SL Benfica 5-0 GD Chaves: Benfica avassalador continua invicto no campeonato

    Benfica

     

    A CRÓNICA: ÁGUIAS ENCONTRAM AS “CHAVES” PARA MAIS UMA VITÓRIA

    Imparável. O Benfica de Roger Schmidt não sabe o que significa a palavra “derrota”. Frente ao GD Chaves, na 11.ª jornada da Primeira Liga Portuguesa, as águias conquistam a décima sétima vitória desta temporada, somando agora 31 pontos.

    Os encarnados continuam a voar sobre as asas do entusiasmo e, depois do apuramento na Liga dos Campeões, continuam imperturbáveis no seu próprio caminho também no campeonato.

    Desta feita, mal o jogo começou, o Benfica fez logo abanar a rede transmontana com Neres, que procurou o corredor central e armou um remate imparável de fora da área que se enfiou no canto superior direito. O 1-0 estava feito, e os adeptos encarnados ficaram loucos nas bancadas.

    Oito minutos depois, um Benfica inspiradíssimo marcou o segundo, através de uma bomba de Grimaldo de pontapé livre, batendo novamente Paulo Vítor.

    Os caseiros continuaram a dominar todas as zonas do campo, chegando à área adversária com rápidos toques e com uma posse de bola eficaz, impossibilitando os forasteiros de construir qualquer oportunidade ofensiva.

    Antes do fim da primeira parte, houve ainda tempo também para Gonçalo Ramos deixar o nome no marcador, concretizando um cruzamento da direita de Aursnes.

    No segundo tempo, o Benfica entrou afirmativo exatamente como na primeira parte, se bem que, realizou uma pressão menos frenética. A presença quase permanente das águias no meio-campo trasmontano levou o plantel de Schmidt ao póquer, aos 81 minutos, com o primeiro golo de Musa com a camisola do Benfica, que concretizou um passe açucarado de Enzo dentro da grande área do Chaves.

    Nos minutos de compensação, surgiu a mão-cheia de golos, e com a assinatura de Rafa, deixando o marcador num 5-0 que viria a ser definitivo.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    David NeresHoje há dificuldade da escolha para eleger a figura, mas para nós vai ser David Neres. Autor do primeiro golo da vitória, o médio brasileiro é um jogador imparável e incansável. A sua presença em campo muda notavelmente o ritmo do jogo da equipa inteira, tornando-se um pesadelo para qualquer adversário. A sua rapidez e visão de jogo, são qualidades diferenciadoras que conseguem impulsionar e dirigir toda a ação ofensiva do Benfica.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Paulo Vítor – Durante a totalidade dos 90 minutos, a defesa do Chaves abanou visivelmente diante o Benfica, mas Paulo Vítor foi o que mais deu a sensação de fragilidade em termos defensivos, cada vez que os jogadores encarnados se aproximavam à baliza.

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Roger Schmidt orientou a equipa no seu tradicional 4-2-3-1. A única surpresa no onze inicial, foi a utilização de Aursnes no lugar de Florentino, numa posição mais recuada do que habitual, a formar um eixo com Enzo Fernández em frente da defesa encarnada.

    O Benfica entrou no jogo determinado e com uma atitude avassaladora, conseguindo dominar o meio-campo adversário, sobretudo no corredor direito, graças a David Neres, que esteve absolutamente imparável. As transições ofensivas foram frequentes e bem articuladas, chegando facilmente aos últimos 20 metros do campo com passes rápidos, aproveitando, como sempre, da agilidade de Rafa em rasgar centralmente a defesa adversaria.

    No segundo tempo, a saída do João Mário deu espaço ao Florentino no seu lugar, na lateral esquerda e com Aursnes a posicionar-se no mesmo corredor, com a clara tentativa de impulsionar as ações ofensivas naquele lado.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Vlachodimos (5)

    Bah (6)

    António Silva (6)

    Otamendi (6)

    Grimaldo (7)

    Aursnes (6)

    Enzo Fernández (6)

    David Neres (8)

    Rafa (7)

    João Mário (6)

    Gonçalo Ramos (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Gilberto (6)

    Florentino (6)

    Musa (6)

    Diogo Gonçalves (-)

    Chiquinho (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – GD CHAVES

    Vítor Campelos apostou no 4-3-3 para defrontar o SL Benfica e com algumas escolhas obrigatórias, vistas as ausências de Bruno Langa e Sidy Sarr, lesionados, e Obiora, ainda limitado fisicamente. A estes, somou-se a impossibilidade de colocar em campo Sandro Cruz, emprestado pelas águias e substituído pelo João Queirós na lateral esquerda.

    Este último teve vida dificílima contra Bah e Neres e demostrou muita fragilidade na tarefa de os defrontar e conter. De facto, os dois jogadores encarnados não encontraram grande dificuldade em penetrar na área adversaria e criar perigo.

    Nos momentos em que o Benfica tinha a posse de bola, que foi, de facto, boa parte do jogo, a equipa flaviense dispunha-se num 4-4-2, deixando Hernández e Monroy na linha de frente, na esperança de um possível contra-ataque, e recuando Abass para suporte do meio-campo.

    Na segunda parte o treinador forasteiro mexeu no banco, passando a um 5-4-1, colocando mais um defesa, Euller, no lugar de Abass, e metendo Juninho como única ponta de lança no lugar de Hernández, que pouco fez nos primeiros 45 minutos.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Paulo Vítor (4)

    Correia (5)

    Monte (4)

    Vitória (4)

    João Queirós (4)

    Guima (5)

    Teixeira (5)

    Mendes (5)

    Abass (5)

    Hernández (5)

    Monroy (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Juninho (5)

    Euller (5)

    Singh (5)

    Edu Oliveira (-)

    Bernardo Sousa (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SL Benfica

    Bola na Rede: Mister Roger, boa noite. Chegou hoje a decima sétima vitória da temporada. Pergunto se acha possível que a sua equipa possa chegar à pausa para o mundial sem derrotas.

    Roger Schmidt: Penso que é possível jogar bem cada jogo, e fazer obviamente o nosso melhor. Não gosto de pensar assim tão longe, prefiro focar-me em cada jogo. O próximo será contra o Maccabi Haifa, e será duro, mas acho que será possível continuar a ter este caminho positivo, mas temos que enfrentar um jogo de cada vez.

    GD Chaves

    Bola na Rede: Mister boa noite, parece que hoje a sua equipa não entrou em campo com a atitude certa. Acha que se tivesse tido todos os jogadores disponíveis, talvez este jogo podia ter tido uma história diferente?

    Vítor Campelos: Quando estamos todos, claramente somos mais fortes, mas da mesma forma acreditamos nos jogadores que entrem em campo, como os que jogaram hoje.

    A dinâmica ofensiva do Benfica é muito forte, sabíamos que tínhamos de estar concentrados e atentos, mas sofrer o golo logo aos primeiros minutos mudou bastante a partida.

    Quando há um resultado desses, é só possível dar mérito ao adversário mais forte, e temos neste momento, que focar-nos no próximo jogo frente ao Santa Clara.

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    Paola Amore
    Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
    A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!