Não foi tarefa fácil, mas acabou por se concretizar: 17 anos depois, a seleção dos EUA saiu vitoriosa da final da Fed Cup, disputada frente à Bielorrússia! No caminho para a final as norte-americanas deixaram pelo caminho, na meia-final, a seleção da República Checa (sem Karolina Pliskova nem Petra Kvitova); já as bielorrussas eliminaram a Suíça de Timea Bacsinszky, Belinda Bencic e Martina Hingis. Chegadas à derradeira jornada a seleção dos EUA foi a jogo sem Madison Keys, mas com CoCo Vandeweghe, Sloane Stephens, Shelby Rogers e Alison Riske; do lado das bielorrussas Victoria Azarenka era uma ausência de vulto e, assim sendo, a seleção de leste iria a jogo com Aryna Sabalenka, Aliaksandra Sasnovich, Vera Lapko e Lidziya Marozava.
Apesar de a final ter sido disputada em Minsk (Bielorrússia), olhando para os nomes das tenistas que iriam pisar o court a tarefa nem parecia difícil para os EUA mas a prática foi, neste caso, bem diferente da teoria! Jogando com um “anjo bom” e um “anjo mau”, as norte-americanas tiveram sempre em CoCo Vandeweghe o seu elo mais forte e em Sloane Stephens o seu calcanhar de Aquiles. A campeã do US Open, a ter um final de temporada aquém das expetativas, foi derrotada em ambos os encontros que disputou, frente a Sabalenka (6-3, 3-6 e 6-4) e a Sasnovich (6-4, 1-6 e 8-6). Já Vandeweghe esteve igual a si mesma, muito focada e extremamente agressiva, e levou de vencida Sasnovich (6-4 e 6-4) e Sabalenka (7-6 e 6-1) sem conceder um único set.
Tudo se decidiria no encontro de pares e nesse, enquanto que a Bielorrússia ia a jogo com as suas melhores jogadoras (Sabalenka e Sasnovich), a capitã Kathy Rinaldi pouparia Sloane Stephens a esse tormento e CoCo Vandeweghe acabaria por entrar em court na companhia de Shelby Rogers. Sem Stephens em campo os EUA…venceram!
O encontro acabaria por ser relativamente equilibrado, mas com a seleção norte-americana a superiorizar-se à bielorrussa durante a maior parte do mesmo, e o marcador final não deixaria margem para grandes dúvidas: 6-3 e 7-6. As bielorrussas, que nunca haviam jogado juntas, ainda tiveram três ocasiões em que serviram para fechar a segunda partida mas, nos momentos decisivos, acabaram sempre por vacilar.
Com esta conquista os EUA repetem um feito que não conseguiam alcançar desde 2000, ano em que derrotaram a seleção espanhola, em Las Vegas, por 5-0. Depois de um intenso domínio da República Checa e da Itália nos últimos anos, os EUA reencontraram o caminho da vitória e tornam-se assim, cada vez mais, a seleção com mais títulos conquistados na maior prova de ténis entre países jogada por seleções femininas: 18 no total, contra os 10 da República Checa e os sete da Austrália.
Foto de Capa: Fed Cup