Benfica 3-0 Vitória de Setúbal: Uma questão de coerência

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    Depois de um empate caído do céu mas importantíssimo, era tempo de apontar baterias à Taça da Liga. Com um onze com novidades, como o regressado Sílvio e a inclusão de Gonçalo Guedes (sempre bom vê-lo a titular), a história deste jogo resume-se a uma primeira parte difícil e polémica.

    Bruno Ribeiro prometeu e cumpriu. Sem poupanças, acreditando no sonho, o Vitória não jogou com o autocarro e colocou em sentido o Benfica nos minutos iniciais. Desinibidos e a jogar no seu meio-campo ofensivo, os sadinos poderiam ter sido felizes. Após erro de Eliseu (alguém me diz o que é que ele ainda faz no Benfica?), Pelkas ficou sozinho, passou por Artur e a bola ia directa à baliza, mas Lisandro cortou mesmo a tempo. Antes disso, Suk queixou-se de um penálti cometido por Lisandro (já lá vamos à análise). Depois deste susto, o Benfica equilibrou o jogo chegando já à parte final do primeiro tempo mais por cima, mas ficava a ideia de que este Vitória seria um osso duro de roer. Até que ao minuto 40 começou toda a polémica.

    Rui Costa apontou penálti e expulsou Advicula por ter derrubado Gonçalo Guedes quando este ficou isolado na área. É um lance que levanta muitas dúvidas. Verdade que o jovem jogador do Benfica iria ficar isolado e por isso o cartão teria de ser vermelho, mas a queda parece muito forçada. É uma questão de intensidade. Talisca fez o 1-0 e o Vitória jogava com menos um. Passados três minutos, Rui Costa voltaria a apitar e pelo mesmo motivo. Desta vez foi Talisca a ser derrubado na área. Um lance que se aceita já que o brasileiro ia encaminhado para a área e sentiu o toque. Mas é com estes dois lances que voltamos a outro lance capital logo no início do jogo. Suk recebe um toque de Lisandro e cai. Rui Costa estava bem posicionado e nada assinalou. E foi aqui que falhou. Se achou que o toque não foi suficiente para marcar penálti, nunca poderia ter marcado o primeiro penálti. É, na minha opinião, uma questão de coerência. Se marca o primeiro do Benfica (que para mim é menos penálti do que o do Vitória), tem de marcar a favor dos sadinos. Foi um lance que acabou por ter influência no jogo. Lisandro acabaria por ser expulso, e o Vitória ficaria com ainda mais folgo do que já estava.

    O regresso de Rúben Amorim é uma boa noticia Fonte: Facebook Oficial do Benfica
    O regresso de Rúben Amorim é uma boa noticia
    Fonte: Facebook Oficial do Benfica

    A ganhar 2-0, a segunda parte não tem história. O Vitória perdeu todo o fulgor com a expulsão e os dois golos, e o Benfica dominou a seu belo prazer a partida. Rui Costa voltou a ser protagonista ao não ver um lance na área sadina passível de discussão. Mas o grande destaque vai para o regresso de Rúben Amorim. Cinco meses depois, o português está de volta. Rúben Amorim é daqueles jogadores que podem não ser fora-de-série, mas cumprem quando são chamados. Não tenho dúvidas de que será importante na táctica do Benfica.

    Contas feitas e com o terceiro golo do Benfica a vir de Jonas (a par de Julio César, o melhor reforço), o Benfica volta a estar na final da Taça da Liga. Uma prova que, não sendo a mais importante, pode servir de rampa de lançamento para a conquista do tão desejado campeonato. No entanto, o jogo fica manchado pela incoerência de Rui Costa, principalmente naquele lance na área do Benfica que poderia mudar o jogo. A nossa vitória fica manchada por isso e eu não gosto de ganhar assim. No próximo fim-de-semana há mais um Benfica vs Vitória, e os encarnados já estão avisados dos danos que este Vitória pode causar.

    A Figura:

    Gonçalo Guedes – A jovem pérola benfiquista vai sendo lançada aos poucos e vai mostrando o seu talento. Esperemos que não seja “emprestado” a um desses clubes do Jorge Mendes.

    O Fora-de Jogo:

    Rui Costa – Já foi tudo dito sobre o árbitro. Hoje esteve em dia não.

    Foto de capa: Facebook Oficial do Benfica

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