Masters 1000 Shanghai: Hurkacz volta a tocar o céu

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    Era nos courts do Qizhong Forest Sports City Arena, em Shanghai, na China, que se jogava o oitavo e penúltimo Masters 1000 da temporada, que é o torneio mais importante organizado pelo país. Na galeria de campeões contam nomes como: Novak Djokovic, Roger Federer e Andy Murray, lendas vivas do desporto. O torneio marcava o primeiro Masters 1000 depois do US Open.

    A 12ª edição do Rolex Shanghai Masters estava de regresso depois de três anos, por questões de saúde pública relacionadas com o Covid19. A última edição, em 2019, tinha sido vencida por Daniil Medvedev, que chegava a Shangai com objetivo de revalidar o título. Apesar de surgir como um dos favoritos a missão de manter a coroa não se avizinhava nada fácil, pois contava com a concorrência feroz de Carlos Alcaraz, que jogava o torneio pela primeira vez, e de Yannik Sinner, que vinha de vencer o ATP 500 de Tóquio.

    Num torneio onde várias surpresas aconteceram aqui ficam os cinco tenistas que mais se destacaram na presente edição de um dos torneios mais importantes do circuito.

    Fabian Marozsan

    Um dos destaques do Masters 1000 de Roma, onde bateu o fenómeno Carlos Alcaraz nos oitavos de final, Marozan, antigo vencedor do M25 de Loulé, mostrou consistência durante a semana batendo dois top20 e só caindo para o futuro vencedor do torneio. O número dois da Hungria, 91 do ranking, tem mostrado qualidade para poder estar entre os 60 primeiros da hierarquia mundial, caso consiga ser mais consistente. Conseguirá ele ser capaz de ser mais constante e, por consequência, chegar a lugares mais altos do ranking?

    Grigor Dimitrov

    O vencedor das ATP Finals de 2017 dispensa apresentações. Ele é um dos jogadores mais experientes do circuito e apresenta um jogo versátil e habilidoso, conhecido pela sua esquerda de uma mão, que é considerado um dos melhores do circuito. Exibindo um desempenho notável, ele contribuiria para a eliminação precoce de Alcaraz, o principal favorito a vencer. Ágil e veloz em quadra, combinação perfeita para conduzir uma antiga promessa dos escalões juniores, categoria onde venceu dois Grand Slams, a mais umas “semis” na carreira, em que perdeu para o finalista vencido do torneio.

    Sebastian Korda

    Uma das histórias da primeira semana do Australian Open, local onde o pai venceu o único Grand Slam da careira em 1998, chegando aos quartos-de-final e batendo Medvedev na terceira ronda, voltaria neste torneio a mostrar competência para estar entre os melhores do circuito. Depois de perder na final em Astana, três dias antes da sua estreia no torneio, Korda mostrou estar em forma ao longo da semana, eliminando novamente Medvedev num torneio de grande magnitude, exibindo um ténis magnifico, só parado pelo vencedor do torneio, e de imaginar que se for mais constante pode almejar títulos deste calibre. Ele desempenhou um papel de destaque ao lado do seu compatriota Ben Shelton naquele que, na minha opinião, foi o melhor encontro do torneio.

    Andrey Rublev

    Uma promessa do ténis desde muito novo, depois de ter vencido Rolland Garros de juniores em 2014, mostrou esta semana toda a sua qualidade que lhe é reconhecida desde muito novo. Com um jogo muito agressivo, resultado de um serviço canhão e de uma direita mortífera, chegou à final de forma incontestável sem ceder qualquer set. Chegado à grande decisão, caso vencesse, podia juntar-se a Carlos Alcaraz e Daniil Medvedev (seu amigo) no topo dos tenistas que mais Masters venceram este ano (dois), mas o destino não tinha isso reservado para o moscovita. Depois de vencer em Monte-Carlo este ano, não conseguiu juntar este torneio ao seu palmares pessoal.

    Hubert Hurkacz

    Após a conquista de Iga Swiatek no Masters 1000 de Pequim, na China, uma semana antes, a glória sorriu novamente para a Polônia com a vitória de Hubert Hurkacz num torneio da mesma categoria, fazendo história ao trazer para a Polônia ambos os títulos de Masters 1000 consecutivamente. Hubi, atuando em verdadeiro estado de graça, deixou bem patente o seu estilo de jogo ao longo de todo o torneio. Quem mais padeceu do estilo de jogo do polaco foi Rublev que nada conseguiu para contraria o seu serviço relâmpago e a sua direita pesadíssima na derradeira partida. Com esta vitória Hurkacs volta a vencer um Masters 1000, depois de ter vencido em Miami em 2021 e espreita a entrada no top dez mundial.

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