Benfica 1-0 Gil Vicente: Sulejmani resolveu num jogo em que brilharam os meninos do Seixal

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    Mais uma vitória para o Benfica, na presente edição da Taça da Liga. Nove pontos somados em três jogos, zero golos sofridos e missão cumprida com a passagem às meias-finais da prova.

    Num jogo que serviu apenas para cumprir calendário – antes dele, o Benfica já estava apurado para a próxima fase e o Gil Vicente eliminado –, Jorge Jesus fez descansar os jogadores mais utilizados nos jogos desta temporada e lançou unidades com menos minutos jogados. Assim, o Benfica entrou em campo com um onze inédito, no qual estavam presentes sete jogadores portugueses e outros cinco lusos no banco de suplentes. Do lado do Gil, João de Deus também procurou dar rodagem a alguns jogadores.

    Os primeiros minutos de jogo desenrolaram-se num ritmo pausado, com o Benfica, de forma expectável, a tomar a iniciativa do jogo, sob a batuta de André Gomes. O jovem médio era quem pensava o jogo encarnado e esteve sempre em evidência na partida. Ele e Ivan Cavaleiro iam colocando em sentido a defesa gilista, através de lances corridos ou de bola parada. Foi precisamente num lance iniciado pelo extremo Cavaleiro que surgiu a primeira oportunidade para o Benfica, numa jogada em que Funes Mori é derrubado na área do Gil e o árbitro assinalou grande penalidade. Na marcação, o próprio Funes Mori não conseguiu bater o guarda-redes e, na recarga, Djuricic tirou “o pão da boca” a Sulejmani. Assim, manteve-se o nulo no marcador até ao intervalo. De resto, tirando este lance e mais uns cantos perigosos cobrados por André Gomes, nada de relevante há a assinalar numa pobre primeira parte de futebol.

    O segundo tempo iniciou-se com a bola na rede da baliza do Gil Vicente. Num belo lance de Djuricic, foi Ruben Amorim quem ia colocando o Benfica em vantagem, não fosse a sua posição irregular; o golo foi (bem) invalidado pelo juíz da partida. Porém, poucos minutos depois, o golo dos encarnados chegou mesmo e por intermédio de Sulejmani. Funes Mori atirou à barra, após um sublime cruzamento de André Almeida e, na sequência do lance, o sérvio só teve de encostar para o 1-0.

    André Gomes e Sulejmani, dois dos melhores em campo, festejam o único golo do jogo  Fonte: LUSA
    André Gomes e Sulejmani, dois dos melhores em campo, festejam o único golo do jogo
    Fonte: LUSA

    Em vantagem, as águias continuaram a gerir o jogo a seu bel-prazer, sem que o Gil Vicente, uma equipa bastante desgarrada em campo – esperemos que assim seja também no próximo fim-de-semana –, conseguisse assustar o experiente guardião encarnado Paulo Lopes. Nota apenas para uns lances individuais de Iván Cavaleiro e Djuricic, que, através de inúmeras acelerações, ameaçaram com um segundo golo, que não se concretizou.

    Até ao final, Jorge Jesus lançou três miúdos da formação, Bernardo Silva, Heldér Costa e João Cancelo, numa aposta que pecou por ter sido tardia, mais uma vez. Os três meninos da cantera mexeram com o jogo, entusiasmaram os adeptos e mostraram-se preparados para enfrentar desafios mais exigentes. Aliás, as melhores oportunidades do segundo tempo saíram da cabeça de Bernardo Silva e do pé direito de Hélder Costa. Sem dúvida, um alerta para Jesus.

    Para fechar, digo que foi com um misto de orgulho e saudade que vi a dupla homenagem protagonizada, antes do apito inical, a dois eternos símbolos do Benfica, Miklos Feher e Eusébio da Silva Ferreira. O húngaro, desaparecido há precisamente dez anos, foi justamente lembrado no dia em que o Rei Eusébio completava 72 anos de vida. Descansem em paz, campeões.

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    João Pedro Óca
    João Pedro Ócahttp://www.bolanarede.pt
    O João Pedro Óca é um alentejano a fazer o gosta mais em Lisboa: jornalismo, sobretudo desportivo, na TVI e na CNN Portugal. Além disso, ainda dá uma perninha como narrador na Eleven.