O Benfica sucumbiu em casa frente ao Verona pelos parciais de 25-15, 19-25, 25-17, 25-14, numa hora e quarenta minutos na tentativa de se apurar pela segunda vez consecutiva para a final da Taça Challenge de voleibol.
Depois dos “encarnados” terem ganho em itália por 3-2 numa primeira mão bastante equilibrada, não conseguiram fazer frente à quarta classificada da liga italiana. Nesta segunda mão vimos um Verona determinado e com uma palavra a dizer no que toca à qualificação para a final. Entraram confiantes, e com uma qualidade técnica superior ao jogo da primeira mão.
Num primeiro set equilibrado, onde o Verona mostrou grande respeito pelo adversário, foi visível que a formação italiana quis tirar partido do seu serviço para dificultar a recepção do benfica, acabando assim por vencer o primeiro set.
No segundo set, o Benfica reagiu e elevou o seu nível de jogo, principalmente no que toca à defesa. Entrou confiante e com grande garra onde se percebeu claramente que ainda acreditavam que era possível realizar o feito da época anterior, vencendo o set.
No terceiro set, o Benfica mostrou-se algo inconstante, a desperdiçar muitos serviços e teve grandes dificuldades na recepção dos serviços do Verona. Teve também alguns bons momentos, com grandes ataques do Zelão e do Hugo Gaspar, mas não foi suficiente para diminuir a confiança do adversário. Por outro lado, a formação italiana lutou até ao fim por todas as jogadas, tirando vantagem do seu poderoso bloco, mantendo-se quase sempre com o controle do set. É importante referir o ataque desta equipa italiana que foi eximia, principalmente a atacar pelo meio, deixando sem hipóteses a defesa benfiquista.
O quarto set foi mais equilibrado, até ao 12-12. O Benfica perdeu um ponto crucial, que levou a uma discussão com a equipa de arbitragem e consequentemente um vermelho ao Roberto Reis. A partir daqui a formação italiana assumiu o controle do set, acabando assim por vencer a eliminatória.
É de aplaudir o apoio de todos os benfiquistas presentes na luz. Foram incansáveis para com a formação benfiquista, mostrando ao mesmo tempo também respeito pelo grande adversário que tinham à sua frente.
Este não era o resultado que o Benfica queria ou esperava. Mas não podemos culpar a equipa nem o treinador José Jardim. Devemos sim estar orgulhos porque, embora alguma irregularidade por parte da equipa e o vermelho mostrado, a formação benfiquista lutou e fez tudo o que conseguiu perante a situação de jogo, tentando tirar sempre partido da sua melhor arma, o ataque.
O responsável por este resultado foi mesmo o Verona. A formação italiana mostrou um nível de jogo altíssimo com um poderoso serviço e com uma defesa bastante eficaz, que foi capaz de contrariar o ataque benfiquista.
Tem agora pela frente, na final, a equipa russa Fakel Novy Urengoy, que eliminou, numa vitória fácil, os belgas do Prefaxis Menen.
Foto de capa: SL Benfica