O principal factor desfavorável à sua adaptação ao Sport Lisboa e Benfica resume-se a uma coisa: à dimensão do clube. É mais do que sabido que a dimensão dos clubes onde Milos já jogou é absolutamente incomparável à dimensão do Sport Lisboa e Benfica. Aqui, Milos terá de lidar com um patamar competitivo superior, com o peso de uma camisola histórica, com a pressão de uma exigente massa associativa que enche o estádio a cada jogo, etc.
Mato Milos destaca-se por ser um lateral com boa propensão ofensiva e que gosta de cruzar, características que encaixam no modelo de jogo de Rui Vitória. Por outro lado, falta-lhe melhorar a tomada de decisão com bola e o posicionamento defensivo.
Também terá um grande balneário do seu lado pronto a ajudá-lo na sua integração ao clube e ao nosso país. Tem, inclusive, dois compatriotas (Kalaica e Krovinovic) que o deverão ajudar na adaptação à barreira linguística. De maneira que Milos não se deverá sentir isolado e desapoiado enquanto trabalhar com a nossa equipa.
No final de contas, acho que a aposta neste jogador desconhecido, oriundo dos Balcãs, se revela um pouco como uma roleta russa: tanto pode ser um grande erro de casting como pode ser uma agradável surpresa. Referenciado por ex-colegas seus como um bom profissional, só dependerá dele próprio conseguir vingar com o Manto Sagrado vestido.
Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão