Ao longo dos tempos a história fez questão de nos mostrar que nem tudo corre bem, que por vezes as coisas só correm mais ou menos bem. Vá, do mal, o menos. Enfim, estou alongar esta introdução mais do que necessário. O meu texto desta semana é sobre o Rúben Amorim.
O trajeto futebolístico deste rapaz dava um bom filme independente, que com sorte acabava nomeado para umas 2 ou 3 estatuetas. Começa bem, como qualquer outra carreira, um simples rapaz com jeito para a bola, que ambiciona um dia chegar a um grande e ser um grande jogador. Mas quando isso acontece, nem tudo corre bem.
Tudo começou na Pontinha, mais concretamente, no Clube Atlético e Cultural da Pontinha. Foi lá que ele deu os primeiros pontapés na bola, com 13 anos de idade, e pouco foi o tempo que lá andou. Dois anos depois, o Sport Lisboa e Benfica decidiu ir busca-lo. Aos 15 anos começava a jornada de um sonho.
Mas ao mesmo tempo que esse sonho começava, como qualquer boa estória, também o “pesadelo”. A verdade é que Rúben nunca foi verdadeiramente amado pelo Benfica. Isto é um pouco duro de se dizer, mas não deixa de ser um reflexo da verdade.
Ao fim de 2 anos nos juniores, e de lembrar que pelo caminho já tinha sido emprestado ao Grupo Desportivo de Corroios, Amorim foi cedido aos juniores do Belenenses. E por lá ficou durante 5 anos.
Cresceu e amadureceu com a cruz do Restelo ao peito. Tornou-se num dos melhores do plantel azul e das sensações do campeonato quando lá esteve, onde pelo meio foi treinado por Jesus, antes deste rumar ao Braga e depois ao Benfica. O talento de Rúben Amorim fez com que a temporada de 2008/2009 fosse um ponto de viragem. Ou de retorno.
Nesse ano, o bom filho tornou a casa. Rúben voltou a integrar os quadros dos encarnados e desta vez na equipa principal. O primeiro ano não foi propriamente de grande memória. O Benfica, então orientado pelo espanhol Quique Flores, acabou o campeonato em 3º lugar. É preciso lembrar que nesta equipa pontificavam ídolos como Jorge Ribeiro, Nuno Assis, Balboa, e Suazo. Numa nota pessoal, ainda hoje procuro compreender como é que ganhámos a Taça da Liga naquele ano.