Na tour asiática, foram os Homens de Leste que sorriram mais

    Preparação feita, todos os jogadores estavam a postos para o grande torneio Masters 1000 de Xangai, onde certamente Djokovic, Del Potro e Roger Federer se iriam digladiar pelo título e pelos tão apetecidos pontos e prize-money que o vencedor levaria para casa (1000 pontos e cerca de 1.2 milhões de euros, “coisa pouca”).

    Em campo, porém, os favoritos têm sempre que demonstrar o porquê de o serem e logo nas duas primeiras rondas vários foram os nomes sonantes que ficaram pelo caminho – Raonic, Schwartzman, Nick Kyrgios, Wawrinka, Cilic, Shapovalov e Basilashvili desiludiram ao serem precocemente eliminados. Federer e Del Potro – com mais desgaste do que Djokovic – lá foram vencendo os seus encontros, mas demonstrando um nível não tão alto como conseguem ter.

    Nos oitavos-de-final uma triste surpresa se abateu sobre os fãs e apreciadores da modalidade, quando numa tentativa de alcançar um amortie, o malfadado destino de Del Potro lhe voltou a bater à porta, desta vez com uma queda que resultou na fratura da rótula do joelho direito do argentino, lesão que o colocou imediatamente fora do torneio bem como do que resta do circuito mundial em 2018, falhando assim o Masters que reúne os oito melhores do ano.

    Borna Coric foi sem sombra para dúvidas a revelação em Xangai
    Fonte: Rolex SH Masters

    Progredindo no quadro principal, anteviam-se os embates nas meias-finais entre Sascha Zverev e Djokovic e entre Roger Federer e Borna Coric que vinha de uma série de bons encontros já em Xangai. Tal ocorreu, com Novak Djokovic a dizimar por completo o alemão cedendo apenas três jogos a Zverev (Djokovic d. Zverev 6/2 e 6/1) e Borna Coric a fazer uma brilhante performance frente a Federer, repetindo a proeza alcançada em Halle quando o croata venceu o suíço na Final do torneio alemão. Coric terminou de forma pragmática um encontro pautado pela extrema consistência e rigo tático do croata aproveitando algumas falhas de posicionamento de Federer em court, algo um pouco raro nas prestações do suíço (Coric d. Federer 6/4 6/4).

    Por fim na Final encontraram-se os dois jogadores que melhor desempenho tiveram em Xangai, sendo esta uma digna forma de concluir um dos torneios clássicos do circuito ATP. Porém, muitos terão sido os fãs que acabaram desiludidos com a prestação do jovem croata de 21 anos, que não conseguiu reproduzir o seu melhor ténis uma segunda vez consecutiva e acabou destroçado por um Novak Djokovic que se arrisca – opinião pessoal – a acabar o ano no topo do ranking, aproveitando da melhor forma a paragem forçada de Rafa Nadal e, acima de tudo, capitalizando de forma justa a qualidade do ténis que tem vindo a apresentar nos últimos meses, fazendo lembrar aquele ano de 2015 em que o sérvio fez aquela que é considerada unanimemente como uma das melhores temporadas de sempre no circuito masculino profissional.

    Com apenas um Masters 1000 por disputar (Paris) e o Masters de fim de ano em Londres, conseguirá o sérvio alcançar o topo antes de Dezembro, algo que conseguiu pela última vez nesse mesmo ano de 2015.

    Foto de Capa: Rolex SH Masters

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    Henrique Carrilho
    Henrique Carrilhohttp://www.bolanarede.pt
    Estudante de Economia em Aarhus, Dinamarca e apaixonado pelo desporto de competição, é fervoroso adepto da Académica de Coimbra mas foi a jogar ténis que teve mais sucesso enquanto jogador.                                                                                                                                                 O Henrique escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.