– O ténis em Portugal, a importância dos torneios em solo nacional
e as duas finais alcançadas este ano –
«Ambas as finais, apesar de não ter ganho, mostraram-me que estou a fazer bem as coisas e que estou no caminho certo».
BnR: Achas que tem havido investimento suficiente no ténis em Portugal, ou o facto de verificarmos que o João Sousa é o único melhor português de todos os tempos, prova exatamente o contrário?
Tiago Cação: Como se sabe, todos os olhos em Portugal vão para o futebol e isso faz com que as outras modalidades tenham dificuldades em subir pelo facto de não haver dinheiro para apostar nos atletas de diversos desportos. Acho que nos últimos anos tem havido muito mais investimento no ténis em Portugal, uma das provas disso é que temos muitos mais torneios a nível de Future, que são uma etapa que os jogadores que querem ser profissionais têm de passar para chegar aos Challengers.
BnR: Qual a importância dos torneios que são realizados em Portugal para jogadores como tu?
Tiago Cação: Neste momento temos cerca de quinze Futures, três Challengers e o Millennium Estoril Open. Todos eles são de uma importância extrema para mim porque quanto mais competição internacional tivermos em Portugal mais conseguiremos evoluir e as despesas reduzem bastante devido ao facto de não termos de sair do país.
BnR: No espaço de três meses chegaste a duas finais, mas não ganhaste. O que falhou nos jogos decisivos?
Tiago Cação: Verdade. Num jogo tive três match points e no outro perdi em dois sets. No primeiro joguei bem, o que faltou foi ter ganho um ponto sinceramente. O segundo jogo não correu tão bem, o meu adversário jogou melhor. Ambas as finais, apesar de não ter ganho, mostraram-me que estou a fazer bem as coisas e que estou no caminho certo, só tenho é de estar contente com isso.