Australian Open’2015: O regresso das emoções

    cab ténis

    No momento em que escrevo este artigo estamos a apenas umas horas do começo do Australian Open 2015. O evento australiano ganha especial importância nesta sua centésima terceira edição pelos mais variados motivos: Rafael Nadal está de volta aos grandes palcos, após mais uma ausência no US Open 2014; Novak Djokovic tem na mira o seu quinto título em solo australiano; Stan Wawrinka tem a defender o título conquistado o ano passado, entre muitos outros. Concluindo, podemos esperar um grande espetáculo.

    Façamos agora uma análise do quadro masculino. Se me perguntassem qual dos crónicos favoritos à conquista do título (Novak Djokovic, Roger Federer, Rafael Nadal) terá a tarefa mais difícil, a minha resposta seria, sem dúvida alguma, Novak Djokovic. De acordo com as hierarquias pré-estabelecidas, o sérvio terá pela frente adversários como Fernando Verdasco, na terceira ronda, Bautista Agut ou John Isner, nos oitavos de final, Milos Raonic, nos quartos-de-final, e Stan Wawrinka ou Nishikori, nas meias-finais. Djokovic é favorito contra qualquer um dos jogadores que mencionei; contudo, terá de estar ao seu melhor nível durante as duas semanas para alcançar o tão desejado quinto triunfo no grand slam Australiano.

    Por sua vez, Rafael Nadal, se estiver ao seu nível habitual, chegará aos quartos-de-final com relativa facilidade. Mikhail Youzhny, logo na estreia, Lukas Rosol, na terceira ronda, e Kevin Anderson ou Richard Gasquet, nos oitavos de final, não deverão conseguir apresentar grandes dificuldades ao espanhol. Porém, a antiga besta negra de Rafael Nadal, Tomas Berdych – que se encontra em grande forma após conquistar o Qatar ExxonMobil Open -, será um teste de fogo para o eneacampeão (nove vezes) de Roland Garros.

    Roger Federer será, possivelmente, a maior incógnita do torneio. Se o suíço apresentar o ténis da época passada, estará nos oito melhores do torneio sem grandes percalços. Chegado a esta fase, o tetracampeão do Australia Open terá, hipoteticamente, encontro marcado com Andy Murray. O mano-a-mano é bastante equilibrado: 12-11 favorável ao suíço. Se olharmos apenas para os jogos realizados no torneio australiano, temos uma vitória para cada lado. Posto isto, é bastante difícil prever o vencedor de tal, e reforço, hipotético encontro.

    Roger Federer é uma incógnita para este torneio Fonte: Carine06 (Flickr)
    Roger Federer é uma incógnita para este torneio
    Fonte: Carine06 (Flickr)

    Se a normalidade imperar – o que, muito sinceramente, duvido que venha a prevalecer -, teremos nas meias-finais os seguintes encontros: Novak Djokovic vs Stan Wawrinka e Rafael Nadal vs Roger Federer. A acontecer, e tendo em conta o h2h, teríamos mais uma final entre o sérvio e o espanhol. Contudo, existem muitos jogadores capazes de derrotar os chamados Big4, entre os quais destaco Kei Nishikori, Tomas Berdych, Stan Wawrinka e Milos Raonic.

    Uma nota para o sorteio bastante simpático para João Sousa. O português terá pela frente o australiano Jordan Thompson, atual 274º classificado do ranking ATP. Mesmo tendo em conta que Thompson terá o fator casa a seu favor, o vimaranense deverá ser capaz de ultrapassar a primeira ronda e marcará assim lugar na segunda ronda, onde poderá defrontar o 32º cabeça de série, Martin Klizan, ou Tatsuma Ito, atual 89º do ranking.

    Concluindo, esperam-nos duas semanas carregadas de emoção e espetáculo. Correndo o risco de errar em todas elas, deixo-vos com algumas das minhas previsões para o Australian Open 2015.

    • Vencedor – Rafael Nadal
    • Surpresa pela negativa – Novak Djokovic (não alcança a final)
    • Surpresa pela positiva – Kei Nishikori (meias finais ou final)
    • Melhor australiano – Lleyton Hewitt/Kyrgios

    Foto de Capa: Richard Fisher

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Duarte Pereira da Silva
    Duarte Pereira da Silva
    Do ciclismo ao futebol, passando pelo futsal ou o andebol, quase todos os desportos apaixonam o Duarte. Mas a sua especialidade é o ténis, modalidade que praticou durante 9 anos.                                                                                                                                                 O Duarte escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.