Em vésperas de se dar início ao último torneio do Grand Slam da temporada tenística, é chegado o momento de analisar o percurso recente dos jogadores, o seu histórico no Major nova-iorquino, os seus resultados em piso rápido e, reunindo todas essas (e outras) informações, fazer algumas previsões para aquilo que se poderá esperar da edição de 2017 do US Open. Assim, a equipa de ténis do “Bola na Rede” juntou-se para apresentar, relativamente aos quadros feminino e masculino, as suas previsões acerca de quem se sagrará campeão do torneio, quem poderá assumir o papel de darkhorse, e quem irá ficar aquém das expetativas.
Campeã Feminina
Garbiñe Muguruza: A espanhola venceu em Wimbledon e conquistou igualmente, em Cincinnati, o maior torneio de preparação para o US Open (derrotando categoricamente Simona Halep, por 6-1 e 6-0, na final). Apesar de nunca ter passado da segunda ronda do Major nova-iorquino e de assumir que não se sente confortável com o “barulho” da cidade, caso consiga manter a concentração parece não haver, atualmente, no circuito WTA qualquer tenista capaz de a derrotar. (Francisco Sampaio)
Elina Svitolina: Tem sido a época de ouro para a ucraniana. Cinco títulos oficiais e ainda faltam alguns torneios importantes do circuito feminino. Svitolina venceu de forma categórica o torneio de Toronto tendo derrotado quatro nomes grandes do circuito consecutivamente: Venus Williams, Muguruza, Halep (por 6-1 e 6-1) e Wozniacki (6-4 e 6-0). Está, portanto, em grande forma a número quatro do mundo. (Henrique Carrilho)
Karolina Pliskova: A número dois do ranking mundial está ainda à procura do seu primeiro título do Grand Slam e, depois de perder uma equilibrada final para Kerber, em 2016, no US Open, esta parece ser a sua melhor oportunidade, especialmente considerando a excelente forma que tem apresentado recentemente. (Manuel Traquete)
Darkhorse Feminina
Sloane Stephens: Assumindo o termo darkhorse como “tenistas fora do top 10 mundial que podem surpreender”, a escolha recai na atual número 83 do ranking WTA. Regressada de lesão, Sloane Stephens atingiu a meia-final em Toronto e em Cincinnati. A jogar “em casa”, e tendo (presumivelmente) nas primeiras rondas adversárias que estão longe de estar a realizar uma boa temporada (como Roberta Vinci ou Dominika Cibulkova), não seria de estranhar que a norte-americana conseguisse atingir, no mínimo, a quarta ronda do US Open. (Francisco Sampaio)
Madison Keys: É uma das mais promissoras atletas norte-americanas desde há alguns anos e, na ausência de Serena Williams, muito será o apoio que Keys terá por parte do público. Não terá facilidades no quadro, é certo, mas se há torneios onde os atletas da casa se superam, o US Open é certamente o melhor para isso acontecer. (Henrique Carrilho)
Venus Williams: A norte-americana continua à procura de mais um título do Grand Slam para pôr um ponto de exclamação na sua ilustre carreira, e o US Open é mais uma oportunidade para o fazer após perder a final de Wimbledon. (Manuel Traquete)
Desilusão Feminina
Angelique Kerber: A tenista alemã está a ter uma época para esquecer e, pese embora as principais dificuldades devam surgir apenas na quarta ronda (com o presumível duelo frente a Jelena Ostapenko), Kerber parece hoje uma tenista capaz de perder contra (quase) qualquer adversária que mantenha alguma consistência. (Francisco Sampaio)
Angelique Kerber: A alemã continua sem mostrar o seu melhor ténis e nas últimas semanas, nos torneios de Toronto e Cincinnati, não conseguiu bons resultados perdendo para Sloane Stephens e Makarova, respetivamente. A atual número seis do ranking WTA terá no seu quarto do quadro atletas como Jelena Ostapenko, Madison Keys, Eugenie Bouchard e Elina Svitolina. Não se antevê vida fácil para a alemã. (Henrique Carrilho)
Simona Halep: Halep tem o infeliz hábito de ceder à pressão quando tem o primeiro lugar do ranking mundial em jogo, e desta vez tem uma prova de fogo logo na primeira ronda contra Sharapova. (Manuel Traquete)