Montreal acabou no domingo com a vitória de Andy Murray, mas não há tempo para descanso para os tenistas de topo do ATP com o sétimo Masters 1000 da temporada a ter lugar em Cincinnati esta semana. Este torneio servirá também como a última oportunidade para os jogadores afinarem a sua forma antes do último torneio do Grand Slam da temporada em Nova Iorque.
O favorito ao título é, como vem sendo habitual este ano, Novak Djokovic. Contudo, o jogador sérvio vem duma derrota – num encontro titânico – contra Murray na final de Montreal e Cincinnati é o único torneio Masters 1000 que nunca conquistou, tendo perdido já quatro finais: duas contra Federer (2009 e 2012) e duas contra Murray (2008 e 2011). Como se isso não bastasse, Djokovic tem um quadro bastante complicado; Muller ou Paire são adversários difíceis para uma segunda ronda e nos oitavos, Djokovic poderá ter de enfrentar Tsonga, um jogador que como se sabe pode bater qualquer um em ‘dia sim’. Nos quartos, perspectiva-se uma reedição da fatídica (para Djokovic) final de Roland Garros contra Wawrinka – se bem que o Suiço seja notoriamente inconsistente, não surpreendendo ninguém se for eliminado cedo no torneio, com Simon, Karlovic ou mesmo o vencedor do duelo de jovens promessas entre Coric e Zverev a chegar aos quartos de final.
Nas meias finais, projectava-se inicialmente uma reedição das meias finais do US Open do ano passado, mas Nishikori desistiu do torneio citando fadiga e dores, sendo o seu lugar no quadro agora ocupado pelo talentoso ucraniano Dolgopolov. O jogador mais cotado nesta secção do quadro – e favorito a atingir as meias-finais – é agora Berdych. O checo foi surpreendido em Montreal no seu primeiro encontro contra Donald Young, pelo que o seu momento de forma não parece ser o melhor e há vários jogadores nesta secção com excelentes chances de atingir as meias finais: Isner, Monfils, Tomic, Dolgopolov… é sem dúvida a secção mais aberta do quadro à partida.
Na metade inferior do quadro, a possível fadiga parece ser o principal obstáculo no caminho de Murray para as meias finais; Dimitrov está em péssima forma, Cilic não está muito melhor e Gasquet tem estado a combater lesões desde Wimbledon. Kyrgios não estará decerto num bom estado psicológico com toda a polémica que o tem envolvido… Salvo uma grande surpresa, Murray estará nas meias finais.
Na última secção do quadro, Raonic parece ser o principal obstáculo a um clássico duelo entre Federer e Nadal nos quartos de final; se é verdade que Nadal está a ter um ano muito fraco para aquilo que nos habituou, a forma de Raonic também não é a melhor desde que foi operado ao pé em Maio. Espera-se um duelo entre Federer e Nadal e apesar do 23-10 a favor de Nadal o Suiço tem de ser considerado favorito considerando a superfície e especialmente os respectivos momentos de forma.
Previsão a partir dos quartos de final:
Djokovic 2-0 Wawrinka
Berdych 2-0 Monfils
Murray 2-1 Gasquet
Federer 2-0 Nadal
Meias finais:
Djokovic 2-0 Berdych
Federer 2-1 Murray
Final:
Federer 2-1 Djokovic
Federer venceu este torneio 6 vezes no passado, incluindo 2014; é claramente o seu Masters 1000 preferido e apesar de ter completado 34 anos recentemente é ainda bem capaz de vencer torneios importantes.
Foto de capa: Facebook de Djokovic