O extremo do SL Benfica, Franco Emanuel Cervi, está a tornar-se um caso sério. Está a vedar a possibilidade de competição pela ala esquerda. O argentino já é muito mais do que um velocista que dispara após a queima do rastilho.
O pequeno jogador, só em centímetros, tem, atualmente, a incumbência de pegar no jogo com quase a mesma frequência que Pizzi. E quando o miúdo passa a ter este cargo dentro das quatro linhas, a história é logo outra!
Já não são só arrancadas, pressão alta na hora de defender, disciplina tática e finalização. Agora Cervi aliou essas valências a outros momentos igualmente instigantes. “Chucky” é, muitas das vezes, o segundo homem a aparecer na área. Maioritariamente, lado a lado com Jonas, ou atrás do ponta de lança brasileiro. Quando não surge na área para finalizar, dirige-se para o centro do terreno, pedindo a bola e soltando, de seguida, a mesma para Grimaldo.
Ou então as coisas invertem-se e também corre tudo às mil e uma maravilhas: é o espanhol que vem para o meio e Cervi cruza para a área e, ultimamente, deva dizer-se, fá-lo com eficácia – contrariando os primeiros tempos de Benfica, com bolas que pecavam pelo fraco alcance.
Atualmente, o jogador de 22 anos está a fazer uma excelente temporada, com 4 golos em 27 jogos de águia ao peito. Arrisco-me a dizer duas coisas: primeiramente, que Cervi ultrapassará os 7 golos da época passada; também afirmo com assertividade que se o médio do Benfica continuar com esta cadência exibicional, terá que ser uma hipótese muito bem analisada pelo selecionador da Argentina, Jorge Sampaoli – para o Mundial de 2018, na Rússia.
Já lá vão os tempos em que os adeptos da formação da Luz torciam o nariz ao “substituto” de Nicolás Gaitán: o pequeno franzido que apesar da garra, perdia muito a bola. Pois bem, não está feito um senhor com a classe de Gaitán, mas é, evidentemente, um chocolatinho para Rui Vitória.
Uma aposta ganha e que vai dar frutos. Parece que já se vê estampada na testa de Franco Cervi um número com muitos zeros.
Foto de Capa: SL Benfica