Benfica – Bayern: De 2016 para 2018

    Atualmente o Benfica passa por uma fase de reconstrução do plantel. Muitas são as caras novas que entraram desde então. A situação que hoje se vive no ceio benfiquista não é de todo a melhor. Após o campeonato perdido para o FC Porto, o Benfica tem a difícil tarefa de conseguir a reconquista. A conquista do 37.

    A época começou bem cedo. Com o início dos trabalhos em vista á qualificação para a fase de grupos da liga dos campeões. Uma meta muito importantíssima que foi logo estabelecida pela direção encarnada como obrigatória. O encaixe financeiro tinha de ser algo quase garantido, devido ao forte investimento no mercado. Não só se consegue criar uma equipa competente, com mais soluções e qualidade, mas como também é possível criar uma estrutura permanente, que permita ao treinador dar consistência coletiva aos seus jogadores.

    Em termos de comparação de uma equipa para outra, a coisa é muito diferente. Apesar de alguns titulares se manterem, a química da equipa é completamente diferente. Existe mais qualidade e quantidade no plantel, mas a equipa num onze titular, é mais fraca como equipa em comparação á época de 2015/2016.

    Na baliza temos Vlachodimos que por agora tem demonstrado bom serviço. Na defesa em geral, até se pode considerar que há mais qualidade individual. André Almeida não conta por ser repetente tal como Jardel, sendo que Ruben Dias e Grimaldo são os que mudam nesta organização tática. Ruben Dias á margem de Lindelof, também subiu da equipa B para a principal, onde agarrou o lugar desde a época passada. Grimaldo é atualmente um dos maiores valores ativos do plantel. Um verdadeiro craque na sua posição, que comparando a Eliseu, fica bem distante no que toca a qualidade individual.

    No centro do campo temos o mesmo tanque, Fesja, que desta vez está acompanhado por outro jovem da academia do seixal. Gedson faz e muito lembrar, Renato Sanches e a sua ascensão meteórica. Pizzi mantem-se no onze também, mas desta vez atua mais pelo lado interior do campo à frente de Fesja.

    Um super Pizzi que já leva seis golos esta época
    Fonte: SL Benfica

    No ataque muito muda com o sistema tático da equipa. Jogando agora no atual 4x3x3, Sálvio e Cervi são as motas muitas vezes descontroladas que fazem este Benfica muito previsível de jogar.

    No lugar de Jonas, Mitroglou ou até mesmo de Jiménez, temos Facundo Ferreyra ou Seferovic. Isto por agora. A pensar no primeiro jogo no dia 19 de setembro. Vistos que Jonas e Castillo ainda se encontram em recuperação depois da lesão contraída logo no início da época, as opções para o ataque são bem menores e mais fracas.

    Se naquela época, foi difícil criar situações de perigo frente a um todo poderoso Bayern, com os imensos problemas ofensivos de que o Benfica tem tido, será expectável que a atarefa de marcar aos alemães não será nada fácil.

    No lado dos alemães pouco muda, a não ser o treinado. Agora com Niko Kovac, as ideias mudaram. O Benfica pode ou não beneficiar disso, possibilitando uma forma de jogar mais em posse do que aquela que teve frente ao Bayern de Pep Guardiola.

    Na minha opinião, este Benfica, apesar de mais forte individualmente, tem menos chances de fazer um bom resultado devido à fraca relação entre os jogadores no onze titular. Coletivamente deixa muito a desejar.

    Não será fácil de todo, tendo em conta as fracas exibições do Benfica nos jogos que realizou até agora, as expectativas não são as melhores. A realidade dos adversários não tem qualquer semelhança. Se formos a imaginar o quanto se torna difícil para uma equipa como o Benfica com a qualidade que tem, arranjar sempre a melhor forma para vencer nos jogos do campeonato, então quando se debater contra grandes adversários em que a qualidade individual e coletiva está muito mas muito acima, a coisa pode muito bem correr mal.

    Vale a pena não esquecer a horrorosa campanha europeia do Benfica na época passada. Não quero acreditar que os adeptos do clube iram deixar passar em branco mais uma igual. Com o forte investimento, a obrigação de fazer mais e melhor é negável. Esperar para ver agora, se com estes jogadores, o Benfica consegue fazer melhor que em 2015/2016, algo semelhante ou simplesmente deixar-se humilhar mais uma vez.

    Foto de Capa: SL Benfica

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    João Reis
    João Reishttp://www.bolanarede.pt
    Desde de 1993 que a cor que lhe corre nas veias é vermelha e branca! Quando era mais novo, chegou a jogar no clube rival de Lisboa, mas nunca escondeu que o seu grande amor era o Glorioso. Tem uma enorme admiração pelo Liverpool FC. Gostava de um dia ir a Anfield Road e cantar bem alto a canção que imortalizou os Gerry & The Pacemakers: "You'll Never Walk Alone!" A dar os primeiros passos como treinador de futebol, o seu maior sonho é treinar o clube de coração e alma, o Sport Lisboa e Benfica.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.