ATP Indian Wells: A afirmação britânica

    FINAL

    Na final, encontravam-se, assim, dois jogadores que, muito provavelmente, no início do torneio não imaginariam estar a competir pelo título no derradeiro encontro da prova. Indian Wells

    Num encontro entre dois tenistas com diferentes mãos dominantes, como era o caso desta final, é fundamental para cada um deles liderar os pontos para, durante mais tempo, estarem a usar a pancada com a qual se sentem mais à vontade. Durante o primeiro set, foi Basilashvili quem assumiu as despesas do encontro e quem tentou sempre ser mais agressivo e mandão, e foi isso que lhe permitiu vencer o primeiro set desta final por 6-3. Ainda que o segundo parcial tenha começado com a mesma toada, Norrie foi crescendo no encontro e, à boleia de um maior número de erros não forçados por parte de Basilashvili, conseguiu crescer o suficiente para vencer a segunda partida.

    No terceiro e decisivo parcial, notou-se um claro declínio de performance por parte do georgiano, que também pareceu bastante desgastado de uma semana bem mais longa do que o habitual e isso não o ajudou nada. Em trocas de bolas mais demoradas, vimos que Basilashvili ia perdendo o discernimento a cada pancada, acumulando muitos erros nessa fase do encontro. Cavalgando nesta situação, Norrie foi ganhando muita confiança e acabou mesmo por conseguir concluir o encontro, vencendo o seu segundo título da temporada e da carreira e, talvez o mais impressionante, conseguiu tornar-se o primeiro britânico de sempre a vencer o torneio de Indian Wells.

    Para além desta final, há outros pequenos destaques importantes de se fazer. Um deles é o nível que Andy Murray apresentou. O escocês teve de enfrentar Mannarino, Alcaraz e, por fim, Zverev, que foi o único que lhe impôs a derrota que o afastou do torneio, mas nem aí, frente ao quarto cabeça de série, Murray se deixou ir abaixo e nunca parou de lutar por outro resultado. Foram muito bons os sinais que o britânico nos deixou. Indian Wells

    O outro destaque a fazer é o número de jogadores do TOP-20 que melhorou o seu melhor ranking de sempre. Foram quatro. Casper Ruud (#9), Hubert Hurkacz (#10), Cameron Norrie (#15) e Christian Garín (#17).

    Foto de Capa: ATP Tour

    Indian WellsA

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    José Maria Reis
    José Maria Reishttp://www.bolanarede.pt
    O Zé Maria é neste momento estudante daquele que ele espera ser o último ano de Economia no ISCTE. Desde muito cedo que começou a praticar vários desportos exceto, ao contrário da regra geral, futebol porque chamar pé esquerdo ao seu pé direito é um elogio. Mais tarde percebeu que era com uma raquete de ténis na mão que mais gostava de passar o tempo e foi aí que começou a crescer a grande paixão que tem pelo ténis. Vê e acompanha muito desporto, mas o ténis e o futebol, sobretudo o seu Sporting, são a sua perdição.                                                                                                                                                 O José escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.