As conversas do GOAT (Greatest Of All Time) nunca estiveram tão acesas. Quando Rafael Nadal, em 2020 conquistou Roland Garros, frente a Djokovic, igualou os 20 títulos de Roger Federer e deixou o sérvio a três.
Uma diferença de três títulos de Grand Slam fazia antever que Djokovic estivesse condenado a nunca alcançar os números de Nadal e Federer, ainda para mais pois, olhando para o que foi o torneio de Roland Garros de Nadal em 2020, seria difícil imaginar Nadal a não vencer na terra batida de Paris em 2021.
A verdade é que o sérvio não virou a cara à luta e entrou em 2021 focado em conquistar títulos de Grand Slam.
A preparação da época de Djokovic foi com um pensamento quase exclusivo nos Grand Slams e na ambição de, pelo menos, tentar chegar mais perto dos números de Federer e Nadal. Foi fortíssimo no Australian Open como, aliás, é seu apanágio e conseguiu reduzir a diferença para dois títulos.
Foi um batalhador nato, um poço de força mental e de foco, como também é sua imagem de marca, no Roland Garros e conseguiu ficar a apenas um título do suíço e do espanhol.
Estamos à beira de Wimbledon e a única certeza possível é que Novak Djokovic é de longe o mais forte candidato a vencer o torneio e chegar ao tão desejado 20.º título, deixando as contas totalmente igualadas entre o Big-3, algo realmente difícil de imaginar tendo em conta que Roger Federer conquistou o seu 20.º título em 2018, numa altura em que Djokovic tinha “apenas” 12.
Daí para cá, em 12 torneios do Grand Slam, Djokovic venceu oito! O sérvio pode ter muitos defeitos e muitos anticorpos no mundo do ténis, mas é inegável que nos últimos anos tem dominado o ténis mundial e, não sendo o mais querido do público, irá para sempre ter o seu lugar na história do desporto.
Rafael Nadal and Novak Djokovic are set to play against each other tomorrow in the French Open men’s semifinals.
This will be their 58th time going head-to-head 🤯 pic.twitter.com/iHjj8BMpzS
— Bleacher Report (@BleacherReport) June 10, 2021
Djokovic pode escrever o seu nome, ainda mais, a negrito na história do ténis se conseguir fazer algo que nenhum dos outros conseguiu e que, nesta fase, só ele parece capaz, fazer o verdadeiro Grand Slam.
Apesar de o termo ser comumente usado para nos referirmos a títulos do Grand Slam, isto é, que compõem o Grand Slam, Grand Slam é a designação usada para quando um tenista consegue conquistar os quatro títulos do Grand Slam numa só temporada.
Este feito foi apenas alcançado por três vezes na história do ténis e na Era Open apenas uma vez, por Rod Laver, no ano de 1969.
É difícil imaginar um cenário onde Djokovic não entre como principal favorito tanto em Wimbledon, como no US Open, por isso a verdade é que, conseguindo capitalizar esse mesmo favoritismo, o sérvio tem uma oportunidade de ouro de o fazer.
Los máximos ganadores históricos de títulos Grand Slam:
➤ Roger Federer: 20.
➤ Rafael Nadal: 20.
➤ Novak Djokovic: 19.Afortunados de compartir época con estas leyendas del deporte.
SIMPLEMENTE THE BIG THREE. pic.twitter.com/t5VxtblJS7
— Invictos (@InvictosSomos) June 13, 2021
E por falar em ouro, Novak Djokovic poderá ter, ainda, mais um objetivo em mente, fazer o que ninguém fez. O Golden Slam! O Golden Slam é o termo usado para quando um tenista soma o Grand Slam à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
É verdade, temos Jogos Olímpicos este ano e o sérvio daria uma machadada forte na discussão do GOAT se conseguisse conquistar a medalha de ouro, até porque tal significaria que Roger Federer terminaria a sua carreira sem nenhum ouro olímpico em singulares.
Não faltam, por isso, razões para nos mantermos muito atentos ao percurso de Djokovic durante este ano e Wimbledon começa já na segunda-feira.
Foto de capa: Roland Garros