Com Murray e Djokovic ausentes do torneio, cabe a Stan Wawrinka as honras de primeiro cabeça de série. Porém, o sorteio não foi amigo do suíço, tendo este calhado na mesma secção de nomes como Alexander Zverev, Nick Kyrgios e David Goffin. Rafael Nadal parece estar numa secção ligeiramente mais simples embora, caso tudo corra sem surpresas, possa ter que vir a defrontar Grigor Dimitrov, que se encontra a realizar um excelente início de temporada, logo na quarta ronda. Apesar de tudo, pesando o sorteio e, sobretudo, o momento de forma atual, caso Roger Federer consiga manter a consistência do seu serviço e da sua “nova” pancada de esquerda, bem como a condição física, este trata-se do principal favorito à vitória do Miami Open.
No que concerne aos tenistas portugueses, João Sousa tem acesso direto à segunda ronda na qual deverá defrontar Fabio Fognini. É sabido que o tenista italiano tem tanto de talentoso quanto de inconsistente, mas sabe-se também que consistência não é a palavra que melhor define o ténis de João Sousa. Porém, mesmo que o tenista vimaranense consiga ultrapassar o seu primeiro desafio, parece evidente que este não poderá aspirar a ir além da terceira ronda do Miami Open, na qual provavelmente viria a defrontar Marin Cilic. Já Gastão Elias teve ainda pior sorte: na primeira ronda irá defrontar Horacio Zeballos tenista que, pese embora mais bem classificado no ranking ATP, está ao alcance do português. O “problema” vem a seguir e dá pelo nome do primeiro cabeça de sério do torneio: Stan Wawrinka.
Os dados estão lançados. Para os portugueses a participação no Miami Open deverá ser relativamente curta e, num início de época com altos e baixos para quase todas as atletas, tudo parece ser possível. Porém, é na vertente masculina e, sobretudo, em Roger Federer que todas as atenções se concentram: conseguirá o suíço, agora com um pouco mais de pressão e certamente fatigado após um intenso BNP Paribas Open, manter-se no rumo das vitórias em 2017? Let the party begin!
Foto de capa: Miami Open
Artigo revisto por: Francisca Carvalho