Começo desde já por parabenizar com a cadência mais que justa o dérbi lisboeta que muitas alegrias me deu: desde o apoio que ambas as equipas sentiram vindo das bancadas; desde a coerente arbitragem do Sr. Hugo Miguel; ao bom futebol jogado, quer pelo Benfica, quer pelo Sporting.
A minha posição no que diz respeito aos lances polémicos é simples e cognoscível. O árbitro esteve bem ao ajuizar o lance de Fábio Coentrão: o lateral-esquerdo português altera a trajetória do esférico, mas, em todo o caso, de forma involuntária. O remate de Jonas é violento e vai de encontro à face de Coentrão, que, por reflexo, levanta o braço esquerdo.
No caso de Piccini, o mesmo acontece: o italiano, no momento em que desloca o seu braço de uma posição exterior para outra interior, é tocado pelo esférico no braço. Sucede algo um pouco diferente com William Carvalho, nesse caso é óbvio que a disputa do lance com Raúl Jiménez fez com que o médio do Sporting tocasse na bola com o braço – Jimenéz empurra o braço de William.
O lance do penálti que originou o golo do SL Benfica é claríssimo. Não há muito a dizer. Rafa remata à baliza e a bola é desviada, com a mão, intencionalmente por Battaglia. Penálti justo. O futebol, enquanto entidade divinizada por todos, só se pode queixar do golo dos leões precedido de fora de jogo – de Acuña. Contudo, o lance é de análise difícil.
O SL Benfica foi superior no que concerne ao esteticismo do futebol praticado e à posse de bola. O Sporting foi mais eficaz e, é importante referir, muito coeso taticamente.
Resumidamente, parafraseando Jorge Jesus, o empate foi pior para as águias do que para o Sporting CP.
Foto de Capa: SL Benfica