Wimbledon: Sem Pliskova e Kvitova, quem poderá vencer?

    Por outro lado, e com a exceção de Dominika Cibulkova, mesmo as tenistas que têm vindo a realizar uma época abaixo das expetativas, como Angelique Kerber, Garbiñe Muguruza ou Agnieszka Radwanska, têm vindo a realizar boas exibições e, acima de tudo, resultados que lhes permitem estar presentes na segunda semana do mais icónico torneio do Grand Slam.

    Nota de destaque para Johanna Konta, cuja época também não tem sido regular mas que, a “jogar em casa”, tem “atropelado” as adversárias que vão surgindo no seu percurso. Apenas Donna Vekic foi capaz de levar a tenista britânica a um (emocionante) terceiro set que, ainda assim, esta acabaria por vencer por 10-8. Nota de destaque merece também Victoria Azarenka, recentemente regressada aos courts mas com um verdadeiro elã decorrente da maternidade. A bielorrussa já cedeu dois sets em três encontros até ao momento, mas tem na sua habitual garra o antídoto para a falta de ritmo competitivo provocada pela sua longa paragem.

    Chegados à segunda semana, e já sem Karolina Pliskova e Petra Kvitova em competição, a questão que todos os aficionados de ténis colocam é: quem poderá vencer? A número um mundial, Angelique Kerber? As tenistas que atravessam os melhores momentos de forma, como Halep, Ostapenko ou Svitolina? A melhor tenista em competição, mas que enfrentou recentemente uma longa paragem (Victoria Azarenka)? A (aparentemente) inesgotável Venus Williams? A jogadora “da casa”, finalista em Nottingham e semifinalista em Eastbourne, Johanna Konta? Não é fácil fazer apostas, mas parece haver um favoritismo tripartido entre Garbiñe Muguruza, Johanna Konta, e Venus Williams.

     

    Apesar da sua idade, Venus Williams é agora uma das favoritas à vitória Fonte: Wimbledon
    Apesar da sua idade, Venus Williams é agora uma das favoritas à vitória
    Fonte: Wimbledon

    A tenista espanhola, pese embora a época aquém das expectativas que tem vindo a realizar, tem vindo a ser a mais “imperial” das tenistas em prova. Cedeu apenas 16 jogos nos três encontros que disputou até ao momento, bate muito forte na bola e tende a “fechar os pontos” rapidamente, e foi já finalista de Wimbledon em 2014. Terá agora que levar de vencida, na quarta ronda, a alemã Angelique Kerber. Já Johanna Konta tem vindo a realizar uma boa época de relva, joga perante o seu público num verdadeiro ambiente de Fed Cup e, embora nunca tenho ido além da quarta ronda na relva de Wimbledon, tem todas as condições para poder ir mais além e, quem sabe, pela primeira vez na sua carreira conquistar um torneio do Grand Slam. Já contra Venus Williams apenas pesam os seus 37 anos, porque o resto está lá tudo: agressividade, capacidade de bater forte na bola, experiência que lhe permite adaptar o seu estilo de jogo às necessidades que vão surgindo e, na bagagem, um historial de cinco conquistas do torneio londrino.

    Certo é que dentro de uma semana o mundo saberá quem se sagrará vencedora da edição de 2017 de Wimbledon. Para além disso, saber-se-á quem será a número um do ranking WTA, numa semana em que Angelique Kerber terá que estar ao seu melhor nível caso não queira ceder o seu lugar no topo do ténis mundial a Simona Halep. A emoção está mais presente do que nunca na relva de Wimbledon e, sem a grande dominadora da relva britânica em competição, Serena Williams, é para os adeptos de ténis certo que, daqui em diante, “impossible is nothing”.

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    Francisco Sampaio
    Francisco Sampaiohttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde a segunda infância, Francisco Sampaio tem no FC Porto, desde esse período, o seu clube do coração. Apesar de, durante os 90 minutos, torcer fervorosamente pelo seu clube, procura manter algum distanciamento na apreciação ao seu desempenho. Autodidata em matérias futebolísticas, tem vindo recentemente a desenvolver um interesse particular pela análise tática do jogo. Na idade adulta descobriu a sua segunda paixão, o ténis, modalidade que pratica de forma amadora desde 2014.                                                                                                                                                 O Francisco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.