Grécia 1-3 Portugal: A força do bloco e a inédita passagem aos “oitavos”

    A CRÓNICA: RESOLVEU-SE AO TERCEIRO SET, MAS LUTOU-SE PELO SONHO ATÉ AO FIM

    Portugal continuava atrás do sonho e de fazer história. O resultado deste encontro frente à Grécia era fulcral para determinar a passagem à fase seguinte do campeonato europeu. Para os gregos passarem tinham de vencer por 3-0 ou 3-1, todo outro qualquer resultado faria com que fosse Portugal a avançar.

    O primeiro set demonstrou um grande equilíbrio entre ambas as seleções. Portugal apresentava um bloco muito forte, enquanto a Grécia jogava no detalhe ofensivo. Do lado português, destacava-se Hugo Gaspar, jogador bastante assertivo no remate. Com alguns erros dos gregos a acumularem-se, Portugal ainda se tentou distanciar no marcador, mas também os portugueses foram acusando alguma pressão, apesar de saírem do primeiro set a vencer por 25-22.

    Fonte: Rui Cipriano/Bola na Rede

    A Seleção portuguesa entrou com tudo para o segundo set. A motivação dada pela vitória no set inicial superiorizou-se aos erros demonstrados pelos gregos e Portugal tentou tirar todo o partido disso. Maior parte dos pontos arrecadados pelas equipas partiam de serviços mal rececionados por parte da equipa adversária. Fora isso, também se perdeu um pouco a conta ao número de challenges por cada uma das seleções.

    Hugo Gaspar e Filip Cveticanin estavam a ser os homens dos pontos neste segundo set, enquanto Nikos Zoupani fazia o mesmo do lado grego. Mesmo com o selecionador Hugo Silva a dizer “Limpou. Já foi para trás. Vamos trabalhar para os próximos” durante um dos descontos de tempo finais do segundo set, Portugal entrou em desnorte quase completo no terreno de jogo e deixou a Grécia voltar a assumir o marcador. Os gregos acabaram por levar a melhor, vencendo o set por 26-24.

    À entrada para o terceiro set, Portugal revelou-se algo ansioso a nível coletivo, mas rapidamente “engatou”. Stivachtis ainda tentou fazer mossa no resultado, mas Hugo Gaspar e Alexandre Ferreira mostravam-se fortíssimos aquando dos blocos. Cedo começavam os erros gregos que beneficiavam os comandados de Hugo Silva, mas ainda existia um longo caminho para percorrer. “Calma, não vamos entrar no desespero”, voltou a relembrar Hugo Silva aos seus jogadores.

    Só que não houve calma quando Alexandre Ferreira rematou para o ponto final do terceiro set e consagrou a passagem de Portugal aos oitavos de final do campeonato europeu! Pela primeira vez em seis participações na competição, Portugal conseguiu chegar aos oitavos de final! Portugal venceu por 25-20, celebrou o que tinha a celebrar e voltou a jogo para o quarto set.

    Com o mais importante já resolvido, faltava chegar ao final do encontro. O quarto set foi enfrentado pela seleção portuguesa de uma forma mais descontraída, o que não agradou a Hugo Silva, enquanto os gregos aproveitavam para escalar no marcador. A concentração lá desceu ao terreno de jogo e Portugal voltou a assumir o resultado. Erros defensivos tornaram a aparecer para tentar comprometer o rumo do jogo, mas Portugal consagrou a passagem da melhor maneira, ao vencer o quarto set por 25-22 e o jogo por 3-1.

    A FIGURA

    Fonte: CEV EuroVolley

    Alexandre Ferreira – Um dos elementos da seleção nacional que mais se destacou no encontro. Alexandre Ferreira esteve impecável aquando das situações defensivas e, principalmente, ofensivas. Marcou pontos importantes e foi ele que concretizou o ponto da consagração da passagem à próxima fase.

    Menção honrosa a Hugo Gaspar pela brilhante exibição e a Nikos Zoupani por ter tentado manter o sonho grego vivo.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: CEV EuroVolley

    Erros defensivos da Grécia – Custaram caro e foram um dos grandes fatores para a derrota da Grécia frente a Portugal. Focaram-se, em grande parte, nos momentos ofensivos, o que levou a um jogo algo previsível.

     

    ANÁLISE TÁTICA – GRÉCIA

    Apenas com três elementos fixos durante muito tempo do encontro, a Grécia refugiou o seu jogo no remate e nos erros de Portugal. Algo fortes na receção dos serviços adversários, a Grécia pecou por escasso em muitos momentos defensivos.

    FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES

    Stavros Kasampalis (6)

    Georgios Petreas (5)

    Alexandros Raptis (4)

    Athanasios Protopsaltis (5)

    Georgios Papalexiou (4)

    Nikos Zoupani (7)

    Theodoros Voulkidis (7)

    Konstantinos Stivachtis (6)

    Charalampos Andreopoulos (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL 

    Mantiveram uma formação quase constante durante todo o encontro. Salvo situações pontuais, os eleitos era Filip Cveticanin, Hugo Gaspar, Alexandre Ferreira, Miguel Rodrigues, Philipe Martins e André Lopes.

    Portugal apostava nos seus pontos mais fortes para concretizar pontos: os blocos por Hugo e Alexandre e os remates. Pecou algumas vezes no serviço e também na receção dos serviços da equipa grega.

    FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES

    Alexandre Ferreira (9)

    Phelipe Martins (6)

    Miguel Tavares Rodrigues (7)

    Hugo Gaspar (8)

    André Lopes (6)

    Filip Cveticanin (7)

    Marco Ferreira (6)

    Tiago Violas (6)

    Lourenço Martins (5)

    Miguel Sinfrónio (5)

    Foto de Capa: Rui Cipriano / Bola na Rede

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.