O mundo atravessa um período muito complicado devido à COVID-19, e são nestes momentos difíceis que a união de todos faz mais sentido.
O histórico tenista suíço Roger Federer defendeu, através de um tweet, a junção entre as associações profissionais de ténis masculino (ATP) e feminino (WTA), e, desde desse momento, não se tem falado de outra coisa no universo do ténis. Vários tenistas juntaram-se a Roger Federer, entre os quais Rafael Nadal, Nick Kyrgios ou Simona Halep, neste apelo às principais organizações que tutelam a modalidade.
O próprio CEO do circuito masculino, Andrea Gaudenzi, confirmou a intenção de dar um passo em frente em relação à cooperação existente com a WTA.
Por cá, Gastão Elias e Maria João Koehler, em entrevista ao BnR TV, também apoiaram esta iniciativa. A ex-tenista portuguesa defendeu que “para o ténis feminino ia acrescentar muito a junção do WTA e do ATP. O ténis masculino tem mais visibilidade, até porque a nível masculino há mais referências do que o feminino”. Já para Gastão Elias, “quanto mais trabalharem em conjunto melhor. Aliás, não sei por que é que até ao dia de hoje ainda não estão juntas”.
A meu ver, esta junção seria muito importante por diversas razões, sendo a principal o facto de que iria tornar o ténis mais claro para os fãs, tendo em conta que o sistema de classificação dos tenistas e as categorias dos torneios difere nos dois circuitos. Para além disso, numa altura em que se fala tanto de igualdade, ou a falta dela, o Ténis estaria a dar um exemplo no mundo do Desporto.
Agora uma coisa é certa. As possíveis conversações sobre o tema devem não só seguir sempre uma linha de progresso, e nunca de divisão, como também procurar preservar o bem-estar do Ténis e não entrar em conflitos, como acontece com outros desportos.
Por agora, resta-nos aguardar por novos avanços sobre esta temática, e também pelo regresso dos jogadores aos courts.
Foto de Capa: ATP World Tour/WTA
Artigo revisto