Associação Académica de Coimbra, histórico clube português já com 138 anos de existência. Este ano, como não tem sido hábito, a Académica parece estar a dois passos de garantir a manutenção. E também para ir contra os seus hábitos de garantir a permanência nas jornadas finais do campeonato, a Briosa está a apenas cinco pontos dos lugares europeus.
Sérgio Conceição, o técnico da Académica, já avisou que a equipa não está para brincadeiras e que se tiver de assumir um lugar europeu irá fazê-lo sem medos. Contudo, e vendo bem o passado recente da Académica, parece inviável que um clube com esta dimensão (pequena, apesar da gigante história) chegue à Liga Europa. Os constrangimentos seriam demasiado grandes para que a AAC conseguisse ter estabilidade e não fosse mais um Paços de Ferreira, que após uma presença breve na Liga dos Campeões passa agora por dificuldades na luta pela permanência.
Certo é que em Coimbra ninguém assumiu nenhum objetivo que não fosse a manutenção, mas também certo é que nenhuma equipa joga para perder e Sérgio Conceição, ambicioso e competente como é, quis deixar isso claro.
A próxima jornada contra o Benfica decidirá muito nas contas da equipa de Coimbra. Em caso de vitória sobre as águias, a Académica assume-se como um claro candidato à Liga Europa, com condições para lutar até ao fim pelo 5º lugar. Em caso de empate ou derrota, a equipa parece perder o comboio dos lugares europeus e irá trabalhar para consolidar um lugar no meio da tabela.
Fonte: ZeroZero (Catarina Morais)
Na próxima semana veremos se a Académica consegue passar o teste de fogo que é o Benfica e colocar pressão nos seus adversários, que também almejam os cinco primeiros lugares.
A mim parece-me que esta Académica precisa de mais uma ou duas boas épocas para consolidar tanto o seu futebol como a sua estrutura ganhadora, e, aí sim, pensar em voos europeus. Contudo, será com todo o agrado que irei ver este histórico a disputar a Liga Europa. Um dos meus desejos não é com certeza ver a AAC a passar as dificuldades do Paços de Ferreira, porque o futebol vive de história e a história da Académica é grande demais para se dissipar com a possibilidade de cair em divisões inferiores.