O final da temporada chegou e a abertura do mercado de transferências aproxima-se a passos largos. Após uma temporada bastante abaixo das expectativas, o Benfica pode ter de ir ao mercado reforçar algumas posições.
A saída de Rafa Silva torna quase obrigatória a ida ao mercado, mas também é expectável que a equipa da Luz liberte alguns excedentários. Entre jogadores da formação já sem idade para competir na equipa B, mas sem espaço no plantel principal até alguns flops recentes, escolhemos cinco jogadores que deveriam sair do Benfica antes do início da temporada 24/25.
1.
Henrique Araújo – O ponta de lança não tem estado na melhor fase, uma vez que o empréstimo ao Famalicão não funcionou (21J 0G 0A). Já é a segunda cedência não sucedida, depois de uma passagem infeliz pelo Watford de Inglaterra (8J 0G 1A).
Houve, em tempos, a esperança (de adeptos benfiquistas) que Henrique Araújo fosse o novo grande nome do ataque da Luz, mas nunca se afirmou como uma opção concreta para Roger Schmidt. Os empréstimos visavam mais tempo de jogo para o madeirense, mas não é o caso.
Agora, com Arthur Cabral, Marcos Leonardo, Casper Tengstedt e, quem sabe, um outro reforço, pode ser que uma saída permanente seja o melhor para ambas as partes.
2.
João Mário – 2022/23 foi, provavelmente, a melhor época individual do médio, mas a temporada transata não sorriu da mesma forma. A nível de produção de golos, os números baixaram drasticamente – de 23 para nove golos e de 13 para três assistências -, defensivamente, o internacional A não oferece o mesmo que outros e, atleticamente, a regressão é notória ano após ano.
Ainda houve a tentativa de se salvar, descendo no terreno para o duplo pivô, mas aí, no próximo ano, a concorrência é forte (João Neves, Florentino Luís, Leandro Barreiro Martins).
Pode ficar numa perspetiva de liderança e de versatilidade de características em relação aos outros médios, mas o futuro no Benfica não parece ser muito longo e pode existir a intenção do clube em virar a página e renovar o plantel.
3.
Paulo Bernardo – Embora que apenas temporariamente, Paulo Bernardo encontrou uma casa em Glasgow.
Disputou 32 jogos pelo Celtic e pode-se dizer que teve muito mais oportunidades na Escócia do que alguma vez teve (e terá) no Benfica, que poderá, agora, aproveitar uma época positiva do médio português para “retirar as senhas” e vendê-lo enquanto o seu valor está alto.
Se futuro passa pela permanência no Celtic ou por outro sítio qualquer, não sabemos, mas parece evidente que a relação entre o jogador e o clube está a chegar ao fim.
4.
Soualiho Meité – É seguro dizer que Meité já não conta para os “Encarnados” há alguns anos, mas tem sido difícil a colocação do médio de modo a garantir algum retorno financeiro do investimento feito no verão de 2021.
Nunca contou para Roger Schmidt, algo evidenciado pelos dois empréstimos seguidos, e o cenário não aparenta mudar. Mas há esperança numa saída permanente de Meité, uma vez que jogou este ano no vencedor do campeonato grego, PAOK de Salónica, em que foi peça de rotação regular, jogando 2967 minutos no decorrer de 42 jogos.
Veremos se há interesse do clube grego em ficar com o francês para a próxima época.
5.
David Jurásek – Chegou ao Benfica há um ano vindo do Slavia de Praga, onde foi uma das maiores figuras da liga checa, com a responsabilidade de substituir um dos grandes jogadores do passado recente da nossa liga – Alejandro Grimaldo.
A verdade é que nunca chegou perto do espanhol e isso ficou claro logo desde o início, tendo muitas dificuldades em entrar no 11 e segurar o lugar. Isto criou alguma instabilidade em torno da posição de lateral esquerdo, com a outra alternativa, Juan Bernat, a estar sempre lesionada. Mas mesmo assim, o checo não fez o suficiente para impressionar a equipa técnica e acabou por sair por empréstimo para o Hoffenheim.
Rumores sugerem que não há planos do Benfica para o reintroduzir no plantel e nova saída está à vista. O Benfica prefere vender, mas o Hoffenheim, que é até agora o único interessado público, não quer ir além de um segundo empréstimo. A verdade é que foram 14M gastos e é exatamente por isso que Jurásek ocupa a primeira posição.