ATP NextGen Finals: afinal foi um sucesso ou um falhanço?

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    Está concluída a edição inaugural do ATP NextGen Finals, prova que consagrou o coreano Hyeon Chung como o primeiro campeão de sempre desta prova que reúne as maiores promessas sub-21 do circuito profissional. Porém, esta é capaz de ter sido uma das provas em que o resultado final era, porventura, um dos temas menos aguardados e comentados por todo o mundo.

    Começando pela escandalosa sessão de abertura, os jovens atletas foram convidados pela organização a selecionar top-models e recorrer a técnicas um pouco controversas para descobrir qual seria o seu grupo. Tudo correu de forma notavelmente constrangedora e rapidamente se fizeram ouvir as vozes do ténis como Alizé Cornet ou mesmo Amélie Mauresmo reprovando a iniciativa veementemente, levando até a organização a um pedido oficial de desculpas.

    Dentro do campo também foram muitas as alterações ao formato comum do ténis executadas pela ATP. A opinião dos jogadores relativamente a estas foi (tem sido) de certa forma consensual. Relativamente ao relógio que, qual jogo de basquetebol, obriga os jogadores a jogar os pontos impreterivelmente de 25 em 25 segundos, e à substituição dos juízes de linha por chamada automática (através da utilização do sistema Hawk eye em todas as linhas do court) a maioria dos jogadores apreciou a mudança, tendo Marin Cilic (que começará hoje a sua prestação no ATP Finals dos “graúdos”, em Londres) reconhecido até que estas alterações poderiam ser implementadas no circuito profissional imediatamente, sem grande prejuízo.

    Sistema de comunicação (Shapovalov) Fonte: Sky Sports
    Sistema de comunicação (Shapovalov)
    Fonte: Sky Sports

    As críticas vêm no que toca às restantes regras principais: a utilização de short-sets (até aos 4, com tie-break aos 3-3), à melhor de cinco, sem Let nem vantagens. “Com estas regras um jogador que nem esteja a fazer as coisas da maneira correta, até pode nem ser profissional, chega ao jogo e tem boas chances de ganhar, mesmo quando defronta grandes jogadores em grandes torneios, e eu acho que isso é injusto” disse Andrey Rublev, primeiro cabeça-de-série do evento, que saiu derrotado na Final.

    Também Roger Federer se juntou ao coro de críticas ao novo sistema de pontuação, assumindo que não é fã das mesmas: “O sistema de short-sets é de certa forma interessante, mas sets normais permitem aos jogadores prolongar a liderança e experimentar coisas novas, trabalhar novos recursos. Se forem assim tão curtos, todos os pontos têm uma importância extrema e não há espaço para mais nada.

    Short-sets Fonte: Reuters
    Short-sets
    Fonte: Reuters

    Já acerca da permissão para haver comunicação entre jogador e treinador entre sets, para o público se movimentar nas bancadas laterais em qualquer momento e demais alterações menos relevantes, os jogadores não se revelaram demasiadamente incomodados em geral, assumindo que apreciaram estes novos desafios.

    Fica para a História a primeira real tentativa de mudança relativamente às muito comentadas regras do ténis, não havendo, para já, muita esperança no que toca à transferência das mesmas para o circuito profissional a nível global, pelo menos a curto-prazo.

    Foto de Capa: ATP NextGen Finals

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    Henrique Carrilho
    Henrique Carrilhohttp://www.bolanarede.pt
    Estudante de Economia em Aarhus, Dinamarca e apaixonado pelo desporto de competição, é fervoroso adepto da Académica de Coimbra mas foi a jogar ténis que teve mais sucesso enquanto jogador.                                                                                                                                                 O Henrique escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.