– Filipe Augusto, dois pesadelos num só jogador. Muito da crise, e neste caso ofensiva, deve-se à utilização de Filipe Augusto. O camisola 6 não é um trinco completo e as suas lacunas obrigam e muito ao Pizzi trabalhar defensivamente. E se o Pizzi trabalha em demasiado nas linhas recuadas, não consegue ao mesmo tempo estar na posição 8 ou até mesmo 10. E de uma vez por todas, o Filipe Augusto é apenas razoável e não há espaço para razoáveis no Benfica.
– Mitroglou… “é muito fixo” “é limitado” e aí fomos buscar o Seferofic. Um suíço bastante móvel (o que até é bom) mas que deixa muitas vezes Jonas completamente sozinho. Há muito que sabemos que o trabalho móvel é de Jonas e que o brasileiro sozinho na frente não rende 1/3 daquilo que rende ao ter alguém numa zona mais ofensiva.
Estamos em crise, é verdade. A consideráveis pontos dos rivais. E a culpa da crise é dos senhores da estrutura que continuam a achar que o Penta é tarefa fácil para jogadores com reduzida qualidade. A crise é transversal às 4 posições do terreno e é necessário uma reação rápida e eficaz. É necessário não apenas praticar um futebol de posse mas sim um futebol que não se perca no último terço do terreno. Um futebol que não precisa de ser bonito, tem apenas que conquistar três pontos.
Antes de terminar o texto não posso não referir o único jogador da Luz que está numa forma excepcional. Zivkovic é sem dúvida o melhor jogador da atualidade do Benfica. Desde que chegou a Lisboa nunca conseguiu fixar-se no onze mas esta época agarrou o lugar e está a deixar Cervi e Rafa completamente agarrados ao banco. O camisola 17 é um jovem carregado de talento e sem dúvida nenhuma que não merece nenhuma crítica consequente da crise que estamos a passar.
Este foi o meu grito de fúria. Um grito que acho que leva um pouco de todos os benfiquistas. Um grito que não pede mais palavras ridículas do nosso técnico após os jogos mas sim uma atitude bem diferente, de todos, todos, para o próximo encontro.
E sabem porque? Porque sou do Benfica e isso me envaidece.
Foto de Capa: SL Benfica
artigo revisto por: Ana Ferreira