Mal-amado (menos por Schmidt): A renovação de Chiquinho

    Benfica

    Com o aproximar do mercado de janeiro, Chiquinho ainda não viu uma oportunidade para renovar com as águias. Aos 28 anos, qual será a decisão do meio-campista encarnado?

    O contrato de Francisco Leonel Lima Silva Machado (mais conhecido como Chiquinho) com o SL Benfica termina em junho de 2024 e a partir de janeiro o médio está livre para assinar com quem quiser. Num momento em que os encarnados têm os vínculos de Rafa e Ángel Di María perto do fim e longe de uma renovação, surge a seguinte questão: Vale a pena renovar com Chiquinho?

    A chegada de Orkun Kokçu por 25 milhões, mais cinco em objetivos, o rendimento absurdo de João Neves e a sapiência defensiva de Florentino Luís não têm dado muito espaço a Chiquinho para mostrar o seu melhor futebol esta temporada. O camisola 22, apesar de já ter disputado 13 partida, esteve em campo somente 297 minutos e foi titular por apenas duas vezes, tendo realizado os 90 minutos em apenas um duelo. Obviamente, não é a primeira escolha de Roger Schmidt.

    Todavia, o treinador alemão já mostrou ser adepto das qualidades do jogador. Em 2022, quando Schmidt assumiu o comando das águias, Chiquinho estava na porta de saída do clube, sendo que a sua permanência foi um pedido do germânico. Inclusive, desceu o jogador no terreno e começou a utilizar o atleta num meio-campo a dois jogadores. Transformou-o a nível tático.

    Relembrando a temporada transata de Chiquinho, é impossível ignorar o facto que o atleta foi o substituto direto de Enzo Fernández. Depois da saída amarga do argentino para o Chelsea FC, foi o português a assumir o papel de companheiro de Florentino, chegando mesmo a ganhar a alcunha de ‘Chidane’ por parte dos adeptos encarnados. Uma homenagem a Zinédine Zidane. O número 22 foi titular 17 das 20 partidas que o glorioso jogou sem Enzo Fernández.

    Nesse período como titular no meio-campo encarnado, Chiquinho foi importante na pior altura da época encarnada. Destravou o jogo diante do Gil Vicente FC, já ao minuto 70’, com um grande golpe de cabeça e assinou várias exibições de relevo. Quando a equipa mais precisou foi ele que apareceu. Ainda assim, a chegada de Kokçu, o substituto natural de Enzo, viu-o voltar a ser renegado para o banco de suplentes.

    Como Chiquinho já provou ser capaz de substituir um atleta vendido, surge a possível vontade do Benfica em querer antever uma saída. O interesse do mercado em João Neves e Florentino, bem como a preferência em colocar João Mário e Fredrik Aurnses nas alas ofensivas, fazem o meio-campo encarnado tornar-se facilmente frágil, a nível de opções para a próxima temporada. A renovação de Chiquinho pode ser uma forma de precaver alternativas.

    Resta avaliar a parte financeira. Chiquinho está no Benfica desde 2019 e nunca renovou com as águias. Não é dos ativos com o salário mais elevado da equipa e as recentes palavras de Rui Costa sobre a boa saúde financeira do clube aludem a um processo simples, sem grandes exigências de ambas as partes. Pelo contrário, o contrato de Rafa assusta os encarnados. O Presidente do Benfica afirmou: “Posso prometer aos adeptos que não estamos a precisar de vender por não termos chegado longe na Liga dos Campeões”.

    Logo, parece que a renovação do médio é o cenário mais provável para este episódio de mercado. Caso Chiquinho acabe mesmo por escolher outro destino, é conhecido o velho interesse do FK Dínamo Moscovo e de várias equipas turcas (o jogador já esteve emprestado ao Giresunspor Kulubu).

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