAS LOGO BEM CEDO
Foi logo no primeiro duelo jogado na prova que o alviceleste e terceiro pré-designado, Diego Schwartzman (14ºATP), seria surpreendido pelo finlandês Emil Ruusuvuori, que se encontra fora do top-40. Numa vitória conseguida apenas em duas partidas, e na qual o atleta de Buenos Aires deu sequência a uma fraca mini temporada no pó de tijolo, depois da sua queda retumbante diante de Carreño Busta, nos quartos de Bastad. Ele que não seria o único nome forte a despedir-se prematuramente, já que o oitavo na lista de potenciais favoritos, o dinamarquês e semifinalista de Roland Garros, Holger Rune, ‘tombaria’ categoricamente diante do neerlandês Tallon Griekspoor, naquela que foi mais uma pálida imagem do tenist. Ele que, após esse momento alto de uma ainda curta, mas auspiciosa, carreira parece não conseguir voltar a triunfar. Também o vencedor em título do maior torneio português, Seba Baez, de quem muito esperava depois da final da semana anterior, seria vergado a uma derrota inesperada, diante do sérvio Pilip Krajinovic.
ALCARAZ COM SUSTO INESPERADO
Contrariamente ao que se esperava, Carlitos Alcaraz (6ºATP), pela primeira vez a disputar a prova, apanharia um valente e merecido susto diante de um jogador naturalizado germânico, Nicola Kuhn (259ºATP) que, beneficiando dos incontáveis erros do seu antigo compatriota, ‘roubar-lhe-ia’ a primeira partida por 3-6, naquele que foi, de muito longe, o set menos bem conseguido do jovem talento de Múrcia na presente temporada. Apesar de nunca ter estado, sequer, perto de um nível médio, acabaria por conquistar a segunda partida por 6-2, e a terceira após tie-break e já com o adversário limitadíssimo da coxa direita. Era óbvio que Alcaraz e Juan Carlos Ferrero teriam muitas arestas para limar. De resto, este foi o único set concedido por Alcaraz até ao derradeiro encontro, embora apenas nos quartos, diante do sétimo cabeça-de-série, Khachanov, tenha atuado em estilo ‘rolo compressor’, esmagando o russo por 6-0 e 6-2 em pouco mais de uma hora.
CAMPEÃO BATIDO NUM DIA HISTÓRICO EM HAMBURGO
O campeão e 23º classificado da hierarquia, Pablo Carreño Busta, numa batalha disputada sob uma temperatura abrasadora, 44ºC, algo nunca visto nesta cidade, seria afastado surpreendentemente pelo futuro do Ténis eslovaco e pupilo de Marián Vajda, Alex Molcan, (48ºATP). Isto com o eslovaco a mostrar os predicados que o levaram, na presente temporada, a alcançar as duas primeiras finais ATP da carreira. Prevaleceu pelos parciais de: 6-3, 1-6 e 7-6(5). Desta forma, Rublev e Alcaraz pareciam ficar com o quadro ainda mais livre de perigos. Só que Rublev não conseguiria confirmar esse cenário, perdendo nos oitavos para Cerúndolo, com o 30º ATP a derrotar um tenista do top-10 mundial por claros 6-4 e 6-2.
Com Alcaraz, Cerúndolo e Molcan a fazerem valer as suas credenciais, era a presença de Lorenzo Musetti que surpreendia na chegada às meias, sendo que o atleta de Carrara batera anteriormente, com extrema clareza, o 35º mundial, Alejandro Davidovich Fokina, em sets diretos.
CERÚNDOLO ACUSA DESGASTE E ALCARAZ CONFIRMA FAVORITISMO
GRANDE MUSETTI 🇮🇹🔥 #LorenzoMusetti our first 2022 men‘s finalist! @atptour | #hamburgopen pic.twitter.com/pkLD2hYEwR
— Hamburg European Open 〽️ (@hamburgopen) July 23, 2022
O primeiro embate da penúltima fase do torneio, que colocava Lorenzo Musetti (62º ATP) frente a Francisco Cerúndolo (30º), confirmaria a ideia deixada no encontro diante de Aslan Karatsev na ronda anterior, onde o argentino havia denotado um desgaste assinalável, tendo sido presa fácil numa primeira partida ganha por Lorenzo, com o parcial de 6-3. Já na segunda, e com Musetti a brekar prematuramente, essa quebra parecia ser decisiva, sendo que o transalpino chegou a dispor de ponto do encontro, desperdiçando-o com um patético serviço por baixo, que lhe poderia ter custado bem caro. Mas, felizmente para as suas pretensões, acabaria por triunfar por 7-6(4). Assim, e apenas à segunda meia final em provas ATP, Lorenzo atingia o seu primeiro encontro decisivo, e logo num evento de categoria 500.
Na segunda meia final, Carlos Alcaraz bateria Alex Molcan, apesar de tudo ter sido bastante equilibrado na partida inaugural em que “Charly”, embora tenha sido o primeiro a quebrar, ia tendo um oponente que aguentava, dentro do possível, o ritmo por ele imposto. E, depois de quatro breaks em sucessão, tudo se resolveria num jogo que sorriria a Carlitos, por 7-2. A partir de então, voltou o Ténis cintilante, apaixonante, cativante e pleno de eficácia por parte do murciano, que atropelaria, com um 6-1, Molcan na segunda partida. Desta forma, estava confirmada uma final que, para Musetti, poderia ser o primeiro título ATP, na primeira tentativa. Já para Alcaraz, que tinha um lugar reservado no top-5 mundial, era a possibilidade de se poder tornar no terceiro tenista na era Open, depois de Martin Klizan e Ernest Gulbis, a vencer as primeiras seis finais disputadas no circuito ATP.
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