CD Tondela 0-1 SL Benfica: Valeu a cabeça de Ferro

    O Sport Lisboa e Benfica deslocou-se ao Estádio João Cardoso para defrontar o Clube Desportivo de Tondela. Um jogo onde a equipa da casa procurava manter-se no segundo pelotão do campeonato e os visitantes procuravam continuar colados na liderança da Liga.

    Natxo González optou por lançar um 5-2-3, abdicando do médio Jaquité em prol do central P. Sampaio. Não podendo contar com o suspenso Pité também deixou no banco J. Toro e T. Strklj, apostando na velocidade de um trio de ataque formado por Xavier, Murillo e Denilson.

    Já Bruno Lage, perante as ausências de Rafa e Raul de Tomas, lançou Cervi na esquerda e Taarabt como terceiro médio. A minha primeira curiosidade prendeu-se logo no tipo de posicionamente que Taarabt iria ter, se mais recuado na primeira zona de construção, ou se mais próximo do avançado e das zonas de finalização.

    O jogo arrancou com um sinal muito positivo dos encarnados. Com uma pressão alta e colectiva, muito possível pela subida no terreno de Taarabt e a presença de Cervi, permitiu que a equipa de Bruno Lage não fosse deixando o adversário ter bola e o fosse empurrando cada vez mais para a sua área. Contudo essa foi uma pressão que não levou perigo à baliza de Cláudio Ramos e em 10 minutos o CD Tondela adaptou-se e as jogadas de perigo surgiram sim na baliza de Vlachodimos. Duas grandes defesas do guardião grego precederam o 0-1 encarnado num lance de canto finalizado por Ferro.

    Apesar do golo do SL Benfica o jogo manteve o mesmo ritmo. O SL Benfica com mais bola e o Tondela a criar jogadas de maior perigo.

    Foi uma primeira parte de sinal positivo da equipa da casa e com mais uma exibição preocupante por parte do SL Benfica. A pressão alta não foi acompanhada pela linha defensiva que várias vezes ficou exposta aos três homens de ataque da equipa de Natxo González.

    No SL Benfica Cervi foi uma ausência ofensiva e Pizzi acabou por ter de ir para esquerda de forma a tentar dinamizar aquele lado do ataque. Florentino no meio-campo foi quase um desastre – faltas consecutivas e perante o risco do segundo amarelo foi-se encolhendo e dando espaço ao meio-campo beirão para rendilhar mais as suas jogadas.

    Na primeira parte destaco a exibição de Vlachodimos com excelentes intervenções e muita segurança e também a do médio João Pedro e do avançado Denílson. Enquanto o médio do CD Tondela conseguiu ir construindo espaço entre os médios encarnados, o Denílson ia deixando os centrais do SL Benfica com a cabeça completamente à roda.

    A segunda parte tem muito pouca história. O SL Benfica começou com o controlo da bola, o qual foi muito concedido pela equipa da casa que abdicou de pressionar o adversário. Durante uns 20 minutos foi um jogo sem grande interesse. O que desde logo se notou foi o maior recuo do Florentino, que quando a equipa tinha bola ele procurava dar linhas de passe recuadas mas quando não a tinha este quase se escondia do jogo.

    Com a inexistência de Florentino destaco o jogo do Gabriel. Não foi magnifico com bola mas foi crucial no jogo sem bola da equipa
    Fonte: Liga Portugal

    Com as substituições, principalmente do lado do CD Tondela, o jogo começou a agitar-se um pouco mais. O treinador dos beirões acabou por abdicar do terceiro central e fez a equipa avançar no terreno. Com o CD Tondela a pressionar mais alto e com maior capacidade de ter bola fomos vendo alguns movimentos interessantes mas quase sem criar qualquer perigo à baliza de Vlachodimos. Richard e Toro dinamizaram o futebol beirão e do lado do SL Benfica foi o Chiquinho que, saltando do banco, acabou por ir criando jogadas e momentos de finalização.

    Foi um jogo onde no primeiro tempo o CD Tondela fez por merecer o empate ou até a vitória mas que no segundo tempo pouca capacidade mostrou para conseguir um resultado positivo. Do lado do SL Benfica vimos um futebol desligado e com pequenos momentos de qualidade tanto na primeira como na segunda parte. Após o intervalo a equipa não pareceu entrar em campo com grandes intenções de procurar outro golo, contentando-se com o 0-1 até ao término da partida.

    Com a inexistência de Florentino destaco o jogo do Gabriel. Não foi magnifico com bola mas foi crucial no jogo sem bola da equipa.

    Já na equipa da casa merecem também destaque o Xavier e o aguerrido e inconformado  lateral Moufi, tanto quando jogou pela direita como quando jogou pela esquerda.

     

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

    CD Tondela: Cláudio Ramos, F. Moufi, Y. Tavares, B. Wilson, P. Sampaio (Richard, 81′) F. Ferreira (J. Toro, 81′), Pepelu, J. Pedro, J. Murillo, Xavier e Denilson (T. Strklj, 83′).

    SL Benfica: Vlachodimos, A. Almeida, R. Dias, Ferro, Grimaldo, Florentino, Gabriel, Taarabt (Chiquinho, 65′), Pizzi (Vinicius, 86′), Cervi (Gedson, 94′) e Seferovic.

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    Daniel Oliveira
    Daniel Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
    Primeira palavra bola. Primeiro brinquedo bola. E assim sempre será. É a ver jogos que partilha os melhores momentos de amizade. É a ver jogos que faz as melhores viagens. É a ver jogos que esquece os maiores problemas. Foi na paixão pelo jogo que sempre ultrapassou os outros desgostos de amor. Agora a caminhar para velho pode partilhar em palavras aquilo que sempre guardou para si em pensamentos e pequenos desabafos.                                                                                                                                                 O Daniel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.