O campeão voltou e veio para ficar | SL Benfica

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    O SL Benfica venceu o campeonato e Roger Schmidt é apontado como o grande obreiro dessa conquista.

    Apenas uma semana passou desde as celebrações do SL Benfica na Praça Marquês de Pombal, com a conquista do 38.º título de campeão da sua história, mas ainda há quem festeje esse momento por esse país fora. Um feito que começou no Estádio da Luz no dia 5 de agosto do ano passado, com uma vitória por 4-0 frente ao FC Arouca, e que terminou no mesmo palco, onde os encarnados bateram na semana passada o CD Santa Clara por 3-0. Foram 34 jornadas sempre no topo da classificação e que demonstra bem a superioridade da equipa orientada por Roger Schmidt em relação à concorrência. Foi preciso esperar quatro anos para ver novamente a águia levantar o troféu da principal competição do futebol português. O jejum de títulos já se começava a acentuar, e depois de mais um ano com um forte investimento no futebol sénior, um novo período de seca poderia trazer complicações internas.

    Rui Costa venceu o seu primeiro campeonato como presidente do SL Benfica, depois de já o ter conseguido como jogador e diretor desportivo do clube. O antigo “maestro” considerou mesmo que o treinador alemão foi o grande responsável pelo êxito encarnado, já que trouxe para Portugal um nova filosofia de jogo, com um futebol de ataque e uma ideia fixa em relação ao modelo tático, tendo apresentado sempre o mesmo durante toda a temporada. A fama de não fazer rotatividade no onze deu os seus frutos e tentou não inventar muito, tirando uma ou duas situações. Mas como nada se constrói sozinho, os louros devem também ser repartidos com os jogadores, esses sim, que dentro das quatro linhas decidem o rumo da partida e dão tudo em prol do emblema que representam. Todos deram o seu contributo, é certo, mas os destaques vão naturalmente para aqueles que mais peso tiveram na conquista do título nacional.

    Desde logo, para o maior goleador da formação encarnada, Gonçalo Ramos, avançado que marcou 19 golos na Liga, mais dois que o seu companheiro de equipa, João Mário, também ele decisivo neste campeonato, onde fez a melhor época da carreira. Rafa e David Neres espalharam magia num conjunto muito bem comandado pelo capitão Otamendi, que está como o vinho (não do Porto, para não ferir suscetibilidades). Aursnes foi uma agradável surpresa e mostrou ser um jogador polivalente. Grimaldo deu tudo o que tinha na sua despedida de águia ao peito e muitas saudades vai deixar na Luz. E claro, não poderia deixar de falar das mais recentes pérolas made in Seixal. António Silva, 19 anos, foi o primeiro a mostrar-se ao mundo do futebol com grandes exibições e hoje é titular indiscutível no centro da defesa. João Neves, de apenas 18 anos, só há poucas semanas é que começou a alinhar de início, mas não é difícil adivinhar quem vai ser um dos donos do meio-campo na próxima época.

    Há quem diga que o SL Benfica venceu este campeonato com a ajuda da arbitragem. Embora seja da opinião de que todos os clubes são beneficiados e prejudicados, as principais estatísticas falam por si. Mais vitórias, melhor ataque, melhor defesa e liderança da Liga do princípio ao fim. E contra fatos, meus amigos, não há argumentos. Indiferente a esse ruído exterior que se fez sentir ao longo da temporada, Rui Costa já prepara a revalidação do título, embora na cabeça de muitos adeptos ecoe já o 40.º campeonato, esse sim, vai levar ainda mais à loucura a nação benfiquista, e onde o clube espera fazer um recorde de vendas de camisolas, já com as quatro estrelas de campeão nacional junto ao emblema. Os rivais que se cuidem. O campeão voltou e veio para ficar.

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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.