Uma nação que promete tomar de assalto o ténis mundial | Ténis

    De reforçar que a jovem de 22 anos, que disputou a fase de qualificação no WTA 500 de Berlim, estava longe de imaginar sequer nos seus melhores sonhos, que sairia da capital germânica com o título de campeã desta prova – uma das competições preparatórias para o torneio de Wimbledon a principiar já na próxima segunda-feira.

    Samsonova logrou derrotar no duelo de atribuição desta conceituada prova a suíça Belinda Bencic (11.ª WTA), que recolhia grande dose de favoritismo para derrotar Liudmila. Só que tal facto apenas deu mais motivação à moscovita, que, fora do Top 100 (número 106 antes do início da semana), provou que nada no desporto de alta competição pode ser dado como adquirido ou conquistado.

    É certo que a menos experiente a este nível, embora viesse de múltiplos sucessos em torneios Chalangers, entrava claramente por baixo, talvez perdendo a batalha face aos nervos, tendo cedido a partida inaugural por 6-1 em menos de 30 minutos, numa exibição que não augurava nada de bom para a estreante.

    Mas uma disputa de ténis apenas se pode dar como concluída aquando da vitória e Liudmila estava longe de querer entregar os pontos, e com uma reta final demolidora arrasou por completo a helvética, que, após capitular no segundo parcial com o resultado a ser fixado num claro e inequívoco 6-1, nunca mais demonstrou argumentos físicos e mentais capazes de desregular o jogo bastante profundo e “chapado”, tão típico da escola soviética, levando Liudmila a fazer a festa em berço bávaro.

    Bem se pode apelidar este trajeto da praticante como um conto de fadas pois, e após mais de uma década, deu-se a situação de uma tenista, então fora do lote das 100 mais cotadas a nível mundial, arrecadar um troféu desta magnitude. Sendo que Samsonova, com esta grande e inolvidável conquista, subirá aproximadamente 40 posições, passando a integrar o Top 70 mundial (63.ª WTA).

    Esta vertiginosa ascensão da tenista de Moscovo traz de imediato à memória dos amantes da modalidade um nome: Aslan Karatsev, que em menos de um fósforo, em concreto em cerca meio ano trepou desde as profundezas da tabela até uma posição confortável dentro do Top 30 mundial, sendo que o russo é, sem margem de dúvidas, um nome, que principalmente nos hard courts, revela em minha opinião qualidades imprescindíveis para bater qualquer uma das principais figuras do desporto.

    Serão estes incríveis resultados do ténis russo sinais de uma quinzena “Wimbledaniana” repleta de motivos de festejos? A minha resposta é sim!

    Como esta temporada de relva é muito curtinha, somente três semanas até ao torneio jogado no All England Club, sendo que  a primeira foi preenchida pelo ATP 250 de Estugarda que decorreu em simultâneo com a segunda semana de Roland Garros, inviabilizando assim as hipóteses de alguns dos principais atletas se prepararem com afinco numa superfície tão específica e peculiar.

    Creio que quem se sair bem durante este período levará a dianteira para esse terceiro evento do Grand Slam a ser jogado na presente época.

    Foto de capa: ATP Tour

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.