O tenista sérvio Novak Djokovic pôs fim ao sonho de Stanislas Wawrinka de tentar conquistar pela segunda vez consecutiva o titulo do Open da Austrália. Djokovic venceu o suíço por 7/6, 3/6, 6/4, 4/6 e 6/0.
Num jogo que nem sempre foi bem disputado e onde os momentos de bom ténis apareceram apenas a espaços, o último set foi espelho daquele que foi um jogo de sofrimento, onde, no fim, quem mais quis vencer venceu.
Djokovic e Wawrinka são dois lutadores do melhor que o circuito mundial conhece, mas hoje nem um nem outro exibiram aquele que é o seu melhor ténis. Stanislas Wawrinka partiu como detentor do troféu mas nem por isso o número 1 mundial teve receio, e, na verdade, quem andou sempre a “correr” atrás do prejuízo foi mesmo Wawrinka.
O tenista suíço esteve a perder 3/0 no quarto set mas conseguiu ainda assim ir recuperar o resultado e obrigar Novak Djokovic à disputa de uma quinta e última partida. Se mais valia o encontro ter acabado no quarto set é sempre inglório de se afirmar, mas na verdade o 6/0 da quinta e última partida não valoriza aquilo que é o trabalho de Stanislas Wawrinka.
No último set o tenista suíço pura e simplesmente não “aparece”, e o match point com uma direita para fora completamente disparatada mostrou aquilo que foi a última partida disputada pelo suíço e onde Djokovic, a partir de certa altura, pôde tirar o pé do acelarador e esperar que o próprio decorrer normal do jogo lhe atribuísse a vitória.
Mas se Wawrinka falhou na partida decisiva, não se pense que Novak Djokovic se exibiu sempre em “alta rotação”. O tenista sérvio também não esteve no seu melhor, numa meia-final que teve o nível de emotividade que merecia, mas não o nível exibicional.
Novak Djokovic vai agora encontrar na final um Andy Murray que vem seguro de si e motivado com tudo aquilo que foi o seu início de época. A vitória clara sobre Berdych levam a que o britânico apareça não só com maior frescura fisica, mas também com outra disposição emocional para enfrentar o tenista sérvio.
Ainda assim, e porque Djokovic é Djokovic, o sérvio garantidamente vai fazer um “reset” ao que de mau aconteceu nesta partida e pegar naquilo que importa: na sua vitória sobre o detentor do troféu, partindo assim também ele motivado para conquistar mais um grand slam e abrir assim a temporada da melhor forma, provando o porquê de ser o líder do ranking mundial.
Na vertente feminina, Serena Williams não se deixou apanhar desprevenida pela jovem Madison Keys e garantiu sem dificuldades de maior um lugar na final. Maria Sharapova tem agora a tarefa de mostrar que a “super favorita” de todo o e qualquer evento feminino tem de suar se quiser vencer este Open da Austrália.
Foto de capa: Tennis Australia