Federer e Nadal em luta.. outra vez

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    Se alguém lhe dissesse que Nadal e Federer iriam acabar o ano como os dois melhores no ranking ATP, o que diria? Esta questão pode por-se desde há quase 5 anos, tantas foram as vezes em que o “tribunal popular” decretou o fim das lendárias carreiras de ambos. A última vez que isso aconteceu foi no ano de 2010, e, desde então, o “jogo da cadeira” tem sido jogado entre Djokovic, Murray, Federer e Nadal, apenas.

    Na última semana, Rafael Nadal beneficiou da desistência de Roger Federer e Andy Murray, destronando o escocês e regressando ao número um do ranking, algo que não acontecia desde 6 de julho de 2014. Mas a luta pelo topo da classificação está longe (muito longe) de estar acabada. Os dois “trintões” estão (ao contrário do que muitos profetizaram) bem vivos e recomendam-se (que o digam Andy Murray e os restantes “miúdos” do circuito!).

    Fonte: Wimbledon
    Fonte: Wimbledon

    Djokovic não poderá intrometer-se nesta batalha (em que, em condições normais, seria forte candidato à vitória), uma vez que decidiu parar até ao fim do ano, por se debater com problemas físicos. A queda do líder Andy Murray, essa, era meramente uma questão de tempo. O escocês tem-se debatido com sérios problemas na anca e tem quase tantos pontos a defender (5.460 pontos, provenientes do bom final de época realizado em 2016) quanto aqueles que conseguiu conquistar ao longo da atual temporada. É aí que reside a maior diferença de Roger Federer e Rafa Nadal para o resto da concorrência. Devido a lesões e também por opção técnica, estes dois optaram por fazer longos períodos de pausa durante a época passada. Nadal esteve fora os meses de junho, julho, novembro e dezembro e, durante o tempo que competiu, fê-lo de forma completamente atípica, perdendo na terceira ronda em Cincinnati, quarta ronda no US Open, terceira ronda no ATP500 de Beijing, e segunda ronda no último torneio que jogou, o ATP1000 Shanghai. Fruto destes resultados e dos períodos de descanso, Nadal terminou o ano em nono e (agora a parte que o favorece) defende apenas cerca de 300 pontos até ao fim da época. Roger Federer ainda tem as contas mais facilitadas e apenas verá o seu saldo pontual aumentar, uma vez que decidiu que não jogaria mais na época transata depois de Wimbledon, ou seja, tem zero pontos para defender.

    Até ao fim do ano, o circuito profissional masculino prevê a realização de mais duas provas ATP1000 e 1 Grand Slam, ou seja, apenas nestes três torneios, estarão 4.000 pontos em disputa. E isso muda tudo no que toca à discussão pela liderança do ranking.

    Fonte: Sports Tennis
    Fonte: Sports Tennis

    Agora que Rafael Nadal tem 30 anos e Roger Federer acabou de completar 36, o mundo do desporto vê-se na obrigação de se curvar novamente perante estes dois embaixadores do ténis e de uma rivalidade tão histórica quanto saudável. São ambos um verdadeiro exemplo a seguir dentro, e fora de court e por isso deixo-lhes (com muita esperança que leiam este artigo!) o meu mais sincero obrigado. A todos os restantes adeptos e simpatizantes da modalidade digo: é hora de apertar o cinto e acompanhar de perto esta corrida que promete muita emoção até ao número um do ranking mundial.

    Foto de Capa: Australian Open

    Artigo revisto por: Francisca Carvalho

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    Henrique Carrilho
    Henrique Carrilhohttp://www.bolanarede.pt
    Estudante de Economia em Aarhus, Dinamarca e apaixonado pelo desporto de competição, é fervoroso adepto da Académica de Coimbra mas foi a jogar ténis que teve mais sucesso enquanto jogador.                                                                                                                                                 O Henrique escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.